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2 de Maio de 2024

Lula e o aborto como “saúde pública”: falácia segue estratégia para aprovar prática no Brasil

Lula usa mesma estratégia de grupos defensores do aborto: tratar assunto como “saúde pública” para disfarçar questões morais e éticas.

Publicado por Gazeta de Campina
há 2 anos

Durante um debate na última terça (5), realizado pela Fundação Perseu Abramo, ligada do Partido dos Trabalhadores (PT), e a Fundação Friedrich Ebert, uma entidade alemã, o ex-presidente Lula disse que o aborto seria "uma questão de saúde pública" a que "todo mundo teria direito". Assustado com a repercussão da fala, que compromete a estratégia petista de se aproximar de eleitores cristãos, dois dias depois, em uma entrevista a uma rádio de Fortaleza, Lula retomou o assunto. E insistiu em uma ideia perigosa e falsa, como alertam as fontes consultadas pela Gazeta do Povo.

Tentando explicar sua posição, Lula disse ser contra o aborto, mas insistiu em defender que a questão seja transformada em um tema "de saúde pública". Ao longo de sua trajetória política, Lula já deu dezenas de declarações semelhantes, o que deixa claro seu posicionamento. Mas essa posição dualista: para o pré-candidato à presidência da República, é possível ser pessoalmente contra alguma prática e ao mesmo tempo defender que a adoção dela não se sustenta quando se trata da supressão de vidas humanas, como é o caso do aborto.

"Seria algo como dizer que é pessoalmente contra a escravidão, e ao mesmo tempo admitir que outras pessoas, se quiserem, podem ter escravos", compara Lenise Garcia, professora aposentada do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (​UnB) e presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida Brasil Sem Aborto. Para ela, questões que envolvem direitos humanos - como no caso do aborto, quando há duas vidas distintas envolvidas, a da mãe e também a do bebê em formação - não podem ser tratadas como se fossem temas neutros.

Posicionamento semelhante tem o professor de filosofia Francisco Razzo, autor dos livros Contra o Aborto e A Imaginação Totalitária, e também colunista da Gazeta do Povo. "Quando eu digo que o aborto é um problema de saúde pública, eu estou usando uma forma de linguagem que omite o aspecto moral da questão, como os direitos do embrião e os limites da liberdade humana", afirma o filósofo.

Ele explica que restringir o debate do aborto a uma questão de saúde pública dá a impressão que é possível posicionar-se publicamente contra a prática - como faz Lula - e ao mesmo tempo trabalhar para que seja legalizada. Para que isso funcione, um dos pontos fundamentais é esconder, deixando de abordar e de mostrar imagens, o real significado do aborto. "O aborto é a tomada de decisão de uma mulher de interromper uma gestação e que implica necessariamente na morte deliberada do embrião. É uma morte causada ativamente, não é apenas um 'deixar morrer', mas é efetivamente matar", ressalta Razzo. Por isso, uma vez que envolve uma decisão, e essa envolve a morte do embrião, o debate sobre o aborto passa, necessariamente, pela discussão moral e ética.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/lula-aborto-saúde-pública-estrategia/

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2 Comentários

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Acho que é mais complicado que isto. No Brasil diariamente morrem ou precisam de atendimento médico um número alarmante de mulheres pobres que tentam abortar por diversas razões. Muitas vítimas de estupro ou porque o filho não é desejado e não conseguem pagar por métodos anticoncepcionais . Quando o Lula fala em saúde pública ele não está totalmente errado. Eu acho que este tema é complexo e eu gostaria de ver mais mulheres envolvidas na discussão. ELAS são as vítimas.
As mulheres ricas tem acesso a aborto pois podem pagar por ele. continuar lendo

Tudo o que vem dos esquerdistas de alto escalão é falácia. continuar lendo