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30 de Abril de 2024

Agrotóxicos na agricultura estão contaminando a população brasileira

Publicado por Carolina Salles
há 10 anos

Por Tamyris Machado

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Em média, cada pessoa ingere 5,2 litros de veneno por ano, de acordo com dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva, (Abrasco), Conselho Nacional de Saúde Alimentar e Nutricional (Consea) e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Conforme estes órgãos, a intoxicação e contaminação de pessoas e animais, do solo e da água estão comprometendo a qualidade alimentar, a saúde humana e a sustentabilidade de diversos biomas.

Por isso, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), está reunindo especialistas das áreas na sede do Ministério Público da Bahia, localizado no Centro Administrativo da Bahia, com intuito de discutir a atuação do MP brasileiro no combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos.

O evento, gratuito, continua nesta quinta-feira (28) até às18h, no auditório do MP- CAB.

O procurador geral do Trabalho, Luis Camargo, destacou a importância do encontro. “Um evento muito importante que tem como grande objetivo aprofundar o tratamento de uma questão crucial, que atinge não só o trabalhador como toda a sociedade. Os trabalhadores são contaminados diretamente porque utilizam o veneno nas plantações, e a população consome esse alimento contaminado. Queremos articular nossa interação unindo todo o Ministério Público Brasileiro”, disse Camargo.

Quem consome os produtos contaminados podem sentir tontura, fraqueza, dor abdominal, convulsões, além de causar doenças no fígado, rins, anomalias nos fetos e risco de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o uso do agrotóxico é associado ao aumento da incidência da doença no país.

Luiz Meireles, pesquisador em Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz, e palestrante do evento, explicou o risco da contaminação. “Agrotóxicos são tóxicos na origem, são substâncias que têm a finalidade de matar as pragas e, por conta disso, o estado há de prover condições para que se faça o controle e não haja a exposição da população aos perigos relacionados a essas substâncias”, pontuou. De acordo com Meireles, a Anvisa chegou a monitorar 20 diferentes alimentos que contém agrotóxicos. Os mais contaminados são: morangos, pimentão, tomate e pepino.

A região do Oeste baiano é a mais impactada, e o município de Barreiras tem o maior índice de consumo. “Existe hoje uma situação grave em Barreiras, que é a utilização de um agrotóxico que não é autorizado nem pela Anvisa. Existia uma liminar proibindo a utilização deste produto e foi autorizado recentemente pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que a gente entende como um retrocesso, pois atinge toda a região, toda a produção de soja e algodão do Oeste, ou seja existe uma grande chance de chegar ao trabalhador e ao consumidor”, ressaltou Alberto Balazeiro, Procurador Chefe do MP-Bahia.

Para a Promotora de Justiça e presidente do Fórum Estadual de Combate aos Agrotóxicos, o grande problema da sociedade é a falta de informação sobre o assunto, e o descontrole sobre o quanto o consumo do agrotóxico reflete na saúde da população.

“Uma das grandes ações do Fórum é a elaboração de um dossiê que vai mapear os principais lugares do estado que existe o problema. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxico, mas não tem o monitoramento e o controle dos impactos disso. Muitas pessoas têm problema de saúde e sequer sabem que foi fruto do consumo de alimentos com valores de agrotóxicos acima do permitido. Então, a ideia é fazer esse mapeamento, saber o que temos de consumo real de agrotóxico na Bahia, quais os riscos, problemas com a saúde da população e com o meio ambiente”, explica.

A portaria 2914, do Ministério da Saúde estabelece a necessidade de ter a análise de seis em seis meses de 27 produtos. “Na região Oeste do estado, de 10 municípios visitados, nove não fazem esse monitoramento nem dos 27 produtos obrigatórios. A população bebe a água sem saber se está consumindo ou não agrotóxicos”, relata.

Conforme Khoury a principal luta do MP é informar as pessoas sobre a problemática. “A população precisa saber que existe uma cadeia: o animal consome o capim que foi usado o agrotóxico, a população come a carne e se contamina também”, alertou.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Em média, cada pessoa ingere 5,2 litros de veneno por ano, de acordo com dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva, (Abrasco), Conselho Nacional de Saúde Alimentar e Nutricional (Consea) e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Conforme estes órgãos, a intoxicação e contaminação de pessoas e animais, do solo e da água estão comprometendo a qualidade alimentar, a saúde humana e a sustentabilidade de diversos biomas. Por isso, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), está reunindo especialistas das áreas na sede do Ministério Público da Bahia, localizado no Centro Administrativo da Bahia, com intuito de discutir a atuação do MP brasileiro no combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos.

O evento, gratuito, continua nesta quinta-feira (28) até às18h, no auditório do MP- CAB.

O procurador geral do Trabalho, Luis Camargo, destacou a importância do encontro. “Um evento muito importante que tem como grande objetivo aprofundar o tratamento de uma questão crucial, que atinge não só o trabalhador como toda a sociedade. Os trabalhadores são contaminados diretamente porque utilizam o veneno nas plantações, e a população consome esse alimento contaminado. Queremos articular nossa interação unindo todo o Ministério Público Brasileiro”, disse Camargo.

Quem consome os produtos contaminados podem sentir tontura, fraqueza, dor abdominal, convulsões, além de causar doenças no fígado, rins, anomalias nos fetos e risco de câncer.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o uso do agrotóxico é associado ao aumento da incidência da doença no país. Luiz Meireles, Pesquisador em Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz, e palestrante do evento, explicou o risco da contaminação. “Agrotóxicos são tóxicos na origem, são substâncias que têm a finalidade de matar as pragas e, por conta disso, o estado há de prover condições para que se faça o controle e não haja a exposição da população aos perigos relacionados a essas substâncias”, disse.

