São Paulo se adianta ao governo federal e lança novo modelo de RG
Será criado um banco estadual de impressões digitais
Antecipando-se ao projeto do governo federal de criar um banco nacional de impressões digitais, o governo de São Paulo apresentou ontem um novo modelo de RG.
As impressões digitais coletadas ficarão armazenadas em um banco pelo sistema Afis (sigla em inglês para Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais). Sistema semelhante já existe em Estados como Rondônia e Rio Grande do Sul.
Além de armazenar dados biométricos de pessoas que tirarem RG a partir de agora, o Afis paulista receberá dados que já constam dos cadastros do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
A previsão do governo é ter os registros de 20 milhões de pessoas em dois anos.
O Afis impedirá, por exemplo, que uma pessoa tire RG com o nome de outra já identificada no Estado e ajudará em investigações criminais, pois permite comparar as digitais do acervo com as encontradas em cenas de crimes.
Em 2010, o governo federal anunciou a criação de um novo RG, o RIC (Registro de Identidade Civil), mas o projeto não andou.
Responsável por ele, o Ministério da Justiça disse ontem que está realizando estudos técnicos e não tem prazo. A ideia inicial era que todo brasileiro tivesse o RIC até 2020.
Devido à falta de um banco nacional de impressões digitais, hoje é fácil tirar um RG com o nome de outra pessoa.
À medida que os Estados implantam seus próprios bancos de digitais, fica mais difícil criar um sistema único para todo o país. Cada Estado usa uma tecnologia e, no futuro, elas terão que se integrar.
O novo RG paulista ainda terá um novo layout e ganhará nove itens de segurança.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a modernização do sistema e a emissão de novos documentos vão custar R$ 79 milhões nos próximos dois anos, pagos a uma empresa contratada.
Por outro lado, o custo de expedição de cada RG cairá de R$ 35 para R$ 9,69, informou a secretaria -economia de R$ 10 milhões por mês. Para o cidadão, a primeira via é grátis. A segunda custa R$ 30,21.
A meta é implantar o sistema em todos os postos do Estado até o fim do ano.
Fonte: Folha de São Paulo On Line
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