A profissão de analista e suas atribuições
Profissão Analista
Da Redação
Atribuições
Cumprir despachos de juízes, expedir ofícios, publicações, entre outros. Além de participar de
comissões, quando designado, e de treinamentos diversos de interesse da administração. Segundo
Elaine Lemos, as atividades não são fáceis. "Lidamos com a resolução de conflitos, motivo pelo qual
é fundamental ser tolerante e ter muita paciência. É necessário eficiência e rapidez".
Concursado
O analista judiciário é um servidor público concursado, com nível superior na área de Direito. Trata-se de um agente do órgão do quadro de pessoal do Tribunal de Justiça dos estados e do Distrito Federal. A advogada Elaine Cristina Martins Lemos, por exemplo, depois de aprovada em concurso há 4 anos, trabalha na 7ª Vara Cível, em Cuiabá. Hoje, ela exerce a função de gestora judiciária e está à frente de uma equipe composta por 6 pessoas. "Gosto muito do que faço. Contudo, é fundamental estar motivada e ter espírito de liderança para que as pessoas que trabalham comigo também se sintam à vontade para cumprir suas tarefas".
Atribuições
Área Judiciária: incumbe executar os serviços de expediente, servir nas audiências, elaborar e digitar pautas de publicação, entre outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade que lhe forem cometidas pelo titular da serventia.
Área Administrativa: desenvolver atividades em geral dos órgãos onde estiverem lotados, incluindo digitação, andamento de feitos, elaboração de certidões e relatórios, indexação de documentos e o atendimento ao público.
Existe ainda o escrevente técnico judiciário, cujas atribuições estão previstas no Código de Processo Civil, no artigo 141. Entre elas: redigir ofícios, mandados, cartas e outros documentos necessários ao seu ofício.
Qualidades
Segundo Elaine Lemos, a principal qualidade de um analista judiciário é gostar de trabalhar com pessoas e atender bem a todos tratando de forma igual, seja advogados ou partes. Além de entender bem do Direito, estar sempre atualizado com estudos e cursos constantes. Tanto que antes de decidir pela carreira de analista, ela advogou por alguns anos e conhece bem as necessidades dos advogados e das partes no momento em que eles procuram atendimento. Outro fator é ter como meta superar os próprios limites, sabendo como delegar todas as suas atribuições e dividi-las entre os seus subordinados. Por isso, é importante saber conduzir bem sua equipe e ter a confiança de todos.
História
A partir de 1988, criou-se uma nova profissão, a que hoje se dá o nome de Analista Judiciário. É comum haver discussões sobre as diferenças entre técnico judiciário e analista judiciário. Antes da Constituição Federal de 1988 as atribuições que hoje pertencem ao analista eram privativas dos servidores que se destacavam na efetiva prestação de serviços públicos estaduais e federais e investiam no aprimoramento de seus conhecimentos acadêmicos e profissionais.
Esses servidores prestavam um concurso interno e, se aprovados, davam sequência à carreira, agora como analistas judiciários. Funcionava como uma promoção, pois o aumento de vencimentos correspondia um aumento de responsabilidades.
Atualmente, porém, a carreira foi desmembrada em duas e, já no concurso público, se faz a diferenciação. A pessoa pode concorrer para técnico judiciário ou para analista judiciário, dependendo da sua qualificação profissional (títulos que possui).
Contudo, essa mudança é vista por muitos como negativa, pois elimina a possibilidade de ascensão profissional. Muitas pessoas ainda confundem o analista judiciário com o cartorário, mas este termo há tempos não é mais utilizado.
Fonte: Gazeta Digital
Postado por Perlato
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