Acordo aéreo entre Cuba e Estados Unidos não altera atual proibição de turismo na Ilha

Nesta quinta-feira, 17 de Novembro de 2015, coincidentemente, além de completar um ano desde a retomada de relações entre Estados Unidos e Cuba, o governo de ambos países celebrou um acordo para restaurar voos comerciais à Ilha.

Em comunicado oficial, o Departamento de Estado Americano detalhou que o acordo foi celebrado em Washington, nesta quinta-feira após negociações lideradas por Thomas Engle, Subsecretário de Estado adjunto para Assuntos de Transporte, representando os Estados Unidos e pelo Embaixador Cubano Yuri Gala López.

Mencionado comunicado descreve que o acordo permitirá que operações de companhias charter já existentes continuem, além de "estabelecer serviços aéreos regulares", de forma que "facilitará um aumento das viagens autorizadas" de americanos à ilha e formando assim "os vínculos povo a povo entre os dois países".

Claramente, há um avanço diplomático, de forma que companhias aéreas poderão retomar a rota que foram, há mais de décadas, interrompida a partir dos próximos meses, de forma grandes companhias aéreas, tais como American Airlines, United Airlines e Delta Airlines já expressaram seu interesse.

Entretanto, vale ressaltar, conforme relembrou o Departamento de Estado dos Estados Unidos que "a lei americana segue proibindo as viagens a Cuba para atividades turísticas".

A emissora "CNN" bem como o veiculado jornal "The Washington Post", citou, sob fontes anônimas, que o acordo alcançado é sobre aspectos "técnicos", entendendo que levará meses até que as companhias aéreas americanas possam começar a vender passagens para Cuba.

Na Havana, capital Cubana, a diretora geral nos Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, se pronunciou dizendo que as equipes que se reuniram em Washington "tiveram importante avanços nas negociações de memorandos de entendimentos no que diz respeito ao estabelecimento de voos regulares".

Muito embora exista a necessidade de se resolver muitos outros dilemas, tais como a diferença política, imigração, status dos dissidentes, respeito aos Direitos Humanos em Cuba e o embargo econômico (que atualmente, depende de decisão do Congresso dos Estados Unidos, cuja maioria é de republicanos que se opõem à suspensão), o governo de ambos países estão na trilha correta para melhores relações internacionais.