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30 de Abril de 2024

Michel Temer, do sonho ao pesadelo

Desastrado rompimento do PMDB com o governo e planos neoliberais pós-impeachment deixam vice-presidente em apuros.

há 8 anos

Michel Temer do sonho ao pesadelo


Era para ser uma semana triunfante para o vice-presidente Michel Temer. Por obra dele, o PMDB, partido que comanda, romperia com Dilma Rousseff, inspiraria outras siglas governistas a segui-lo e aí o impeachment seria questão de tempo.

E para tentar cativar desde já o empresariado, um porta-voz do vice encarregava-se de vender à praça os planos econômicos neoliberais de Temer. Mas as coisas não saíram exatamente como imaginado. Ao contrário. Temer parece em apuros.

O PMDB de fato abandonou a canoa governista, na terça-feira 29, sem conseguir, contudo, arrastar qualquer partido junto. Pior. Ao abrir mão de cargos federais, deu uma espécie de cheque especial para o Palácio do Planalto recompor sua base aliada com a distribuição de espaços antes ocupados por peemedebistas.

Uma dia após o rompimento, o gabinete do ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, viu uma romaria de parlamentares interessados em ocupar, diretamente ou via apadrinhados, as vagas disponíveis. Seriam contemplados na medida do possível e desde que se comprometessem a votar contra o impeachment e a apoiar o governo até 2018.

Um dos que participaram da romaria foi o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Ele foi ao Planalto junto com o ministro da Saúde, o deputado peemedebista Marcelo Castro, a fim de negociar a permanência do mesmo.

Dos sete ministros indicados pelo PMDB, só um se demitiu. Os demais fizeram de tudo para ficar, dirigiram inclusive apelos pessoalmente a Dilma Rousseff. Uma desmoralização para a autoridade de Temer como dirigente partidário.

Rival pelo controle do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros, definiu assim a debandada peemedebista articulada por Temer: “Foi um movimento pouco calculado, (pouco) inteligente”.

O único ministro do PMDB a demitir-se foi Henrique Alves, até então no Turismo. Alves é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) aberto há pouco graças a descobertas da Operação Lava Jato. No mesmo inquérito, está o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Cunha é outra razão para Temer estar em maus bocados após o PMDB afastar-se do Planalto. Dono de uma imagem pública desgastada devido a seu currículo, réu no STF por corrupção, Cunha virou um dos símbolos do rompimento. Pior para Temer.

“Como anão moral, traidor e parceiro íntimo de tudo que não presta, à frente deste capítulo do golpe de estado em marcha no Brasil, Michel Temer e seu sócio Eduardo Cunha”, escreveu no Facebook o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, logo após a decisão do PMDB.

Afastar o PMDB do PT era um desejo antigo de Cunha, a sonhar com a derrubada de Dilma para, talvez, a Lava Jato ser amordaçada pelo governo seguinte e ele salvar a pelé. Uma versão incômoda para Temer, presumível incumbido do serviço sujo de abafar as investigações.

Para tentar desfazer a impressão de compromisso com alguma missão amordaçadora, Temer disse na quinta-feira 31, durante reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ser favorável às investigações.

Ao liderar o rompimento do PMDB com o governo, Temer também atraiu para si a ira petista e do Planalto. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), disse em entrevista a um jornal de seu estado, o Ceará, que Temer está “no comando dessa operação do golpe”.

O líder no Senado, Humerto Costa (PT-PE), disse da tribuna da Casa que os petistas irão infernizar a vida de Temer, caso este assuma o lugar de Dilma. “Vossa Excelência será o próximo a cair, porque nós do PT, dos movimentos sociais e todos aqueles que defendemos a democracia, e já estamos mobilizados nas ruas, vamos seguir ocupando o Brasil inteiro, de norte a sul, para denunciar a ruptura da ordem democrática e dizer que não aceitamos qualquer tipo de golpe.”

A própria Dilma Rousseff alfinetou Temer ao lançar, na quarta-feira 30, a terceira fase do programa oficial de construção de moradias populares, o Minha Casa Minha Vida. Segundo ela, querem “tirar o governo para golpear direitos garantidos da população”.

Uma cutucada facilitada pelo vice-presidente. Às vésperas de o PMDB separar-se do PT, o comandante do órgão peemedebista de estudos, Moreira Franco, deu uma entrevista a O Estado de S. Paulo sobre a agenda econômica do partido. Aliado de Temer, Franco transmitiu o que seria um governo pós-impeachment.

