Mais de R$ 6 bilhões em depósitos judiciais "somem" de balanço da operadora Oi
Os ativos registrados pela operadora de telecomunicações Oi como depósitos judiciais caíram aos menores níveis desde 2012. A companhia, que está em recuperação judicial, “descobriu” que R$ 6,3 bilhões dos R$ 15 bilhões que apresentava em balanços não deveriam estar lá. Por isso, anunciou o adiamento da divulgação dos resultados de 2017 para ajustar o balanço e informar que, na verdade, tem R$ 8,7 bilhões em depósitos judiciais. O balanço será divulgado nesta quinta-feira (11/4).
A revelação deu mais argumentos para que os acionistas minoritários da companhia, reunidos na Aidimin, critiquem a gestão da recuperação judicial da companhia. Para eles, o episódio mostra falta de controle de transparência pelos administradores da recuperação judicial da tele, que já acusam de fraude e desvio de dinheiro.
Especialistas ouvidos pela reportagem evitam fazer acusações ou dizer que o “sumiço” do dinheiro seja indicativo de irregularidades. Mas apontam que é difícil perder de vista valores tão vultosos, controlados pela área jurídica.
A Oi não esclareceu se o erro está somente no último balanço ou se é algo que vem se perpetuando ao longo dos anos e notado agora. A empresa também não diz se os valores contabilizados erroneamente nunca foram creditados nas contas de depósitos judiciais ou se foram sacados sem que isso constasse das demonstrações contábeis.
Internamente, o caso vem sendo tratado pela área jurídica como erro, e não fraude. O representante da associação dos minoritários, o advogado André de Almeida, não se furta a falar no cometimento de crimes e pede a responsabilização dos responsáveis. Para ele, a atual gestão da recuperação judicial “intoxicou” a companhia.
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