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3 de Maio de 2024

Para turista americano, comprar passagem é ‘pesadelo’ no Brasil

Publicado por Fernanda Favorito
há 10 anos

Jonathan Richards Foto Arquivo pessoal

Turistas reclamam de 'odisseias' para comprar passagens, há seis meses da Copa

Perguntado a respeito de sua experiência comprando passagens aéreas no Brasil, o consultor de finanças americano Jonathan Richards não tem dúvidas: "é um pesadelo".

No Brasil há duas semanas, ele visita o país regularmente para encontrar amigos e diz já ter tido diversos problemas em sites de linhas aéreas brasileiras.

"Tentei o site da TAM há três anos e não era feito para estrangeiros. Para para esta viagem, tentei usar a Gol. Eles permitem dão a opção de comprar um passaporte, mas se você não tiver um cartão de crédito brasileiro, o seu cartão é rejeitado", disse à BBC Brasil.

"Eles te dizem que você precisa ligar para um centro de autorização e dão um número brasileiro sem o código da cidade ou do país. Eu consegui descobrir a cidade, liguei, esperei por algum tempo e fui atendido por uma pessoa que não falava inglês. Então, desisti."

"A Azul tinha a opção de comprar sem um CPF, mas quando cliquei nesta versão, o site deu defeito, então não tentei mais."

Procuradas pela reportagem, as companhias afirmam que oferecem opções de atendimento e de pagamento aos estrangeiros e que trabalham para realizar melhorias em seus sites.

Simulações de compra feitas pela BBC Brasil mostram que os sites das quatro maiores empresas de aviação do Brasil - TAM, Gol, Azul e Avianca - já têm versões em outras línguas, nas quais é possível cadastrar-se com o número do passaporte ou até prescindir de um documento para a compra da passagem.

Todas elas também declaram aceitar cartões internacionais, mas a compra na prática ainda é difícil.

Pagando no aeroporto

O consultor de negócios internacionais francês Jean-Claude Fernandes, de 39 anos, vem ao Brasil regularmente desde 2004 e reconhece as mudanças para melhor no atendimento das linhas aéreas.

Mesmo assim, ao voltar ao país em junho para a Copa das Confederações, ele ainda teve dificuldades para conseguir viajar para seis cidades-sede do torneio.

Jean-Claude Fernandes Foto Arquivo pessoal

Apesar de melhoras no atendimento, compra com cartões internacionais ainda é difícil

"Eu fiz sete ou oito voos pelo Brasil. Consegui comprar dois voos com a TAM da Europa e comprei os outros com a Avianca. Mas (esses últimos) não consegui com o cartão. Tive que ligar para a central de atendimento, eles reservaram as passagens e eu paguei no aeroporto", conta.

"O bloqueio do cartão estrangeiro ainda é muito ruim. Passei uma noite tentando fazer as reservas."

Processo frustrante

Há duas semanas, a japonesa Yoshiko Nagai, de 35 anos, voltou ao Brasil para passar as férias. Na primeira visita, em 2009, não conseguiu comprar passagens aéreas de São Paulo a Salvador com antecedência pela internet.

"Um amigo em São Paulo me deu o contato de uma agência de viagens e eu comprei por e-mail. Os sites não aceitavam meu cartão de crédito", conta.

Mas em outubro deste ano, quando planejava a volta, ela teve o mesmo problema: "Tentei comprar em todas as linhas aéreas e não consegui. Mesmo com algumas falhas de tradução, os sites eram claros e eu consegui avançar no processo com facilidade. Mas não consegui chegar ao fim dele, porque o problema era o cartão de crédito".

Para "evitar a confusão e as passagens de avião muito caras", Nagai diz que não voltará ao país para a Copa do Mundo.

"Eu gosto muito deste país. Só queria que houvesse infraestrutura melhor, para virmos mais facilmente. O Brasil já é muito longe do Japão e é um processo longo comprar passagens de lá e conseguir o visto."

Fonte: http://www.bbc.co.uk

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5 Comentários

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Normal, falamos muito e fazemos pouco.
Turista, brasileiro ou não, é muito desrespeitado no Brasil e, como sempre as empresas aéreas, os hotéis e órgãos públicos estão certíssimos e "trabalham para realizar melhorias" que jamais chegam. continuar lendo

Na verdade, comprar passagens por estrangeiros no Brasil, através de sites, não é o único serviço que se torna pesadelo. Por aqui temos outros pesadelos para brasileiros inclusive, tais como tentar reclamar de empresas de telefonia, etc. Se tais serviços são verdadeira agonia para nós, imaginem para estrangeiros. continuar lendo

Muito bom adorei continuar lendo