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31 de Maio de 2024
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    Turma admite recurso interposto por empresa não citada no início do processo

    A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (MT) julgue o recurso da Tocantins Refrigerantes S.A. e da Solar.BR Participações S.A., interposto pela Companhia Maranhense de Refrigerantes – empresa que não fez parte do processo – contra sentença favorável a um operador de empilhadeira. De acordo com os ministros, o erro material não prejudicou a identificação das reais recorrentes, pois havia a correta indicação do número do processo, do nome do trabalhador e das questões debatidas na primeira instância.

    O objetivo das empresas, que representavam a Coca-Cola em Sinop (MT), era questionar a condenação ao pagamento de horas extras e adicional noturno. O TRT, no entanto, não conheceu do recurso ordinário porque a Companhia Maranhense não ficou vencida no processo nem seria terceira prejudicada, nos termos do artigo 499 do Código de Processo Civil de 1973, que também admite a intervenção do Ministério Público.

    No TST, a Tocantins Refrigerantes e a Solar justificaram o equívoco pelo fato de as três empresas integrarem o mesmo grupo econômico, e pediram para serem consideradas apenas as identificações registradas no sistema Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT). Segundo a indústria, a decisão regional restringiu seu direito à defesa e ao contraditório por excesso de formalismo, ainda que tivesse cumprido regularmente todos os outros pressupostos para recorrer.

    O ministro José Roberto Freire Pimenta, relator, explicou o caráter instrumental e finalístico do Direito Processual do Trabalho, no sentido de que o erro na indicação do nome do recorrente não constitui vício insanável quando, por meio de outros elementos do recurso, for possível a correta identificação. No processo em questão, ele entendeu que houve mero erro material incapaz de prejudicar o reconhecimento das empresas efetivamente responsáveis pela petição, até porque o número do processo e o nome do operador de empilhadeira estavam indicados corretamente, e as questões jurídicas e fáticas também eram iguais às discutidas desde o início. "Portanto, não há falar em ilegitimidade ativa recursal", concluiu.

    A decisão foi unânime.

    (Guilherme Santos/CF)

    Processo: RR-614-42.2014.5.23.0036











    Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

    Data da noticia: 14/11/2016

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/turma-admite-recurso-interposto-por-empresa-nao-citada-no-inicio-do-processo/404973813

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