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29 de Abril de 2024

Não adiantou a Globo boicotar. Cresce o número de ações judiciais para garantir a continuidade do fornecimento da fosfoetanolamina sintética

Substância não pode ser vendida, mas pode ser distribuída experimentalmente.

Publicado por Nadir Tarabori
há 8 anos

Mesmo com o lobby nojento e orquestrado por grandes corporações com ajuda da mídia e de alguns médicos artistas, a fosfoetanolamina sintética encontra defensores conscientes e sem tendenciosidades.

Na matéria anterior sobre o tema por mim publicada muitos comentaristas não entenderam o teor da postagem e começaram a postar teses das mais absurdas. http://tarabori.jusbrasil.com.br/artigos/244272942/rede-globoedrauzio-varella-se-vendem-ao-lobby-n...

Em momento algum esta matéria irá defender forma diversa daquela que a lei exige para que um medicamento seja colocado a disposição do público.

Em momento algum propagou-se curas milagrosas ou mesmo elevou-se a substância que vem sendo utilizada experimentalmente à condição de medicamento.

Esquecem-se os "cientistas virtuais" e de plantão que estamos falando de uma substância produzida naturalmente pelo nosso organismo, agora sendo disponibilizada em sua forma sintética.

A grosso modo seria o mesmo que estar enviando soldados para defenderem o organismo que está sendo invadido pelo inimigo. Se não tiverem mais soldados para lutar, o inimigo vence a batalha.

Audiência pública

As comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Assuntos Sociais (CAS), pesquisadores, advogados e pacientes participaram neste dia 29 de outubro, de uma audiência pública interativa para discutir a fosfoetanolamina sintética no Senado Federal, em Brasília. Representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram presentes para falar sobre o tratamento alternativo para o câncer. A audiência foi transmitida ao vivo pelo Canal 2 na internet pelo site do senado e teve inúmeros depoimentos emocionados de pessoas que tomam a substância e tiveram resultados surpreendentes

Entenda como funciona a fosfoetanolamina sintética

A fosfoetanolamina é uma molécula encontrada em membranas plasmáticas dos seres humanos com propriedades anti-inflamatórias e ligadas à defesa do organismo. As primeiras pesquisas datam de 1930 quando testes em bois comprovaram que ela é produzida pelo organismo.

Liderado pelo doutor Gilberto Orivaldo Chierice, atualmente aposentado, um grupo de pesquisadores começou a produzir a substância em laboratório. Artigos dos pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, ligado à USP, publicados em revistas científicas relatam o desempenho da fosfoetanolamina sintética na inibição dos tumores e metástases. Em uma das dissertações, de Renato Meneguelo, a substância foi testada em camundongos e in vitro e o resultado apontou que tumores diminuíram sem afetar células normais, aumentando a vida dos animais e mostrando vantagem sobre quimioterápicos comerciais.

Por que a fosfoetanolamina sintética não pode ser vendida

Para um medicamento chegar ao mercado ele passa por um processo que pode se arrastar por anos e inclui pesquisas e testes em seres humanos para comprovar sua eficácia e segurança. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até chegar às farmácias é necessário que o laboratório produtor apresente o pedido de registro, que é submetido a um estudo para avaliar aspectos de qualidade do produto e a um protocolo de pesquisa clínica. O desenvolvimento clínico do medicamento passa por três fases: comprovação da segurança do uso em humanos, avaliação da resposta da substância para saber a posologia e análise da eficácia do produto experimental.

O que diz a legislação:

- Remédios só podem ser produzidos, industrializados, vendidos ou distribuídos se tiverem registro do Ministério da Saúde. (art. 12 da Lei 6.360/76)

- O produto deve ser reconhecido cientificamente como seguro e eficaz para o que se propõe e deve haver amplas informações sobre composição e uso. (art. 16 da Lei 6;360/76)

- Não precisam de registro remédios novos, sob controle médico, para uso experimental. Podem ser importados com autorização do Ministério da Saúde. A isenção é de três anos. Depois o produto deve ser registrado. (art. 24 da Lei 6.360/76)

Hoje, em virtude da grande celeuma propositalmente fomentada pela mídia e por alguns grupos defensores de interesses escusos, a fosfoetanolamina sintética só poderá ser obtida por determinação judicial.

