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16 de Junho de 2024

Juntando os cacos da Magistratura"

há 12 anos

Afirmo, categoricamente, que o Poder Judiciário vive um momento delicado!!!

Destaco que ao contrário do que parece, a Amarr não se preocupa apenas com conquistas de cunho pecuniário. Tanto é verdade que a Amarr requereu ao TJ a criação do selo holográfico de autenticidade para os cartórios extra-judiciais e a implementação da taxa de serviços notariais, além de uma reavaliação no que diz respeito as normas do plantão judicial. Ademais, estamos realizando convênio com clinica odontológica e parceria para utilização da APECF (clube dos funcionários da Caixa Econômica) e organizando nossa confraternização anual.

Ocorre, porém, que pela fase a qual vivenciamos, onde já estamos há 06 (seis) anos de inflação acumulada na casa dos 30% (trinta por cento) e nos foi concedido neste período uma recomposição inferior a 10% (dez por cento), denotam uma defasagem de aproximadamente 20% (vinte por cento) nos ganhos da magistratura, a qual o governo federal se nega em repor. E o mais grave, não o faz nem de forma parcelada, o que causa repúdio de toda a classe.

Tal fato, inevitavelmente, nos faz pleitear em âmbito local, melhoras pecuniárias, causando uma falsa impressão que a Amarr só busca benefício de tal natureza.

A Magistratura está desvalorizada e desmotivada, seja pelos constantes ataques da mídia e da opinião pública, seja pela falta de atratividade na carreira.

Hoje, inúmeras carreiras se tornaram mais atrativas que a magistratura, trago a baila o exemplo aqui vivido, onde pessoas deixaram de serem juízes para serem Defensores Públicos (01), Promotores de Justiça (03) e Procuradores do Estado (01). E parafraseando o Min. Aires Britto os juízes hoje estão a mercê de consignados, cartão de crédito e cheque especial, dado o endividamento ocorrido ao longo destes 06 (seis) anos.

No que tange a nossa realidade local, merece ressaltar que o TJRR, vem fazendo sua parte. Pois já avançou significativamente no sentido de conceder o auxilio alimentação aos juízes e suprimir a Entrância do Poder Judiciário. Assim, aproveito este espaço para aqui deixar nosso reconhecimento.

Entretanto, apesar destas vitórias, algumas classes da nossa carreira ficaram de fora, como os juízes da Capital e os Desembargadores, os quais também sofrem por causa desta anual redução de sua capacidade financeira.

Desta forma, não resta outra opção senão de analisarmos outros meios legítimos de reconquistarmos, ao menos de forma reflexa, o nosso poder de compra, assim como estão fazendo outros Estados da Federação. Pois, ilegítimo não é desejar resgatar nossa dignidade com o retorno da nossa capacidade econômica. Ilegítimo é ver o Governo Federal deixar de cumprir o art. 37, X, da CF/88, a ainda afirmar que os servidores do Judiciário ganham bem e por isto podem esperar!!!

Iarly Souza

Vice Presidente da Amarr Tweet

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