MP vai apurar denúncias sobre morte de gato a pauladas no Acre
Após receber diversas denúncias, a Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Acre (MP-AC), instaurou procedimento referente à morte de um gato a pauladas, ocorrida no sábado (10) no Mercado Aziz Abucater, em Rio Branco. A informação foi divulgada pela promotora Meri Cristina Gonçalves, que responde pelo trabalho.
As imagens do gato morrendo foram feitas por uma cabeleireira, que pediu para não ter o nome divulgado. Ao G1, ela relatou que o animal teria ficado preso no forro de um dos boxes do mercado. Outra mulher, também trabalhadora no local, derrubou o animal e o acertou algumas vezes com um cabo de vassoura.
A mulher que supostamente seria a responsável pelo espancamento não foi encontrada pela reportagem para comentar o caso.
“Ela meteu o pau. Ele caiu e ela continuou batendo com o cabo da vassoura. Chegou a polícia, mas ela já tinha saída. Ela deu duas pauladas no pescoço do gato. É um animal sem defesa, não faz mal a ninguém”, falou a cabeleireira.
Em nota, a promotora afirmou que o MP-AC recebeu denúncias por e-mail, WhatsApp e Facebook desde o domingo (11). O procedimento, de acordo com Meri Cristina, deve ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, tendo em vista que a conduta representa um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais.
Na segunda-feira (12), a Associação Patinha Carente, de proteção aos animais, protocolou uma representação no órgão devido à repercussão do caso. “Fizemos a representação contra a mulher [que seria suspeita pelo crime]. Algumas testemunhas devem ser ouvidas”, falou a advogada Iêda Brasil, que integra a coordenação da associação.
Veja na íntegra a nota emitida pelo MP-AC:
A Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente tem recebido, desde domingo (11), várias denuncias via e-mail, WhatsApp e até via Facebook, sobre a notícia e o vídeo de um animal que foi espancado até a morte.
Esse fato causou extremo incômodo a muitas pessoas, que estão ansiosas em saber sobre as providências adotadas. Destaco que, até o momento, a Promotoria de Meio Ambiente não havia recebido tantas denúncias sobre um mesmo fato, demonstrando que as pessoas não toleram mais a violência contra os animais.
Em razão disso, foi instaurado o procedimento de número 08.2016.00061357-2, que será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
A atitude foi tomada tendo em vista que o vídeo encaminhado denuncia uma conduta criminosa, prevista no ar. 32 da Lei de Crimes Ambientais.
Meri Cristina Amaral Gonçalves
Promotora de Justiça da Promotoria Especializada Defesa do Meio Ambiente
Fonte: O Nortão
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