Há conexão entre esporte, Direito e sucesso nas profissões jurídicas
No ano de 1961, como 15 anos de idade, muita saúde e disposição, com mais nove amigos, dois em cada baleeira, dei a volta na Ilha de Santos, 42 km, remando. Saímos 5 da manhã e chegamos às 17 horas. Doze horas de esforço em uma experiência rica de desafios e emoções, mar, rios, porto e o canal de entrada dos navios. Recentemente, uma crônica relatou aquela façanha no jornal local. Um remador de caiaque leu e “Associação Turma do Remo”, resolveu homenagear aqueles então jovens esportistas. Neste último sábado, em um lindo dia de verão, eu e mais dois daquele grupo integramos um grupo de cerca de 80 remadores para participar da “IX Volta à Ilha de Santos/São Vicente”. Às 8h da manhã estávamos a postos, recebemos, com emoção, uma placa em nossa homenagem e às 9h nos lançamos ao mar. Eram 30 caiaques dos mais diversos tipos e tamanhos. Prudentemente, aceitamos tomar parte apenas na primeira parte do trajeto, descendo cerca de 12 km depois em uma praia de São Vicente.
Mas, qual a relação deste fato com uma coluna jurídica? Aparentemente, nenhuma. Mas, se o exame for feito com lentes que permitam alcançar o que está implícito, por trás ou ao lado do evento, ver-se-á que há, sim, conexão a ser comentada.
O primeiro aspecto a ser registrado é que a associação dos remadores não apenas exercita um esporte, mas também exerce um direito social ao lazer, assegurado pelo artigo 6º, caput, da Constituição Federal. Ademais, é dever do Estado fomentar práticas desportivas, conforme dispõe o artigo 217 da Carta Magna. Portanto, há um interesse pessoal dos esportistas junto com o do Poder Público que deve incentivá-los. Não se trata de um ato de boa vontade do Estado, mas de obrigação e, caso se omita, pode inclusive ser obrigado a fazê-lo através da via judicial.
Os caiaques variam de tamanho e peso. Há os individuais, há os que se destinam a uma dupla e os que são feitos para diversas pessoas. Em todos, mas principalmente nos maiores, exige-se solidariedade. Ao sinal de um líder os remadores vão alternando suas remadas, 10 para um lado, 10 para o outro. Ninguém avança nem chega a nenhum lugar sozinho. E também se a...
Ver notícia na íntegra em Consultor Jurídico
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.