Mulher com vitiligo tem direito a aposentadoria rural por invalidez
De acordo com o magistrado, o laudo pericial comprovou a incapacidade para o trabalho, ou seja, para atividade declarada de lavrador, uma vez que a exposição ao sol é inevitável. “Havendo então, reconhecimento da qualidade de segurada especial, foi celebrado acordo com a autarquia previdenciária e a dignidade foi devolvida a autora”, frisou Reinaldo Dutra.
A doença a que ela se refere é o vitiligo, caracterizado pela perda da coloração da pele, as lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele). Ivone afirmou que as pessoas têm medo dela e muitas acham que é apenas um problema na pele. “Eu sinto muito dor e fico envergonhada de ter a minha pele desse jeito, mas eu sempre falo que não é contagioso”, relatou.
Pelo acordo homologado, a mulher, além de ter direito ao benefício pleiteado, receberá R$ 4,9 mil de atrasados. “Esse dinheiro vai mudar minha vida. Depois de ter sofrido tanto, não acredito que agora consegui ganhar algo”, disse emocionada. Ivone contou que teve três filhos, destes, apenas um está vivo. “Minha menina morreu bebê e meu outro filho suicidou ao 15 anos”, afirmou.
Com a aposentadoria, ela garante que vai melhorar sua qualidade de vida. “Quero comer melhor, arrumar minha casa e cuidar da minha saúde porque as dores que eu sinto me incomodam muito”, ressaltou. Morando em uma fazenda que fica a 20 quilômetros da cidade, a mulher diz que não pretende mudar. “Agora vou poder cuidar de mim e ser feliz com meu marido”, finalizou.
A vizinha de Ivone, Doralina da Fonseca Teixeira, de 60 anos, que a acompanhou até o fórum para testemunhar, mas foi dispensada pelo juiz, também comemorou o resultado da audiência. “Essa mulher merece, ela sofreu demais na vida. Já perdeu dois filhos, o ex-marido e o pai dela foram muito ruins para ela”, contou, ao confirmar que conhece Ivone há cerca de 30 anos. (Texto: Arianne Lopes – Centro de Comunicação Social do TJGO)
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6 Comentários
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também sofro com vitiligo gostaria de saber se tenho algum direito continuar lendo
Parabéns ao envolvidos.Fico muito feliz por D,Ivone,que agora poderá ter uma vida digna,sei bem como é os olhares de pessoas desenformada em relação ao vitiligo.pois sou professora e as vezes alguns alunos e colegas de trabalho desenformados fazem piadinhas em relação as minhas manchas. tenho vitiligo já algum tempo,já acostumei que nem lembro que tenho,só lembro quando as pessoas com seu olhares de reprovação as vezes de medo do contagio o que não acontece mas enfim me fazem lembrar.Sempre explico para as crianças das séries iniciais sobre o vitiligo para que não fiquem com receio de pegar nas minhas mão. Sou professora de Educação Física e escrevi este hoje pois estava fazendo uma pesquisa sobre o vitiligo para fazer uma interdisciplinar com a aula de ciências e com as informações que obtive aqui foi muito relevante pois não tinha conhecimento de tais leis.
Agradeço pelo empenho dos envolvidos isso tudo é muito importante reconhecer o sofrimento interno das pessoas (psicológico) são dores invisíveis aos olhos das pessoas desenformadas sobre o vitiligo.
Att:Prof.Taiza. continuar lendo
Ela já foi atrás pra ver se consegue algum benefício mas por três vezes foi negado o benefício porque alegam que vitiligo não é doença então se não é doença e nem contagioso porque as pessoas não lhe dão emprego e não a tratam como pessoa saudável ? Ela não tem de onde tirar o sustento eu acho isso uma covardia da parte dos que estão sentados em uma cadeira de privilégios e só olham pro seus próprios umbigos continuar lendo
Tenho vitiligo não consigo trabalhar sinto muito dor nas manchas eh não tenho mas gosto de viver mas 😞 continuar lendo