Escolhida pelo Direito de Família
Compartilhar com vocês um pouco da perspectiva de uma advogada que foi escolhida pelo Direito de Família para sua atuação, sem sombra de dúvidas está intimamente ligado às suas experiências pessoais.
Carregar traumas e heranças de uma ascendência humilde e explorada é trazer consigo uma alavanca interna que clama por espaço e mudança.
Ser mulher, por si só, não é fácil. Quando se é mãe, a dificuldade aumenta mais um pouco. Mas, ser mãe com estado civil separada/divorciada ou solteira é um rótulo intolerante colocado sobre nossas costas, antes mesmo de permitir-nos expor os fatos que levaram até esse momento.
Com o ingresso em uma faculdade de Direito e a surpresa de uma gravidez em meio a ela, em pleno ano 2016, com 19 anos de idade, senti na pele e revivi a alavanca interna dos traumas de meus antepassados voltando à tona.
Uma mãe jovem, que apenas dois anos depois, separou-se do pai de seu filho, por querer mais para si, e adivinha o resultado? Olhares maldosos, palavras pecaminosas e gestos ofensivos, que, juntos, (quase) foram capazes de derrubar a fabulosidade da maternidade e da experiência de gerar uma nova vida dentro de si.
Uma mãe com estado civil solteira hoje, capaz de manter um belo sorriso no rosto e dar às costas a todos os rótulos lhe apontados é um ser humano capaz do que quiser.
E por conta da experiência vivida na pele é que como advogada atuante no direito de família, é possível conectar-me com meus clientes e entender as dores que sentem, lutando e buscando arduamente resolver o problema de maneira justa e correta. Essa história fez sentido para você? Reviveu momentos? Quero muito saber da sua experiência.
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