Entre as propostas, estão a redução dos financiamentos do Minha Casa Minha Vida, privatizações, enxugamento do Bolsa Família, do Pronatec, o programa de bolsas de estudo para cursos técnicos, e do Fies, de crédito a estudantes universitários. Ideias a se juntar ao plano “Ponte para o Futuro”, lançado pelo PMDB no fim do ano passado.

“É um programa de restauração do neoliberalismo. Nunca um Presidente da República seria eleito com um programa como o Ponte para o Futuro”, disse da tribuna o senador Lindberg Farias (PT-RJ). Críticas existentes também no PMDB. Caso do senador Roberto Requião (PR), para quem os planos de Temer foram feitos na medida para o interesses do sistema financeiro.

A negativa repercussão do plano levou Moreira Franco, um ex-ministro de Dilma, a dar outra entrevista, desta vez à Folha de S. Paulo, a fim de tentar convencer o País de que o PMDB não pretende cortar gastos sociais.

Diante dos últimos acontecimentos e pelo que se ouve no PT e no Planalto, Michel Temer que se prepare. Se a última semana esteve longe de ser inesquecível, as próximas não devem ser diferentes.

Fonte: Carta Capital

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23 Comentários

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Michel Temer é um dos grandes oportunistas do nosso país.
Gosta de estar do lado onde lhe é mais vantajoso. Seja partido A ou B. continuar lendo

E verdade Luíza, esse oportunismo está, aliás, no DNA do PMDB. Mas isso não significa que o impeachment da Presidente Dilma Rousseff esteja descartado. Há na Câmara outros pedidos nessa direção,, inclusive o da OAB. É possível que todo esse imbróglio político estenda por mais alguns meses a agonia do país, mas a presença do PT no governo está com os dias contados. Algo irá acontecer, pois com a crise econômica se aprofundando e revelação sucessivos escândalos nos quais se envolveu o partido, a nação não aguentará ser governada por ele até 2018. Tomara que não seja através de um golpe real, isto é, aquele que quebra efetivamente as regras constitucionais para instaurar um regime de exceção. Já vimos esse filme em 1964. continuar lendo

Ricardo, não acredito em golpe, porque não existe a bipolaridade da Guerra Fria que havia em 1964.

Quando muito as FFAA entrariam em cena se houvesse guerra civil, mas acredito que a influência do PT está tão fraca, que vamos ter apenas manifestantes isolados pró-PT.

Se algum político de "esquerda" aparecer, pode ser que pacifique os mais exaltados e se lance como sucessor do PT.
A Marina pode cumprir esse papel, se ela souber aproveitar. continuar lendo

Pedro, não acredito na Marina Silva. Ela não se posiciona. Isso não é atitude de um chefe político, é lavar as mãos diante da crise. A falta de definição numa hora dessas revela falta de coragem ou oportunismo. Todos nós temos que nos posicionar, seja contra seja a favor do governo, não importa. O povo precisa saber de que lado ela está. Com os votos que ela teve um posicionamento não ambíguo lhe daria alguma chance de disputar a presidência, mas se continuar em cima do muro, o trem vai passar e ela vai ficar na estação. continuar lendo

Até hoje eu não entendi a importância política do Temer para o Brasil, sempre o vi como um grande oportunista. em razão disso fui pesquisar algo que construiu em favor do povo brasileiro. Vamos a algumas informações: Rede Brasil Liberal"" Blog da Helena": Depois de liberar R$ 10,8 bilhões em 'pedaladas', Temer escreve para Dilma
Oposição vai pedir ao Tribunal da Contas da União uma investigação sobre os atos assinados pelo vice que, estranhamente, esta semana queixou-se de ser apenas 'decorativo'.
Em termos bem populares: ficou feio a carta do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), em que ele resmunga ter se sentido" vice decorativo "no primeiro mandato ao lado da presidenta Dilma Rousseff. A primeira pergunta que se faz é óbvia: se estava insatisfeito então por que se candidatou à reeleição como vice por mais quatro anos?

"Se ele era um vice decorativo, por que desejou manter a aliança em 2014? Temer fez de tudo para manter aliança com Dilma em 2014", questionou o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.
Em tempo: Picciani não é mais o líder peemedebista entre os deputados federais

Quem está insatisfeito mas se candidata à reeleição, aparentemente está premeditando dar o golpe, convenhamos. Senadores mostraram descontentamento com as reclamações feitas por Temer porque, avaliam, elas demonstram propósitos pessoais, em vez de em prol do partido. Senadores que conversaram sobre a carta com Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmam que o presidente do Senado a classificou como" infantil e despropositada ".
Mas o que chama mesmo atenção em mais uma lambança da política nacional, é uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a publicação, entre novembro de 2014 e julho de 2015, Michel Temer assinou, no exercício da Presidência, sete decretos que abriram crédito suplementar de R$ 10,807 bilhões, mesmo num cenário de crise econômica e queda na arrecadação.

