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2 de Maio de 2024

O matador adolescente "Champinha" e o crime que chocou o Brasil

Aos 16 anos de idade, ele cometeu um dos assassinatos que mais chocaram o país em 2003.

Publicado por Vanessa Moraes
há 5 anos

Champinha (Roberto Aparecido Alves Cardoso) nasceu em Embu-Guaçu (SP) em 1986. Teve uma infância pobre e, desde garoto, já apresentava sinais de psicopatia: uma professora relatou que presenciou o garoto maltratando animais com frieza. Ele também foi acusado de assassinar um morador de rua, mas o crime jamais foi comprovado

No início de novembro de 2003, Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Silva Caffé, de 19, decidiram passar um final de semana acampando perto de um sítio abandonado em Embu-Guaçu. Como a família de Liana não aprovava o namoro, ela mentiu seu destino. Champinha e seu amigo Pernambuco (Paulo César da Silva Alves) estavam saindo para pescar quando avistaram o casal e decidiram assaltá-lo.

Ao descobrirem que o casal não tinha muito dinheiro, Champinha e Pernambuco decidiram sequestrar os dois. Liana sugeriu que os criminosos pedissem um resgate à sua família e os libertassem. Os quatro foram para a residência de Antonio Matias de Barros, outro comparsa, que foi o primeiro cativeiro do crime.

Na primeira noite do cativeiro, Pernambuco violentou sexualmente Liana, enquanto Felipe permanecia em outro quarto. Champinha não se envolveu nessa ação. Na manhã seguinte, os bandidos concluíram que Liana era a única peça importante do sequestro e Pernambuco executou Felipe no matagal com um tiro na nuca. O corpo foi abandonado na mata. Liana foi levada para outro local, de um novo comparsa, Antônio Caetano da Silva

Pernambuco fugiu para São Paulo e Champinha retornou para o cativeiro com Liana – momento em que a estuprou pela primeira vez. Ao mesmo tempo, o pai da garota descobriu que ela havia ido acampar e, acreditando que o casal poderia ter se perdido, acionou o COE (Comando de Operações Especiais), que deu início a uma busca na região. Eles acharam a carteira e o celular de Liana e as roupas dos estudantes.

Pernambuco fugiu para São Paulo e Champinha retornou para o cativeiro com Liana – momento em que a estuprou pela primeira vez. Ao mesmo tempo, o pai da garota descobriu que ela havia ido acampar e, acreditando que o casal poderia ter se perdido, acionou o COE (Comando de Operações Especiais), que deu início a uma busca na região. Eles acharam a carteira e o celular de Liana e as roupas dos estudantes .

Na madrugada do dia 5 de novembro, Champinha levou a vítima para o mesmo matagal em que matou Felipe. Ele tentou degolá-la e, ao falhar, desferiu golpes de faca nas costas e no tórax. Mas ela morreu de traumatismo craniano, quando Champinha golpeou sua cabeça com o lado cego da faca. Os corpos das vítimas só foram encontrados cinco dias depois – e os suspeitos foram localizados e presos em 10 de novembro.

Aguinaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de reclusão por estupro. Antônio Caetano da Silva recebeu 124 anos de reclusão por diversos estupros e Antonio Matias foi sentenciado a seis anos de prisão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por cárcere privado, favorecimento pessoal, ajuda à fuga dos outros acusados e ocultação da arma do crime. Pernambuco pegou 110 anos e 18 dias por homicídio qualificado, sequestro, estupro e cárcere privado. Champinha, menor de idade, foi condenado a três anos na Fundação Casa.

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Infância pobre eu também tive. Não vou aqui relatar, porque não gosto de relembrar coisas ruins do passado, mas imaginem o pior dos piores. Superei TUDO. Devo a parentes, amigos e ao meu glorioso EB. Portanto não justifica os sociólogos de plantão, citarem isso (pobreza) como desculpa. Pode até ser um componente, mas não ao todo. Lidei muito com bandidos (pobres e ricos) e, era mais fácil lidar com meliantes pobres (sem advogados) que ricos (com advogados). Conheci o famoso Carandiru por dentro; não imaginam o que era aquilo. Psicopata ou não, menor ou maior, quando trilha os caminhos do mal, só o isolamento da sociedade (prisão) nos traz tranquilidade. Foi o triste caso do Champinha e tantos outros ainda soltos por aí... continuar lendo