Impressões de Joaquim Manuel de Macedo sobre o Colégio D. Pedro II (parte 1)
É recorrente entre professores de Direito Público exemplificação de norma constitucional meramente formal com a referência ao Colégio D. Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, mantido pelo constituinte de 1988 na órbita federal (Constituição, artigo 242, parágrafo 2º). Porque essa prosaica regra não trata da organização do Estado e de assunto político, é que a tipologia das regras constitucionais a fixa desse modo, isto é, encontra-se apenas formalmente em um livro de disposições constitucionais.
Pretendo oferecer alguma contribuição para ilustração discursiva do assunto. Refiro-me a interessante passagem de Joaquim Manuel de Macedo (1810-1882), escritor fluminense, que atuou também como médico, jornalista e preceptor dos filhos da Princesa Isabel. Autor canônico da literatura nacional (A Moreninha, Memórias do Sobrinho do meu Tio), Macedo destacou-se também como memorialista, revelando-se como profundo conhecedor da cidade do Rio de Janeiro, cujas ruas descreveu em dois livros inesquecíveis: Memórias da Rua do Ouvidor e Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro.
É nesse último[1] que Macedo historiou o Colégio D. Pedro II. Colheu informações, tradições e reminiscências, que resumiu em narrativa leve e simpática. É com base nesse depoimento, de valor historiográfico incomparável, que retomo as linhas gerais da história dessa escola tradicional.
Fundado em 2 de dezembro de 1837 (data de aniversário de D. Pedro II) as origens do colégio, segundo Macedo, se perdem em meados do século XVIII (1733 ou 1739)...
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