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16 de Junho de 2024
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    Programa que recupera condenados por crime de trânsito completa um ano com bons resultados

    há 7 anos

    Pelo menos 313 pessoas que foram flagradas dirigindo embrigadas já participaram do ciclo de práticas restaurativas sobre crimes de trânsito na comarca de Goiânia. O projeto, que completou um ano neste mês de abril, faz parte do Programa Justiça Terapêutica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e é exigência imposta aos condenados por crimes trânsito.

    O Projeto iniciou em 13 de abril de 2016, em razão da alta demanda de pessoas que chegavam ao Judiciário por dirigirem após ingestão de bebida alcoólica, autuadas, principalmente, no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (dirigir embriagado). Como a equipe da Justiça Terapêutica já atuava, desde sua implantação, pautada em princípios de Justiça Restaurativa no contexto de usuários e dependentes de álcool e drogas, a 12ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia solicitou atenção específica para esse tipo de público.

    Uma vez flagradas nessas condições, essas pessoas passam por uma audiência, quando o juízo determina que o condenado deve participar de duas reuniões mensais realizadas no Fórum Criminal, na capital. Os encontros são acompanhados por psicólogos, terapeutas e assistentes sociais e têm uma média de 24 participantes

    De acordo com a psicóloga e coordenadora técnica do Justiça Terapeutica, Thaíssa Moiana, apesar da resistência inicial, os motoristas se envolvem na proposta do projeto e contribuem ativamente para o processo de reflexão e realização das práticas que são discutidas.

    Um dos participantes do projeto que não quis se identificar argumentou que as reuniões o ajudaram a pensar sobre as suas responsabilidades e o seu papel diante da sociedade. “Esse grupo foi a melhor coisa que me aconteceu em todo esse processo que estou respondendo”, assegurou.

    Thayssa citou o Programa Justiça Para o Século 21, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, assinalando que “as práticas circulares não se destinam a apontar culpados ou vítimas, nem a buscar o perdão e a reconciliação, mas a percepção de que nossas ações nos afetam e também aos outros e que somos responsáveis por seus efeitos”.

    A psicóloga ressaltou ainda que, ao final de cada oficina, a equipe estimula os participantes a compartilharem palavras que resumem aquele momento que eles acabaram de vivenciar. “As mais comuns que surgem nos depoimentos das pessoas são reflexão, responsabilidade, aprendizado e consciência” finalizou a coordenadora. (Texto: João Messias - Estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)

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