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23 de Maio de 2024

Os fatores endógenos da criminalidade

Fatores internos ao ser humano que contribuem para o cometimento de crimes

há 3 anos

A criminologia identifica determinados fatores endógenos ou internos no indivíduo que geram disfunções na constituição do criminoso que impulsiona ou pelo menos contribui para que este venha a cometer crimes, fatores esses de ordem biológicos, psicológicos, institucionais e de vários outros seguimentos.

Um dos fatores que afetam o indivíduo e pode leva-lo a criminalidade é a própria pessoa frente a sociedade, sua aparência, seus pensamentos, sua capacidade social e suas diversas maneiras de influências ou a própria urbanização excessiva ou defeituosa, tudo isso pode acelerar as taxas de criminalidade em uma determinada cidade, a saúde de uma pessoa, outros fatores que podem trazer influências criminosas e podem fazer com que uma pessoa se torne um criminoso mais facilmente, uma vez identificados certos fatores.

FATORES ENDÓGENOS (internos)

GÊNERO HUMANO

O Fato de a pessoa ser homem ou mulher pode influenciar no cometimento de crimes, isso pode ser afirmado quando analizamos as estatísticas, o crime é algo predominante do sexo masculino, é um fato que foi comprovado ao longo da história, que não acontece apenas em determinados países, em todo o mundo e em todas as civilizações, o crime em sua predominância sempre fora atribuído ao genero humano homem, LOMBROSO, 1899, já trazia números que comprovam essas afirmações:

Na Áustria, apenas 14% do criminosos eram mulheres;

Na Espanha, apenas 11% dos criminosos eram mulheres;

Na Rússia, apenas 10% dos criminosos eram mulheres;

Na itália, apenas 8,2% dos criminosos eram mulheres.

Apesar do grande número de criminosas nos últimos tempos, pode-se afirmar que 90% dos criminosos no mundo são homens. Números no entanto mostram que existem exceções quando falamos em crimes praticados contras os ascendentes, em que a mulher é responsável por 50% dos crimes no mundo.

A explicação para esses índices da criminalidade masculina é que existe uma associação entre agressividade e masculinidade numa pespectiva não apenas biológica mas também social.

IDADE

Em primeiro momento não parece que a idade do ser humano tenha ligação com a criminalidade, porém estudos mostram que esse é um fator decisivo, inclusive na diferença das formas e maneiras da criminalidade entre jovens e adultos. A personalidade jovem e a adulta, o ambiente que os rodeiam influenciam direta ou indiretamente na criminalidade etária.

A idade média em que o maior número de crimes acontecem é entre 21 a 25 anos. Momentos em que a criminalidade cresce potencialmente é em primeiro lugar entre os 25 anos, 35 anos em segundo lugar e por último tem um aumento parcial aos 60 anos. A partir dos 40 anos, a criminalidade sofre uma redução significativa e a intensidade em que crimes são cometidos caem exponencialmente.

A criminalidade pode afetar o ser humano em idade entre a infância, a adolescência e a juventude, estudos mostram que crianças que cometeram crimes entre os 7 à 12 anos possuem duas ou três vezes mais chances de serem criminosas na sua vida adulta do que aquelas que não cometeram.

FATORES NEUROFISIOLÓGICOS

Muitas pessoas violentas crónicas possuem uma predisposição de sua fisiologia cerebral, alterações anatômicas e fisiológicas comuns a área do córtex cerebral são observadas no córtex pré-frontal e no sistema límbico. Esses campos cerebrais estão ligados à aparência e o controle das emoções humanas. Esta área do córtex pré-frontal especialmente o hipotálamo e amígdala são onde se concentram os impulsos agressívos, esta é se caracteriza pela percepção da raiva e ativa esse comportamento no ser humano, sua memória de crimes anteriores ou memórias violentas vem facilmente em sua memória, podendo seu comportamento agressivo ser impulcionado por esses pensamentos, dificultando assim o controle de suas emoções.

Podemos citar outras causas neurofisiológicas como fatores endógenos que podem influenciar na criminalidade:

Disfunções hormonais;

Deficiência no controle da serotonina;

Disfunções enzimáticas;

Disfunções cerebrais;

Outras disfunções cerebrais.

FATORES PSICOPATOLÓGICOS

Esses fatores estão associados a transtornos ou doenças metais, os principais transtornos graves são a esquizofrenia e o transtorno da bipolares, os transtornos mentais leves são a depressão, ansiedade, fobia e estrésse traumático.. Transtornos mentais que podem gerar comportamentos agressivos são: ansiedade, psicoses, paranoia, demência, transtorno bipolar, atraso mental, transtorno do controle de impulsos, parafilias e personalidade dissocial.

Estudos sobre a psicopatologia apontam que alguns fatores existentes na vida da pessoa com doença mental podem influenciar e influenciar este a cometer crimes, um histórico prévio de agreções, negação da doença por parte da pessoa que se recusa a receber tratamento, transtornos que fazem a pessoa a perder o sentido de realidade, delírios criminais, alucinações em que a pessoa tem mania de perseguição, danos cerebrais e consumo de drogas.

FATORES PSICOLÓGICOS

Pessoas que não possuem doenças mentais, mas que por sofrerem algumas situações que alterem o seu estado da personalidade e situações ambientais podem fazer com que essas cometam crimes sendo influenciadas pela agressividade:

Intolerância a frustações;

Falta de controle dos pensamentos;

Disforia pré-mestrual;

Medo;

Autoestima;

Déficit de empatia;

Lócus de controle externo (a pessoa acredita que é o destino ou deuses que decidem por ela própria);

Egocentrismo;

Défcit de habilidades sociais;

Paixões.

FATORES GENÉTICOS

Estudos mais modernos sobre o tema pregam que a relação cromossomo e delinquência resta superada, como a síndrome de Klinefelter, que atinge 2% da população carcerária americana, que identifica que pessoas com a composição cromossomica XXY, XXXY, XXXXY e XXXXYY são pessoas que possuem uma cópia extra do cromossomo X, nasce com poucos pelos e baixo nível de tosteterona e assim teria uma deficiência genética que influenciaria estas a cometer crimes, outro exemplo é a síndrome de Turner, denominado cromossomo assassino (XYY), em 1930 pessoas poderiam ser condenadas a morte ou prisão perpétua mais facilmente se tivessem essa composição cromossomica.

REFERÊNCIAS

https://eduardobionedto.wixsite.com/eduardobioneadv/post/os-fatores-end%C3%B3genos-da-criminalidade

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