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2 de Junho de 2024

MPRJ - Ministério Público denuncia acusados de explorar jogo do bicho na região central do Rio

Publicado por Nota Dez
há 12 anos

A 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, pelos crimes de exploração ilegal de jogo de azar, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e violação de sigilo funcional, 36 pessoas suspeitas de integrar grupo que explora o jogo do bicho na região central da cidade e que contaria com a participação de policiais civis e militares. Ontem, (29/08), policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) realizaram a Operação Catedral para cumprir 24 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão contra os denunciados pelo MPRJ.

A denúncia, distribuída, à 33ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, é subscrita pelos Promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça e Márcio Jose Nobre de Almeida. Entre os denunciados estão Evandro Machado dos Santos, o Bedeu, que seria o chefe do grupo; seu filho Alessandro Ferreira dos Santos; o capitão Anderson Luiz de Souza, e os sargentos Marcos Aurélio das Chagas, vulgo Chagas, e Marcos André dos Santos, o André, todos do 5º BPM (Praça da Harmonia); e o inspetor Weber Santos de Oliveira, da 4ª DP (Central do Brasil).

Estes denunciados formaram uma organização voltada para a exploração ilegal de jogo de azar não autorizado conhecido como jogo do bicho, atuando nas áreas dos bairros da Central do Brasil, da Gamboa, da Saúde e parte de São Cristovão. (...) Para a realização da atividade ilegal do jogo, a organização atua corrompendo agentes públicos, em especial policiais civis e militares, para que estes não realizem seu dever de ofício, ou seja, a repressão ao jogo do bicho. Além disso, a organização conta com diversos integrantes, que, sem autorização legal ou regulamentar, usam armas de fogo para exercer a segurança dos chefes e dos pontos do jogo do bicho, bem como dar proteção ao transporte dos valores arrecadados com o jogo e que se destinam ao pagamento da corrupção, narra trecho da denúncia.

O grupo, de acordo com as investigações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública e do monitoramento dos terminais telefônicos narrados na denúncia, efetuava pagamentos mensais e em dinheiro para a 4ª DP, para a 17ª DP e para o 5º BPM. Apurou-se, ainda, que os pontos situados na área da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência recebiam um pagamento semanal, para que a atividade ilegal não fosse reprimida. Durante a interceptação telefônica efetuada, os denunciados foram flagrados na realização da logística não só do jogo de azar, bem como em ações que visavam arregimentar e corromper funcionários públicos (policiais civis e militares) de forma a não existir repressão a atividade contravencional. Inclusive, em quatro oportunidades, com as informações do monitoramento telefônico, seguiram a cadeia de comando da organização criminosa, conseguindo flagrar o momento em que o dinheiro da propina era entregue ao agente público, também relata a denúncia.

Fonte: Ministério Público do Rio de Janeiro

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