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9 de Maio de 2024
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    Serial killer que matava meninos no interior do RS já tem penas que somam 171 anos de prisão

    Publicado por Espaço Vital
    há 16 anos

    O Tribunal do Júri de Soledade condenou ontem (19) Adriano da Silva pela morte do menino Douglas de Oliveira Hass, 10 anos. A pena por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver é de 21 anos e cinco meses. O menino foi morto por asfixia mecânica e estrangulamento com um pedaço de fio, em 19 de abril de 2003.O julgamento foi presidido pela juíza Mariana Costa Gama Nunes de Oliveira. (Proc. nº 20300044118).

    Em Passo Fundo, Adriano da Silva já foi julgado por cinco outros homicídios, resultando nas seguintes penas:

    * 21 anos e 5 meses. Vítima: Alessandro Silveira;

    * 29 anos, 3 meses e 20 dias. Vítima: Júnior Reis Loureiro;

    * 21 anos e 8 meses. Vítima: Leonardo Dornelles dos Santos;

    * 21 anos, 10 meses e 20 dias. Vítima: Luciano Rodrigues;

    * 32 anos, 2 meses e 15 dias. Vítima: Volnei Siqueira dos Santos.

    Em Sananduva, em 25 de outubro de 2007, foi condenado a 24 anos de prisão pela morte do menino Daniel Bernardi Lourenço, 14 anos, ocorrida no dia 3 de janeiro de 2004. Há ainda um processo criminal tramitando em Lagoa Vermelha, pelo homicídio de Éderson Leite (Proc. 20300024106). A sentença de pronúncia foi prolatada em 7 de fevereiro deste ano.

    O total das penas chega, assim - faltando mais um júri - chega a 171 anos, dez meses e 25 dias. Adriano da Silva cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).

    O serial killer da região de Passo Fundo

    Adriano - a quem se atribuiram 12 mortes, embora ele admita apenas oito - foi preso no Município de Maximiliano de Almeida, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, em janeiro de 2004.

    Na Polícia e em Juízo, Adriano revelou detalhes sobre as mortes dos meninos, revelando - sem demonstrar nenhuma emoção - como imobilizava suas vítimas. Garantiu também que só abusava sexualmente dos meninos depois de matá-los. Nunca, segundo o depoimento, levava nada das crianças, nem roupas ou objetos.

    Adriano já tinha sido condenado por latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de cadáver, no Paraná. Teria 21 anos de detenção para cumprir, mas fugiu depois de seis meses. Durante as investigações feitas pela Polícia gaúcha do RS chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas.

    O assassino carregava luvas e um lenço, para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha brutalidade, Silva falou de "uma vontade íntima, de um vício". Um detalhe espantoso nesse caso é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente acusado e confessar as oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três vezes – uma por furto, outra por estar com uma faca e a terceira quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele.

    Mas acabou solto em todas as ocasiões porque a polícia não sabia estar diante de um foragido. Silva disse aos policiais ter perdido os documentos e se identificou como Gabriel, nome de seu irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que nada teria acontecido ainda que Adriano da Silva fosse identificado.

    Durante muitos meses, a Secretaria de Segurança do Paraná, Estado de onde ele fugiu, deixou de alimentar o sistema nacional de informações policiais. Ou seja, não haveria como saber que se tratava de um bandido foragido. Em liberdade, Silva mataria uma vez mais. Novamente, a polícia o capturou com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.

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