MPE DENUNCIA SEGURANçAS ENVOLVIDOS EM ASSASSINATO NO SHOPPING GOIABEIRAS

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu nesta quinta-feira (08/10) denúncia contra os quatro seguranças envolvidos no assassinato de Reginaldo Donnan, ocorrido no Shopping Goiabeiras, no dia 29 de agosto, em Cuiabá. Ednaldo Rodrigues Belo, Jorge Dourado Nery, Valdenor de Moraes e Jefferson Luiz Lima Medeiros vão responder por homicídio triplamente qualificado.

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu por motivo torpe, com a utilização de meio cruel e sem que a vítima tivesse como se defender. Para o Ministério Público, não há dúvidas de que a ação praticada pelos denunciados foi revestida de crueldade e causou um sofrimento intenso e absolutamente desnecessário à vítima que ficou, durante todo o tempo, à mercê da ira dos denunciados, apanhando sem poder esboçar qualquer reação em sua defesa.

Além do crime de homicídio qualificado, Jefferson Luiz Lima Medeiros também deve responder por furto qualificado e denunciação caluniosa. O primeiro crime também foi atribuído a Valdenor de Moraes e, o segundo, a Ednaldo Rodrigues Belo. Os quatro seguranças vão responder ainda por fraude processual, previsto no artigo 347 do Código Penal.

O MP também se manifestou favorável ao pedido de prisão preventiva feito pela autoridade policial contra os quatro seguranças. As prisões dos representados são imprescindíveis como garantia à ordem pública que se encontra abalada. Os fatos descritos nos autos revelam que a conduta abominável dos denunciados demonstrou desrespeito às regras básicas de convivência em sociedade, afirmou a promotora de Justiça Márcia Borges Silva Campos Furlan, em um trecho da denúncia.

Para a representante do Ministério Público, a prisão preventiva também será fundamental para preservar a conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal. A denúncia foi protocolada na 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

MILITARES: O Ministério Público requereu ao juiz que determine a extração de cópia e remessa dos autos para a Corregedoria da PMMT para apurar a conduta dos dois policiais que atenderam a ocorrência.