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2 de Maio de 2024
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    Moradores da Comunidade Novo Paraíso denunciam na ALEAM que Polícia Militar destruiu casas arbitrariamente

    Em cumprimento a uma determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), policiais militares destruíram “arbitrariamente” 151 casas da comunidade Novo Paraíso, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, segundo denúncias de moradores que estiveram reunidos, na tarde desta quarta-feira (22), com o deputado estadual Luiz Castro (PPS), presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), no auditório Natanael Bento Rodrigues.

    De acordo com o líder comunitário, Lindomar Souza Paulo, a Semmas determinou a desocupação de 32 mil hectares de Novo Paraíso, onde vivem hoje 250 famílias (cerca de 800 pessoas), alegando que a localidade foi construída em área delimitada como de preservação ambiental de Manaus. Ele disse que a operação policial foi feita sem a apresentação de um mandado judicial de reintegração de posse. “A PM chegou, não apresentou nenhum documento e foi logo derrubando as casas”, afirmou Lindomar Souza.

    “Viemos aqui para denunciar a situação dos moradores à ALEAM”, acrescentou o líder comunitário. Segundo ele, a comunidade Novo Paraíso existe há mais de 50 anos, muito antes da criação da lei que delimitou as áreas de preservação ambiental na capital.

    Lindomar Souza denunciou que quem está por trás da operação “arbitrária” é o empresário Alcione Pigmata Bonfim, proprietário da empresa Eletroferro, que retira livremente areia do local com a “conivência” da Semmas. “A secretaria manda retirar os moradores à força, mas ao mesmo tempo deixa o empresário explorar irregularmente o areal. É a empresa dele que está causando danos ambientais na área do Tarumã, não os comunitários”, afirmou.

    O líder comunitário garantiu existirem títulos de terra, registrados no Cartório de 2º Oficio de Manaus, comprovando que os 32 mil hectares da comunidade Novo Paraíso pertencem aos moradores. O local teria sido doado pela freira Adelaide de Araújo que morreu em 1958. Ela era filha do empresário J.G.Araújo. “Na época, a freira franciscana doou a área porque ficava muito distante de Manaus”, afirmou.

    Na década de 70, o empresário Alcione Bonfim, que disse ser proprietário da área, teria transferido a posse do local para a Caixa Econômica Federal como pagamento de uma dívida com o banco. Mas posteriormente a instituição negou ser proprietária da área. “Agora queremos que a Justiça diga a quem pertencem realmente as terras da comunidade”, disse Lindomar Souza.

    O deputado Luiz Castro afirmou que encaminhará as denúncias dos moradores da comunidade ao Governo do Estado e à Prefeitura de Manaus. E acrescentou que vai propor a formação de uma equipe de especialistas para investigar o caso. “A situação é realmente muito complicada e precisa ser bem investigada antes de tomarmos qualquer decisão com o objetivo de encontrar uma solução. Mas não podemos deixar desamparadas tantas famílias que dependem do local para morar”, disse ele.

    Fonte: Diretoria de Comunicação

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