A prática é a mesma que a presidenta adotou e que faz a oposição a acusar de"pedaladas fiscais". Mais que isso, são o principal pretexto para o pedido de impeachment aberto contra a Dilma na Câmara.

Os decretos assinados por Temer somente em 2015 apresentaram um volume três vezes superior aos de Dilma. Foram quatro decretos editados por ele neste ano: um em 26 de maio, liberando R$ 7,28 bilhões; e três em 7 de julho, que abriram crédito suplementar, de pouco mais de R$ 3 bilhões, ao todo...."
É muito cinismo para a minha compreensão, é o mesmo que ler Aécio se proclamando honesto com tantas denúncias contra ele.
PRECISAMOS TER UMA REFORMA POLÍTICA SÉRIA, MAS SE DEPENDER DESSES POLÍTICOS QUE ESTÃO NO SENADO E NA CÂMARA, NADA DO QUE O POVO ALMEJA ACONTECERÁ. Aí sim, nesse quesito que OAB deveria se posicionar, inclusive a inclusão de juristas na formulação dessa reforma e outras mais, como o código penal por exemplo. continuar lendo

Acho que estou vivendo em outro pais, ou as noticias não estão chegando de forma correta aqui, após ler esta matéria totalmente partidarista. Não sou "pmdbista" e tão pouco Petista, mas o nobre Professor e Dr. ao escrever tal matéria deixa claro que não esta vendo o que ocorre no Brasil, daqui a pouco o Sr. dirá que LULA E DILMA, são os salvadores do Brasil. e cuidaram dos POBRES.
Sucesso.. continuar lendo

Prezado Dr. Décio, boa noite!

Respeito muito a opinião do colega, mas o texto exprime o que realmente vejo na pessoa do Michel Temer.
Vejo ali um homem extremamente oportunista, como disse a colega acima.
Oportunista no sentido pejorativo da palavra.
Não acredito que Lula e Dilma são a salvação do país, Dr.
Nós somos a salvação dessa grandiosa nação.

Grato pelo comentário. continuar lendo

Na verdade o PMDB está entre a fogueira e a caldeira.
Vai ser odiado pelo eleitorado do PT e já é desprezado pelo eleitor do PSDB.

O lugar desse partido não é na liderança, e sim no parasitismo silencioso.
Vai ser uma presidência difícil para Temer, e provavelmente vai precisar abandonar o colega Eduardo Cunha.

O PT conhece os podres de todos, e vai jogar no ventilador....Cunha virou problema para o PMDB. continuar lendo

Dr. Décio, saudações! Diante da crítica dirigida ao texto, o nobre colega poderia nos dizer o que está ocorrendo em nosso país? continuar lendo

Dentre as recorrentes análises equivocadas do Senador Farias, esta parece razoavelmente correta:
“É um programa de restauração do neoliberalismo. Nunca um Presidente da República seria eleito com um programa como o Ponte para o Futuro”.
...
Se não é uma certeza com 100% de probabilidade, de fato há nela um fundo de verdade. O que me leva a perguntar: estamos fadados a eleger populistas e permanecer na lama do atraso econômico (que leva ao atraso social)? Estamos fadados a viver de ciclos keynesianos de expansionismo e crises que lhes são subsequentemente próprias? Estamos fadados a décadas perdidas, como as da era Sarney e agora da era Dilma?
É impossível que alcancemos ciclos de desenvolvimento vigoroso e sustentável como os vividos na Grã Bretanha sob Thatcher ou nos Estados Unidos sob Reagan? É impossível que tenhamos política econômica austera como a da Alemanha (criticada por Dilma antes do naufrágio de seu governo)? É impossível que o Brasil aprenda com países como Coreia do Sul, Polônia, Chile?
Outro dia li sobre uma ocupação de colégio estadual na Ilha do Governador (RJ) em que alguns alunos "resolveram" reivindicar o ensino de sociologia, filosofia e geopolítica, curiosamente na mesma época em que professores entraram em greve, e curiosamente sem perguntar aos demais alunos se este era também um desejo deles.
Se é sempre desejável que alunos possam discutir o currículo, é certo que, antes de estudar determinada disciplina, não têm condições de emitir acurado juízo de valor sobre elas, sendo influenciados por professores usualmente mais militantes, o que torna a reivindicação muito mais voluntariosa do que propriamente racional.
Entretanto, aproveitando a oportunidade, gostaria de consignar: se querem reivindicar o ensino de alguma disciplina, peçam para aprender economia, é de longe a maior deficiência na formação do brasileiro médio, e aquela que o leva a acreditar nas maiores sandices prometidas por políticos populistas. continuar lendo

