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3 de Maio de 2024

Novo relatório da ONU apontará políticas para reduzir o aquecimento

Cientistas estarão na Alemanha para avaliar impactos

Publicado por Carolina Salles
há 10 anos

Chuvas que causam alagamentos e castigam milhares de pessoas so em consequncia do aquecimento global dizem cientistas

Chuvas que causam alagamentos e castigam milhares de pessoas são em consequência do aquecimento global, dizem cientistas. Foto: N. Rodrigues/AE

São Paulo - As potências internacionais estão correndo contra o tempo para reduzir o uso de combustíveis fósseis altamente poluentes e ficar abaixo dos limites acertados para evitar o aquecimento global, aponta um estudo preliminar da Organização das Nações Unidas (ONU) a ser aprovado nesta semana.

O documento preliminar destaca maneiras de cortar emissões e estimular o uso de energia de baixo carbono. Autoridades governamentais e cientistas especialistas no estudo do clima irão reunir-se em Berlim, Alemanha, entre os dias 7 a 12 deste mês para revisar o estudo de 29 páginas, que também estima que a mudança para o uso de energia de baixo carbono poderia custar algo entre 2% e 6% da produção mundial em 2050.

O documento afirma que as nações terão de impor drásticas restrições às emissões de gases do efeito estufa para manter a promessa acertada entre quase 200 países em 2010 para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius acima da era pré-industrial.

As temperaturas já aumentaram cerca de 0,8 grau desde 1990 e devem atingir o teto dos 2 graus Celsius nas próximas décadas, caso as tendências atuais sejam mantidas, diz o relatório das Nações Unidas.

Tais aumentos na temperatura podem elevar os riscos para a produção de alimentos e obtenção de água, e podem provocar danos irreversíveis, como o derretimento de gelo na Groenlândia, segundo as Nações Unidas.

Ação do homem

De acordo com especialistas, há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau - a edição anterior falava em mais de 90%.

O nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para “níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos”.

Há 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2 ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes. Pesquisadores de várias partes do mundo, incluindo cientistas do Brasil, estimam ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte.

Pobres serão os mais afetados pelas mudanças climáticas

Cientistas concluíram que são ‘altamente confiáveis’ as previsões de que danos residuais ligados a eventos naturais extremos ocorram em diferentes partes do planeta na segunda metade deste século.

E isso deve acontecer mesmo se houver corte substancial de emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos. Estudos alertaram que a população pobre, principalmente de países tropicais, como o Brasil, será a mais afetada por situações de seca e inundação, com risco de insegurança alimentar, caso não haja planejamento para adaptar culturas agrícolas às possíveis realidades.

As populações pobres que vivem em regiões costeiras podem sofrer com mortes e interrupções dos meios de subsistência devido ao aumento do nível do mar e altas temperaturas em localidades semiáridas poderão causar grandes perdas para agricultores com poucos recursos, aumentando o risco de insegurança alimentar.

Áreas tropicais da África, América do Sul e da Ásia devem sofrer com mais inundações, devido ao aumento de tempestades. Aquelas já vulneráveis, que registram constantemente enchentes e deslizamentos de terra, como o Sudeste do Brasil, podem sofrer graves consequências com o acréscimo do volume de chuvas. Há fortes evidências de uma redução da oferta de água potável em territórios subtropicais secos, o que aumentaria disputas pelo uso de bacias hidrográficas, como acontece atualmente entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a disputa pelo uso da água do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira.

Consequências

1 Aumentos na temperatura podem elevar os riscos para a produção de alimentos e obtenção de água, e provocar danos irreversíveis, como o derretimento de gelo na Groenlândia, segundo a ONU, cujos impactos ao meio ambiente mundial têm como principal causa a ação predadora do homem.

2 Há 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2ºC até 2100, caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas políticas climáticas já existentes. No pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando as regiões costeiras.

Fonte: http://www.d24am.com/amazonia/meio-ambiente/novo-relatorio-da-onu-apontara-politicas-para-reduziro...

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