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2 de Maio de 2024
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    Email de um Diretor Suplente do Sindjus-DF Transparência no Sindjus - DF?

    Colegas,

    TRANSPARÊNCIA?

    Na semana passada mandei um e-mail mostrando a minha decepção para com a Diretoria do Sindjus-DF pela forma como as coisas vem sendo conduzidas lá dentro. Pois bem, como prometido, fui a assembléia de prestação de contas e tentei mostrar a minha indignação principalmente em relação a transparência do processo, mas infelizmente fui cortado em minha fala por colegas do sindicato, para iniciar imediatamente o regime de votação (que, ao meu ver, já tinha resultado definido, dada a forma que o processo foi conduzido). Votei contra, mas as contas foram aprovadas. Para minha surpresa, fui instado por diretores do sindicato e colegas que compactuam com essa ausência de transparência a renunciar ao meu cargo de diretor suplente por não confiar na diretoria. Tentei responder, mas não tendo sido possível, me abstive na votação da proposta orçamentária de 2013, para poder fazer minha declaração de voto, onde afirmei que a proposta orçamentária de 2013 tem que ser discutida pela base em assembléia ou pelo menos em discutida em um seminário e não imposta pela diretoria, afinal é a categoria que decide em que vai ser gasto o dinheiro do sindicato. Aproveitei a oportunidade para esclarecer os colegas da diretoria que confio neles, mas quero, e é meu compromisso com quem me conhece, dar transparência ao que acontece no Sindicato e que por isso, não vou renunciar e sempre que entender haver algo de errado, farei oposição à Diretoria. Mais uma vez fui cortado em minha fala, com o encerramento da assembléia. Tirem suas próprias conclusões.

    VITÓRIA DE PIRRO – QUERO EXPLICAÇÕES!

    Na terça, o Sindjus-DF encerrou a greve com o discurso de ter sido uma vitória para a categoria. Gostaria que me explicassem que vitória foi essa! O que ganhamos concretamente? Tínhamos um PL que previa 56% de aumento incidindo sobre os vencimentos. “Ganhamos”, após 35 dias de greve, um PL que prevê 33% de aumento incidindo sobre a GAJ. Tínhamos um trunfo, como em 2010: as eleições. O que aconteceu naquele ano? Disseram que tínhamos um acordo com o governo e depois das eleições: nada! E agora, o que temos de concreto? NADA! E o nosso trunfo novamente foi por água abaixo. Espero que eu esteja errado. Quem me garante que esse novo PL não sofra, após as eleições, as mesmas manobras no Congresso que aconteceram com o nosso PL antigo por mais três anos? E, se for aprovado e posteriormente aprovarem o PL 549, em tramitação, que prevê congelamento de salário de servidores públicos por 10 (dez) anos, como ficará o nosso plano? Recebemos aumento em parcelas que se prolongará por três anos para frente, enquanto os magistrados receberão aumentos retroativos a janeiro de 2010, acarretando ainda aumento para deputados, senadores, ministros e para a própria Dilma de mais de 30%. E o sindicato não venha me falar que isso é quase impossível, pois o PL 4371/2012 assinado pela Miriam Belchior e enviado ao Congresso regulamentando o aumento para as carreiras do Poder Executivo prevê, para várias delas, efeitos retroativos a julho de 2010. No caso específico de Delegado e perito da Polícia Federal, pasmem, retroativos a fevereiro de 2009! Porque os juízes não conseguiriam isto? Ou seja, o Judiciário receberá aumento três anos para frente e eles 3 ou 4 anos para trás! Em 2015, o Analista Judiciário, em fim de carreira, ganhará R$ 13.914,82 enquanto as carreiras jurídicas do Executivo estarão ganhando R$ 22.516,94 segundo os PL”s encaminhados.

    Vale ressaltar que o encerramento da greve se deu em assembléia ocorrida em frente ao STF (que não ficou nem uma semana em greve), cuja categoria já havia decidido na sexta-feira sair da greve (a revelia de todo o resto da categoria) e que, após a votação quem estava lá viu uma cena dantesca: quase 100 servidores do STF voltando para o anexo do STF (eles só foram lá para votar contra a greve?). Segundo informações que obtive, eles (servidores do STF) já estão batalhando por uma gratificação específica somente para eles, assim como o pessoal da Justiça eleitoral está batalhando pela aprovação da gratificação eleitoral (GRAEL).

    Por fim, questiono sobre a supressão dos dois primeiros padrões da tabela, que quebrarão com a isonomia dentro da carreira gerando distorções como servidores em início de carreira levar menos tempo para chegar ao fim da tabela que outros (dois anos a menos) , diferença significativa para o salário da aposentadoria (já que é baseado em 80% dos melhores salários de contribuição) e a possibilidade de servidores em início de carreira passar na frente de outros que já estão há mais tempo nos tribunais. Será que ninguém levantou esses questionamentos? Como será resolvido?

    Portanto servidores, peço que reflitam sobre esses pontos e, principalmente, acerca do futuro de nosso sindicato que, no final das contas, nos “representa” perante as autoridades.

    Alexandre Fiallho

    Analista Judiciário do TJDFT

    Diretor Suplente do SINDJUS- DF

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