De acordo com Meireles, a Anvisa chegou a monitorar 20 diferentes alimentos que contém agrotóxicos. Os mais contaminados são: morangos, pimentão, tomate e pepino.

A região do Oeste baiano é a mais impactada, e o município de Barreiras tem o maior índice de consumo. “Existe hoje uma situação grave em Barreiras, que é a utilização de um agrotóxico que não é autorizado nem pela Anvisa. Existia uma liminar proibindo a utilização deste produto e foi autorizado recentemente pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que a gente entende como um retrocesso, pois atinge toda a região, toda a produção de soja e algodão do Oeste, ou seja existe uma grande chance de chegar ao trabalhador e ao consumidor”, ressaltou Alberto Balazeiro, Procurador Chefe do MP-Bahia.

Para a Promotora de Justiça e presidente do Fórum Estadual de Combate aos Agrotóxicos, o grande problema da sociedade é a falta de informação sobre o assunto, e o descontrole sobre o quanto o consumo do agrotóxico reflete na saúde da população.

“Uma das grandes ações do Fórum é a elaboração de um dossiê que vai mapear os principais lugares do estado que existe o problema. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxico, mas não tem o monitoramento e o controle dos impactos disso. Muitas pessoas têm problema de saúde e sequer sabem que foi fruto do consumo de alimentos com valores de agrotóxicos acima do permitido. Então, a ideia é fazer esse mapeamento, saber o que temos de consumo real de agrotóxico na Bahia, quais os riscos, problemas com a saúde da população e com o meio ambiente”, explica.

A portaria 2914, do Ministério da Saúde estabelece a necessidade de ter a análise de seis em seis meses de 27 produtos. “Na região Oeste do estado, de 10 municípios visitados, nove não fazem esse monitoramento nem dos 27 produtos obrigatórios. A população bebe a água sem saber se está consumindo ou não agrotóxicos”, relata.

Conforme Khoury a principal luta do MP é informar as pessoas sobre a problemática. “A população precisa saber que existe uma cadeia: o animal consome o capim que foi usado o agrotóxico, a população come a carne e se contamina também”, alertou.

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/agrotoxicos-na-agricultura-estao-contaminando-a-populacao-brasileira/136258493

11 Comentários

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Sim, os alimentos não são periciados; se o são, não são divulgados apropriadamente... O lobby das vendedoras é muito forte no congresso e nos órgãos "fiscalizadores"... Cadê a Anvisa??? continuar lendo

Eu acho que até a ANVISA já está "contaminada" e totalmente comprada. Vejam o exemplo dos alimentos transgênicos.
Os transgênicos não se sairam bem com testes em cobaias (ratos) de laboratório. Os ratos tiveram tumores e outras complicações ao consumirem MILHO TRANSGÊNICOS.
Divulgado aos quatro cantos, mas o Governo Brasileiro nada faz....veja a seguir:
A Europa não está consumindo os transgênicos. Recentemente, até a BASF, uma multinacional muito conhecida no ramo de transgênicos, desistiu de vender seus produtos na Europa. Os Europeus são mais esclarecidos que os inocentes brasileiros, e boicotaram o consumo de milho e batata transgênicos.
O governo brasileiro obriga a incluir o símbolo do T nas embalagem quando um alimento possuir mais que 1% de transgênico em sua composição. A empresa que descumprir este requisito está sujeito a multas que começam a partir de R$ 500 mil.
Há projeto no Congresso para retirada dessa obrigatoriedade.
A falta de informação da população faz com que o Brasil seja um grande mercado de alimentos não-saudáveis, e isto certamente trará prejuízos para nossas próximas gerações.
Veja mais em: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/01/16/basf-deixara-de-produzir-transgenicos-para-europaefoca-no-brasil.jhtm

http://www.idec.org.br/ckfinder/userfiles/files/OficioNK603.pdf

http://www.portalnutrirse.com/transgenicos-voce-sabeoque-come/

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/09/19/transgenicos-matam-mais-cedoecausam-ate-tres-vezes-mais-cancer-em-ratos-diz-estudo.htm

http://www.cartacapital.com.br/internacional/graos-trangenicos-voltamaassustaraeuropa/

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/novo-estudo-aponta-intoxica-o/

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/01/05/empresa-de-alimentosemultada-por-omitir-transgenico.jhtm continuar lendo

E, de maneira quase que sutil, a corja que controla nosso lindo país , vai matando lentamente seu povo, fazendo vista grossa e até contribuindo com toda sujeira que rola solta por aqui.
Infelizmente quem deveria cuidar de nós é quem mais nos oferece perigo...
Nossos políticos são nossos maiores predadores.
Brasil, um país que morre aos poucos... continuar lendo

A informação sobre o que são agrotóxicos, deveria começar bem cedo, nas escolas. Além do incentivo aos pequenos agricultores. Que por geralmente terem vários tipos de cultivos,estão menos sujeitos as pragas. O incentivo ao controle natural (biológico),é também muito interessante : iscas e uso de inmigos naturais da praga. Nas monoculturas,poderia ser adotado o cultivo alternado,ou seja, ao menos duas culturas compativeis juntas. Não vale à pena,termos super safras tão envenenadas. Saí muito caro para todos. Meus parabéns a autora, por assunto tão relevante. continuar lendo