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5 de Maio de 2024

A legalização da crueldade

“A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.”
Arthur Schopenhauer

Foto: Divulgação

Definição por exclusão.

CRUELDADE e BONDADE são atitudes antagônicas.

E é por isso que não se pode admitir CRUELDADE COM ANIMAIS, praticada em nome de qualquer culto ou religião.
Simples!

Em tempos remotos, muitas crueldades e sacrifícios já foram praticados usando pessoas humanas. Isto só mudou, mediante um esforço coletivo dos defensores dos Direitos Humanos.

Na atualidade, podem até ter mudado os símbolos e as bandeiras, mas a pulsão assassina contra os animais é a mesma que já foi utilizada contra os humanos, em sacrifícios humanos que nunca tiveram nada a ver com direito à sobrevivência ou com a liberdade de culto.

Morte e crueldade não podem significar propriedade de nenhuma religião. Não passa de direito inconsistente e injustificado.

Invocar a CONSTITUIÇÃO para justificar crueldade contra animais praticada em nome de “cultos” ou de “religiões” é uma aberração jurídica.

Arguições como racismo e intolerância religiosa não passam de falácias, ou seja, raciocínios incorretos ao qual pretendem dar aparência de verdadeiros.

A irresignação vigente não é contra a liberdade e exercício de qualquer culto, mas contra a utilização de crueldade contra animais em nome de cultos.
Também não tem conotação racista, porque não ataca a raça negra, como querem demonstrar.

Muito pelo contrário, a luta da denominada Proteção Animal segue a mesma esteira de luta de outrora contra a prática de crueldade contra os escravos. A bandeira é a mesma… só muda os beneficiários finais.

No caso do Rio Grande do Sul, a situação se agrava por ter sido “legalizada” a permissibilidade do sacrifício de animais em culto, expressa em emenda a dispositivo de Lei (Código Estadual de Proteção aos Animais – Lei Estadual Nº 11.915, de 21 de maio de 2003, -, que originalmente se apresentava adequada à Constituição.

Nenhum outro Estado possui lei permissiva de “sacrifício de animais” em nome de cultos. Só o nosso Estado.

Cumpre aos Defensores de Animais do mundo todo um esforço coletivo para mudar essa permissibilidade e fazer prevalecer o Direito à Vida e ao Bem Estar dos Animais.

É uma luta digna e, se não conta com a concordância de todos, no mínimo, merece ser respeitada.

A história falará por si própria!

*Dr. Rosane Michels é magistrada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e filósofa

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10 Comentários

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Parabenizo pelo conteúdo, recomendo a leitura.
Se os homens são cruéis com os seus semelhantes, quem dirá com os indefesos animais. continuar lendo

paulo homens não são cruéis com humanos ou animais quem comete crueldade não pode ser chamado de homem, e sim o pior dos animais continuar lendo

Devemos lutar para anular essa lei de extrema crueldade para com os animais, não é justo sua livre matança em nome de religião ou culto.
Vamos respeitar , cuidar e amar à todos, preservando sempre suas vidas. continuar lendo

Bravíssima Dra. Rosane, temos que acabar com esses malditos abatedouros, fechar os açougues, churrascarias, dar fim e criminalizar esses rituais do cordeiro da Páscoa, do peru do natal, daquele horrível espetáculo do leitão com uma maçã na boca e do porco no rolete. Ah, e aquele esporte de fisgar o peixe, lhe rasgar as entranhas e depois soltar? É a pesca esportiva, a morte e o sofrimento do peixe bem longe dos olhos. E os abates dos muares para exportação? É um verdadeiro horror. Todos os animais tem direito à vida e ao bem estar, isso é um fato. Fora disso é assassinato, é cruedade. Viva o vegetarianismo, viva a vida.
Pensando bem Dra. Rosane, como é que vamos acabar com os carniceiros, os comedores de carniça, de cadáveres? Acho que só matando. Mas aí não dá porque vamos ter que proteger também os animais/humanos necrófagos.
Dra.deixa o pessoal dos terreiros cortar o pescoço de algumas galinhas, porque perto de uma pequena parte do que eu mencionei, esse rituais são por demais inocentes. Porque vai ser difícil acabar com o grosso da história. E até porque antes disso temos que acabar com a legalização do infanticídio indígena como expressão cultural, a Dra. não acha não? continuar lendo