O racismo nos campos de futebol
Até quando ainda vamos vivenciar, em pleno século XXI, episódios como o que acabamos de presenciar, mais uma vez, em La Liga?
O racismo nos campos de futebol é uma questão grave que tem recebido cada vez mais atenção. Infelizmente, esse fenômeno persiste em várias partes do mundo, e o Direito desempenha um papel importante na sua abordagem e combate.
O racismo no futebol viola princípios fundamentais dos direitos humanos, como a igualdade, a dignidade e a não discriminação. A discriminação racial no ambiente esportivo não apenas afeta os jogadores e torcedores diretamente envolvidos, mas também representa uma afronta aos valores de inclusão e respeito que devem prevalecer na sociedade.
Para combater o racismo nos campos de futebol, diversos instrumentos jurídicos têm sido implementados. Leis nacionais e internacionais têm sido promulgadas para criminalizar atos de discriminação racial e estabelecer sanções adequadas para aqueles que praticam tais condutas.
Além disso, as entidades esportivas, como a FIFA e as federações nacionais, têm adotado medidas mais rígidas para punir os casos de racismo no futebol. Sanções disciplinares, multas e até mesmo a exclusão de competições têm sido aplicadas como forma de desencorajar e punir os responsáveis por atos racistas.
No entanto, o combate ao racismo no futebol não se limita apenas ao campo jurídico. É fundamental promover uma mudança cultural e educacional, sensibilizando jogadores, torcedores, dirigentes e demais agentes envolvidos. A conscientização sobre a gravidade do racismo e a importância da diversidade racial no esporte é um passo essencial para a erradicação desse problema.
Ademais, é fundamental que as vítimas de racismo nos campos de futebol sejam encorajadas a denunciar tais incidentes. Mecanismos de denúncia e proteção devem ser implementados para garantir que as vítimas se sintam seguras ao relatar casos de discriminação racial e que as medidas adequadas sejam tomadas para responsabilizar os agressores.
Em resumo, o racismo nos campos de futebol é uma realidade preocupante que viola os princípios fundamentais do Direito e dos direitos humanos. O combate a essa prática envolve não apenas a aplicação de leis e sanções, mas também a promoção de uma mudança cultural e educacional. É necessário que as entidades esportivas, governos e sociedade como um todo se unam para erradicar o racismo no futebol e garantir a igualdade e a inclusão nesse ambiente tão popular e influente.
Dra. Priscila Calisto.
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7 Comentários
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Muitas pessoas jamais irão saber a pressão que nós pretos passamos. É desde a infância e as vezes, uma palavra, um gesto, uma frase faz tudo isso vir à tona... E para quem está do outro lado, passamos de "raivosos", "agressivos", "sem educação"... ledo engano! continuar lendo
O caso do jogador é cômico e trágico: Não satisfeitos com o insulto racista, acrescentam quase uma agressão à lista, quando pressionam a vítima a se retirar.
Mas, apesar disso, sou favorável a MODERADA expressão de preconceito geral: Não por achar preconceito bonito, mas por base na Liberdade de discurso.
Não existe MEIA liberdade: ou existe liberdade, ou existe censura; e a liberdade integral é a correta, já que ninguém pode ter o direito de controlar a fala de alguém. A fala é quase equivalente à necessidade de respirar.
E, ironicamente, é uma arma CONTRA o preconceituoso. continuar lendo
Sr. Lucas, o Sr está errado. Em verdade, todos somos livres completamente. Quer cometer ilícitos? cometa. Quer escrever falas racistas em rede social? escreva. Quer insultar e cometer racismo em um campo de futebol? cometa. Só esteja preparado para as consequências.
Muito se debate sobre a liberdade, quando em verdade, a discussão deveria ser pautada pela palavra "responsabilidade".
Por isso não existe direito à "moderada expressão de preconceito geral".
O que ocorre é que se algum Delegado, Juiz ou Operador do Direito entender que você, se valendo de seu direito de liberdade (inclusive o de expressão) vier a ofender alguém ou cometer algum ilícito, independentemente do grau (leve, moderado ou grave), será julgado e processado.
Aliás, ser julgado e processado de acordo com a lei, tendo todas as garantias processuais inerentes as regras do jogo, também faz parte do jogo democrático da liberdade de expressão.
Engana-se quem pensa que existe censura. Na verdade quem pensa que existe censura é um baita de um preconceituoso que ainda não recebeu o rigor da lei. continuar lendo
No rigor que preconceito racial é crime, se não existe MEIA liberdade, pqe existiria MODERADA expressão de preconceito geral ? Não existe mensuração pra essa situação, mensurar não autoriza nada. continuar lendo
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se algum Delegado, Juiz ou Operador do Direito entender que você (...) vier a ofender alguém ou cometer algum ilícito, independentemente do grau (leve, moderado ou grave), será julgado e processado
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@pslellis
Tu claramente não entendeu meu comentário: não to nem aí pro que diz a lei brasileira. To te explicando o que é certo ou errado com base na lógica e no racioncínio.
Vocês babam pela lei como se fosse escrita por deuses. O mundo de vocês parece ser só isso. Chega a ser patético.
Se a lei é contra a liberdade de externalização de preconceito, a lei ta errada. Ponto.
Por motivos lógicos, a liberdade de expressão e pensamento não pode ser limitada.
@dtalassijr1600
O "moderado" serve para limitar a violência no discurso, e também para se manter o civismo em lugares públicos. Só isso. Em lugares privados, não deve haver limites.
Nem há como. Não ao menos sem se criar violações ainda maiores.
Ou vai querer impor limites no preconceito que existe na minha cabeça ? continuar lendo
Outra que esqueci de incluir:
O insulto é subjetivo
É tão perigoso criar categorias de ofendidos (negro, gay, deficiente...) quanto deixar a capricho do sujeito alvo do insulto decidir se foi ofendido. O primeiro é totalmente arbitrário, e imposto a todos; o segundo deixa aberto para que qualquer coisa seja ofensiva continuar lendo
Assunto esclarecedor! Que o preconceito não exista em lugar nenhum. O que as pessoas pensam nem tudo pode ser dito. Parabéns à autora do artigo! continuar lendo