Guapuruvu pode virar patrimônio ambiental
Por Bruno Ferro
Desde o fim de julho, vizinhos e admiradores do guapuruvu lutam para impedir que a árvore seja cortada
Em vez de derrubado, o guapuruvu pode ser tombado. O prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes, publicou comunicado no Diário Oficial desta quarta-feira, 29, anunciando a abertura do processo de tombamento da árvore, que fica na Vila Imperial.
Enquanto isso, ninguém pode mexer na árvore. Desde o fim de julho, vizinhos e admiradores do guapuruvu lutam para impedir que a árvore seja cortada.
De acordo com o comunicado, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico (Comdephact) vai examinar o valor histórico, paisagístico, cultural e ambiental da árvore para efetivar ou não tombamento.
Alvo de polêmica nas últimas semanas, a árvore de 80 anos e 30 metros de altura seria cortada por uma construtora. No lugar, duas torres residenciais seriam construídas, com 14 andares cada. O corte ainda não foi feito porque uma liminar havia sido concedida pela Justiça impedindo o corte. Ela foi dada no início de agosto pelo juiz da 4ª Vara Cível, Paulo Sérgio Romero Vicente Rodrigues. Valeria até que a empresa interessada, a Associação Redentora Residence, apresentasse autorização da Cetesb para o corte.
No Facebook, a página “Amigos do guapuruvu” já recebeu 1.7 mil curtidas. Uma petição online foi iniciada e, até ontem, reunia 695 adesões. Paralelamente, um abaixo-assinado também está sendo feito. O grupo, por meio da Associação de Proteção à Cidadania (APC), também havia solicitado ajuda do prefeito. Queriam que ele declarasse a árvore imune ao corte, de acordo com o artigo 70, inciso 2, do Código Florestal.
A Associação Redentora Residence tem prazo de 15 dias para contestar por escrito o processo de tombamento.
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