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30 de Abril de 2024

Governador de SP veta Projeto e milhares de animais podem morrer

Velloso propõe diálogo para resolver a questão

ano passado

O Presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, Reynaldo Velloso, disse nesta quinta-feira (9) em entrevista à Rádio/Web/TV Nova Brasil, de São Paulo, com apresentação do Jornalista Heródoto Barbeiro, que cerca de 475 milhões de animais são mortos por ano nas rodovias e estradas brasileiras. Ele completou dizendo que os dados técnicos são do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas da Universidade de Lavras.

A entrevista teve como foco o Veto ao PL 1242/2019, por parte do Governador de SP, Tarcísio de Freitas. O Projeto de Lei tinha como objetivo determinar que as rodovias construídas no Estado de SP tivessem passagem de fauna, para evitar possíveis mortes por atropelamentos. Agora os parlamentares tentarão derrubar o Veto no Plenário no Plenário.

“O Brasil possui a maior biodiversidade de fauna do planeta. São mais de 700 espécies de mamíferos, mais de 1900 espécies de aves, mais de 700 espécies de répteis, mais de 900 espécies de anfíbios, mais de 4.500 espécies de peixes e mais de 100.000 espécies de invertebrados. Mesmo assim toda esta riqueza está sendo desprezada. Desmatamentos das florestas, poluição das águas, caça predatória, comércio ilegal proporcionado pelo tráfico e atropelamentos”, disse Velloso.

Ao responder a pergunta do Jornalista Heródoto Barbeiro, de quais possíveis soluções para minorizar o problema, Reynaldo Velloso, enumerou: “Ampliação de canteiro central e das áreas laterais, estruturas subterrâneas ou aéreas, como pontes, para a travessia, instalação de placas indicativas com orientação para diminuição de velocidade, instalação de placas com informação da presença de animais na área, imediata retirada de árvores frutíferas próximas às rodovias, pois servem de atração para muitos animais, retiradas de carcaças por igual motivo e campanhas educativas permanentes”, finalizou o advogado.

Vejam que absurdo, continuou Velloso: “Chegam até a abrir estradas de terra cortando os habitats destes animais. A movimentação constante para um lado e para o outro aumenta o números de atropelamentos. Inclusive os animais se sentem seguros no piso de terra e aí os riscos são grandes”.

Perguntado sobre como a questão poderia ser resolvida em SP, Velloso respondeu: “ Com diálogo. Minha sugestão é que os parlamentares agendem uma reunião com o governador e busquem uma solução conjunta. Se o projeto apresentou algum vício legislativo, como a proposta de despesa sem citação da fonte orçamentária, o próprio executivo, com boa vontade, pode resolver a questão, inclusive apresentando um diploma legal próprio. O que não pode é a continuação das mortes”, completou o Presidente da CPDA/OAB.

A ausência de passagens subterrâneas ou aéreas e de placas indicativas nas rodovias brasileiras aumenta a quantidade de animais mortos por atropelamentos.

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