Polícia intensifica fiscalização em rios
A Piracema, período de reprodução dos peixes, já começou a valer há uma semana em Sorocaba. A fim de proibir que pescadores desrespeitem as normas que seguem padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Ambiental intensifica as fiscalizações, que devem ser seguidas até 28 de fevereiro de 2014. O objetivo é garantir a reposição das espécies. O descumprimento da lei é crime ambiental e chega a penalizar o infrator com multas no valor mínimo de R$ 700.
Nessa época os peixes nadam contra a correnteza buscando as cabeceiras dos rios para depositar os ovos, com isso, ficam vulneráveis. "O apelo da lei é para conservação da espécie e respeito ao meio ambiente", afirma o sargento da Polícia Militar, Evandro Pires da Rocha.
Para o pescador de barranco, por exemplo, estão permitidos itens utilizados para a pesca, como vara simples, molinete, carretilha ou a linha de mão. A restrição fica por conta do uso de redes e materiais perfurantes, como arpão, lança ou utilização de animais aquáticos como iscas. Locais a menos de 500 metros de confluências e desembocaduras de rios, lagoas, canais e tubulações de esgoto, 1,5 quilômetros de barragens de reservatórios de empreendimento hidrelétrico, mecanismos de transposição de peixes e cachoeiras também são proibidos. O policiamento ambiental também irá fiscalizar os estoques de estabelecimentos que comercializam peixes.
O prazo fixado para declaração ao Ibama ou órgão estadual competente, dos estoques de peixes resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais foi até a última segunda-feira. A equipe de reportagem questionou a Polícia Ambiental sobre o número de multas efetuadas no mesmo período no ano passado, mas até o encerramento da matéria não havia nenhuma resposta. A Polícia Ambiental também pede à população que ajude na defesa, denunciando qualquer tipo de crime ambiental através dos telefones (15) 3228-2525, 181 ou telefone de emergência, 190.
Artigos de pesca
Estabelecimentos que comercializam acessórios para pesca também percebem que o período afeta nas vendas. O comerciante de uma casa de pesca no jardim São Guilherme, Fábio Donizetti, afirma que as vendas chegam a cair quase 30% de novembro a fevereiro. Já a opinião de um dos sócios da casa de pesca localizada no jardim Maria Antonia Prado, Rubens Hisamo, é contrária. "Os meses de piracema coincidem com o Verão e as férias, então as vendas permanecem em alta, principalmente, pela procura de itens em uso de pesqueiros particulares", informa.
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