A Fosfoetanolamina Sintética já vem sendo distribuída a todos os pacientes que procuram a Vara de Fazenda Pública de São Carlos (SP). Já são mais de 1,3 mil ações com mais de 800 liminares concedidas. Além disso, há a decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e ainda uma decisão do ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (de 06/10/2015), todas no mesmo sentido, determinando a entrega da substância.

Por fim, quero deixar claro que o intuito da postagem é única e tão somente de cunho informativo e humanitário, sem qualquer intenção publicitária ou mercantilista.

NADIR TARABORI

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6 Comentários

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A Defensoria Pública da União ingressou com uma Ação Civil Pública com pedido de Tutela de Urgência, com o objetivo de garantir A TODOS o direito de obterem da substância Fosfoetanolamina Sintética.
Esperamos que seja concedida a tutela pretendida. Enquanto isso, a única maneira de obter a substância é por meio de ações individuais. continuar lendo

Caro Nadir, confesso que se eu estivesse passando por situação semelhante à de quem busca esses remédios, eu me agarraria com todas as forças nessa promessa.

Agora, será que eu não estaria sendo cobaia voluntária?

Acredito que se houver indícios de eficácia, a substância não deva ser proibida, mas por outro lado creio que se fosse algo realmente efetivo, a própria indústria já teria se ocupado de comercializá-la.

É difícil tomar partido.... continuar lendo

Se a indústria estivesse preocupada com a saúde sim. Mas a indústria está preocupada com lucros meu caro Pedro. Essa substância de pois da longa e das cansativas e demoradas fases de testes, seria ridiculamente barata e não desperta interesse comercial. Por ora, trata-se apenas de uma substância experimental. Não se trata de medicamento e tão pouco promete a cura milagrosa do câncer. Quanto a ser cobaia, acredito que sim. Mas para quem está em estado quase terminal com dores e metástases incontroláveis, será que não vale a pena ser cobaia? O fato é que o lobby ao invés de cessar sua distribuição e uso, acarretou um corrida vertiginosa para a continuidade da distribuição. O tiro saiu pela culatra. continuar lendo

Tão simples:
Primeiro: decretar estado de urgência para concluir estudos sobre a substância que determinem ou não sua eficiência e provável aprovação.
Enquanto: liberar a droga a pedido médico e responsabilidade do paciente ou de quem o mesmo dependa e responsabilizar criminalmente quem a obtiver por meios não autorizados ou de alguma forma fazer da mesma objeto de comercialização.
Depois: Garantir sua distribuição a custos baixos e acessíveis ou de forma gratuita a quem não puder pagar ou proibir sua distribuição caso não seja considerada aprovada.
Com amplas explicações, devido ao volume de notícias que causaram incertezas sua eficiência.
Sua matéria, Nadir, foi tão discutida por se tratar de assunto de relevância e claro, opiniões pertencem a cada um. continuar lendo

Sim. Independentemente da abordagem que alguns estão emprestando, eu me restringi, em matéria anterior, quanto ao lobby e nesta quanto a relevância. Em momento algum houve ou haverá intenção de discutir se é medicamento ou não. Se é milagrosa ou não a substância. Infelizmente são poucos que enxergam como você enxergou. Depois de ler vários comentários, cheguei a conclusão que este país é formado por técnicos de futebol, economistas, juristas e, também cientistas de plantão. Obrigado pelo seu comentário construtivo. continuar lendo

Ha anos atras , um brasileiro descobriu que casca de ipê roxo curava cancer... o povo se entusiasmou e começou a fazer e tomar chá do ipê. Deu em nada. Agora um professor de uma universidade que esta abaixo das 200 melhores no ranking , descobre a pinicilina do cancer. ??? Se for verdade o brasil terá seu primeiro premio nóbel... se for mentira... o que vai acontecer? continuar lendo