MPT investiga denúncia contra sindicato
Curitiba - O Sindicato dos Vigilantes do Paraná é alvo de investigação pelo Ministério Público (MP) do Trabalho, suspeito de não fiscalizar empresas do setor em troca de patrocínio para um time de futebol amador. O vigilante Apolinário Sabino, autor da denúncia, disse que em 2006, o presidente do sindicato, João Soares, o secretário-geral, Paulo Roberto Rodrigues, e o secretário jurídico do órgão, Cícero de Caíres, teriam criado o Clube Esportivo de Segurança Privada (Cesp), um time amador, com o intuito de montar uma escola de futebol para filhos de vigilantes.
Há, conforme a denúncia, vários recibos de pagamentos à instituição esportiva, que comprovariam a negociação do apoio financeiro. Sabino disse que ao menos seis empresas de segurança privada estariam pagando patrocínio para a equipe em troca de que o sindicato não fiscalize suas irregularidades. ''Nenhuma das empresas dá dinheiro para patrocínio. Esse agora é um patrocínio cala-boca'', acusou Sabino.
O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) e dono de uma das empresas que estariam envolvidas foi procurado pela reportagem, mas não não retornou as ligações. Para Soares, Caíre e Rodrigues, Sabino está tomando uma postura de defesa das empresas de segurança e estaria sendo pago para fazer essas denúncias e acabar com a credibilidade do sindicato. A diretoria afirma que tem vários documentos que comprovam denúncias feitas contra as próprias empresas que dão suporte para o Cesp. Os três afirmam que o patrocínio não influencia no trabalho do sindicato.
O procurador responsável pelo caso, Gláucio Araújo Oliveira, preferiu não se pronunciar sobre a investigação, mas confirmou que o caso está, desde o mês de dezembro, com ele.
Fonte: Folha de Londrina
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