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24 de Maio de 2024

Marketing Social e sua Responsabilidade

A necessidade do planejamento para evitar transtornos

há 4 anos

Desde o início do isolamento social, quando aos poucos o mundo via a necessidade de se reformular por causa de um desconhecido vírus, algumas marcas de vários setores começaram a se posicionar diferente, anunciando campanhas solidárias.

Esse movimento foi encabeçado, especialmente, por empresas que não se enquadram como serviço essencial. O setor da moda é um grande expoente deste grupo, afinal, como pensar em comprar roupas e itens de luxo quando sequer poder sair de casa as pessoas poderão por enquanto?

As campanhas solidárias são bem vindas e bem vistas, pode ser visto como marketing social positivo. Em outras palavras, tem o intuito de auxiliar aquelas pessoas e empresas que estão saindo no prejuízo neste momento de crise, cuidando para que o pós-pandemia possa contar com empresas minimamente saudáveis e consumidores com poder de compra.

É vantajoso em muitos aspectos, contudo, algo negativo também surgiu desse movimento solidário. Marcas que só se aproveitam do momento e lançam campanhas pensando só no marketing, não no lado social, assim poderão angariar e fidelizar clientes.

Também existe um “meio termo”, que, infelizmente, também é negativo. Marcas que têm sim uma boa intenção, estão pensando no lado social tanto quanto aquelas primeiras, mas não souberam se planejar devidamente, causando alguns transtornos que impedem o sucesso da campanha e podem manchar a imagem delas.

A responsabilidade destas marcas em meio a uma crise como a enfrentada na atualidade é enorme, tanto em termos práticos, podendo projetar um futuro mesmo em momentos difíceis, quanto no aspecto jurídico, sabendo lidar com todos os pormenores que uma campanha solidária pode enfrentar.

Uma marca que deseja realmente fazer uma campanha solidária deve se conhecer, saber qual o seu estoque, se é possível fabricar mais itens caso seja necessário, respeitando os direitos trabalhistas, se não está infringindo nenhuma norma, se está atingindo o público certo. Enfim, saber planejar a cerca de todos os possíveis problemas.

Já há exemplos de marcas que ficaram neste “meio termo”. Trata-se da marca estadunidense de moda feminina “Drapper James”, que anunciou uma campanha para as professoras dos EUA, dizendo que iria doar o estoque dela para estas profissionais.

A marca aparentemente tinha boa intenção, contudo, a falta de planejamento fez com a doação fosse vista como um sorteio, por causa do número de itens no estoque (bem inferior ao número de beneficiadas), e até como loteria, para alguns juristas daquele país.

O caso ainda está em análise, mas já serve como exemplo e lição, lembrando que o planejamento é a chave para uma campanha bem sucedida.

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Confira o vídeo sobre assunto no meu canal no YouTube: https://youtu.be/BcqAky7YZJQ

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Notícia sobre a "Drapper James" no The Fashion Law: https://www.thefashionlaw.com/draper-james-angered-thousands-of-teachers-with-its-dress-giveaway-but-did-it-also-run-afoul-of-the-law/

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O conteúdo apresentado é informativo, não substitui a consulta a uma advogada especializada.

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