O que você chama de sandice, Michel? Consolidação das leis trabalhistas, por exemplo? Investimento em educação, com a expansão do ensino superior público gratuito? O programa mais médicos?
A verdade é que agora pode ser vantajoso para o PT que ocorra o impeachment. Iria jogar os oportunistas numa situação bem complicada, especialmente caso se concretizem os planos do programa ponte para o futuro, que incluem, entre outras ameaças, a desvinculação do orçamento de prioridades como saúde e educação e o fim dos reajustes do salário mínimo. Mais além disso, incluiria também uma espécie de parlamentarismo imposto.
Para não dizer as consequências da morte anunciada da lava jato que, como muitos vêm anunciando, irá se transformar em operação abafa tudo assim que conseguirem o impeachment. A verdade é que o povo não irá se calar depois disso e os partidos da situação se tornarão partidos de oposição. Não haverá governabilidade e o país irá estancar novamente, com a diferença agora em que teremos estatais nas mãos de poucos privilegiados, como fizeram com a Vale, vendida por uma quantia que representava menos de 10% do seu valor de mercado e cuja operação foi financiada pelo BNDES com juros de caderneta de poupança.
Mas você insiste em dizer em crescimento, em milagre econômico. Eu pergunto o que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez em seu mandato. Eu pergunto como as privatizações melhoraram a qualidade de vida e a distribuição de renda do brasileiro. Houve crescimento sustentável? continuar lendo

Maurício, sandice é causar a maior queda seguida do PIB da História.
Eventualmente, para quem desconhece economia, isto pode parecer bobagem. Não é. O processo que mais retirou pessoas da pobreza não foi nenhuma iniciativa redistributiva, não foi nenhuma bolsa, foram os crescimentos econômicos da China e da Índia.
Ficar 8 anos com crescimento praticamente nenhum, comparando-se com uma modesta média de 2,5%, alcançada facilmente pela grande maioria dos países em desenvolvimento, significa o país estar cerca de 20% mais pobre do que deveria (na verdade um pouco mais, pela incidência sobre a base que comporta o crescimento anterior).
Acerca da ideia de que engessar o orçamento seria bom, que salário mínimo acima daprodutividade marginal do trabalhador seria bom eu indico o livro Introdução à Economia, do Mankiw. É bem didático e de leitura razoavelmente fácil. Há diversos outros livros na área, e alguns, menos acadêmicos, também são bons, como o último do Fábio Giambiasi.
A propósito:
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/04/01/internacional/1396360001_662790.html
Veja que, justamente por engessar relações trabalhistas, quase metade dos trabalhadores do país estão no mercado informal, quando esta taxa em países do Leste Europeu (mais pobre) é de cerca de 12%.
Quanto às privatizações, ao menos para mim são evidentes as consequências positivas delas para a população. A que tem maior impacto na vida das pessoas foi a do setor de comunicações. Não sei se você viveu a época anterior a ela, mas telefone no Brasil era artigo de luxo, com preço próximo de carros. Alugavam-se linhas telefônicas porque não se conseguia adquirir uma. A privatização do setor abriu a possibilidade para que pessoas mais pobres pudessem ter telefone.
Em relação à Vale, esta passou a ser a segunda maior mineradora do mundo. Muito se fala acerca de sua venda abaixo do que valeria. Apenas com os balanços auditados dela seria possível ter uma ideia um pouco mais acurada, lembrando, contudo, que se não fosse a Lava Jato, a Petrobras manteria seus ativos sobrevalorizados em mais de R$ 40 bilhões.
A Embraer igualmente se tornou líder do setor.
As empresas produzem mais e recolhem impostos de suas atividades. A soma destas duas ações, em regra, excede os dividendos que o governo recebe enquanto controlador.
Sinceramente, por conhecer o funcionamento do setor público, do meu ponto de vista é evidente que, como regra geral, se ganha em produtividade por meio do processo de privatização, devendo-se apenas considerar alguns casos excepcionais como os dos monopólios naturais, em que a falta de competitividade pode manter a produtividade tão baixa quanto nas mãos do poder público. continuar lendo