Multa 'contra as leis da física' revolta motorista em Guarujá, SP
Motorista recebeu notificações após trafegar acima do limite de velocidade. CET em Santos, SP, diz que fará uma reunião com empresa responsável
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Um motorista de Guarujá, no litoral de São Paulo, recebeu duas multas de trânsito por circular acima da velocidade no mesmo local e no mesmo momento, em Santos, também no litoral. Como se não bastasse o fato, nas cartas enviadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as velocidades estão diferentes. Indignado com a situação, José Osvaldo Teixeira Júnior enviou sua reclamação pela plataforma VC no G1.
A infração aconteceu no último dia 20, na Avenida Afonso Pena. No local, é permitido que os motoristas trafeguem em até 50 km/h. Nas notificações recebidas, José Osvaldo estava a 63 e a 73 km/h, respectivamente.
Segundo o morador, o problema pode estar afetando mais pessoas. Ele pede mais atenção da CET com os radares da cidade. “Como me mandam duas notificações com velocidades diferentes? Isso seria uma infração as leis da física. Acredito que muitas pessoas estejam sendo multadas injustamente, pois os radares de Santos estão descalibrados”, diz.
Nota da redação: Em respeito ao motorista, a CET informa que já entrou em contato com a Splice Indústria Comércio e Serviços LTDA., responsável pelo serviço de radares na cidade, e vai realizar uma reunião junto às equipes técnicas da empresa ainda esta semana, para averiguar o caso citado. Com o resultado do encontro, a Companhia informará o motivo da duplicidade. Além da instalação, a Splice realiza também a aferição dos radares, monitorados pelo Inmetro.
49 Comentários
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Prezados.
Este motorista não tem consciência de cidadania. Deveria pagar as 2 multas sem reclamar, posto que ele está questionando o que de mais sagrado existe na interpretação e aplicação do Código Nacional de Trânsito, a arrecadação de multas. continuar lendo
Já que ele deveria pagar as duas multas, como o senhor acabou de dizer, poderia também provar que ele estava trafegando com as duas velocidades, no mesmo momento? Como diz o caso, infringe as leis da física, isso é impossível, meu caro! O certo seria averiguar qual das duas multas ele deve pagar e ponto final. continuar lendo
Marcos, o Luiz está usando um dos melhores recursos linguísticos dos comentários da internet: ironia. Experimente tb, vc vai adorar. continuar lendo
Sem ironias aqui, por favor.
Se a população andasse corretamente e seguisse o CTB como se deve, não existiria uma multa sequer a ser paga.
Como diz um ditado da internet, "indústria da multa existe pois existe muita gente que continua produzindo multas".
O que temos aqui é um caso de problema de mensuração. Que a multa seja anulada por respeito a pessoa perante a falha de um equipamento.
Porém, isso não desqualifica a aplicação de multas de trânsito, estas criadas para TENTAR botar na cabeça de qualquer pessoa que LEI É PARA SER SEGUIDA, NÃO BURLADA. continuar lendo
Penso que o único erro do sistema foi ter gerado dois registros, porém, provavelmente o cidadão estava acima da velocidade permitida naquela via e percebeu o radar quando já estava bem próximo deste, tentando frenar abruptamente. Portanto, o erro do sistema foi ter gerado em duplicidade - para a "sorte" do cidadão, né? Que pode alegar "velocidades diferentes no mesmo momento" às 9:52 (a lei da física nos ensina que um minuto corresponde a inúmeros momentos). continuar lendo
Claro que é possível. Ele não assistiu os documentários "De volta para o futuro"? O renomado cientista Dr. Emmett Brown prova e comprova que manda um carro para o futuro, para o passado, para onde bem entender. Provavelmente esse motorista possui um DeLorean DMC-12 equipado com Capacitor de Fluxo e que, com 1,21 gigawatt de eletricidade consegue ficar em dois lugares ao mesmo tempo. Ante tal condição, é fatal que tenha ultrapassado o limite local de velocidade, sujeitando-se às duas multas, simultâneamente. Basta pagar. Ou fugir para outro tempo... continuar lendo
Nããããooo. O carro do Osvaldo é mais moderno. Não deixa rastro de fogo ao ultrapassar a barreira do tempo. continuar lendo
Enquanto neste país as multas servirem para arrecadação e nâo para educação e prevenção de acidentes...sim isto é passível de ser normal. continuar lendo
Pois é Aldo, o CTB estipula que o objetivo é educação para o trânsito, mas no nosso maquineísmo político, isto é direcionado para o orçamento geral, e acaba por servir para as mais diversas aplicações, que não o trânsito e suas necessidades. continuar lendo
Não...
Se multas servissem para arrecadação, pela lei, não seria seu valor conduzido para fora do orçamento comum (que vem do dinheiro dos impostos e taxas).
Isso é desculpa. Multa não serve para arrecadar. Se a pessoa tomou multa e não aprendeu pelo bolso, não reclame. A lei está aí e tenta estabelecer um limite. continuar lendo
Sr. Marcelo Saar, orçamento geral?, Esse dinheiro deve ir é para campanha, compra de votos, pagamento de favores, cargos fantasmas, infelizmente, é para isso que as verbas públicas servem. :( continuar lendo
Todo mundo defendendo o cara que infrigiu o CTB. Isto é Brasil.
Multa e cadeia é para desestimular o infrator e. continuar lendo
Sim, concordo que quem infringe as leis de trânsito deve sim receber multa e até cadeia. Mas, no caso em questão, fica difícil a gente saber se o cara foi culpado ou não,visto tamanho erro no radar. Se o radar errou a velocidade excedida (como no caso errou sim, pois, ao menos uma está errada), como podemos afirmar que ele estava mesmo acima da velocidade permitida? O sensato faz uso da presunção de inocência nesse caso, princípio sagrado do direito brasileiro, para não cometer injustiças. continuar lendo
Concordo que existem falhas e até corrupção, como em qualquer sistema, que devem ser corrigidas. Mas vivem dizendo "indústria da multa" como se quase todo condutores respeitassem o CTB, sendo que presencio o contrário nas ruas, nem 10% das infrações são multadas. Se todo mundo respeitasse as leis, como fazem parecer, não precisaria nem existir fiscalização. continuar lendo
Vinicius Moura, eu entendo seu ponto de vista, todavia, a revolta do motorista não é em face da imprudência, ou seja, do fato de ele ter sido multado pela velocidade. A verdadeira revolta do motorista, é a falta de calibragem do radar, tendo em vista que o cidadão foi multado duas vezes no mesmo lugar e no mesmo instante, e ainda, com velocidades diferentes. Por um lado, isso é uma injustiça, por outro, uma imprudência. continuar lendo
Harrison, que se então implique com o erro do radar. E não a use como desculpa para afirmar em uma generalização que "todo radar é descalibrado", "isso é uma indústria das multas".
Vinícius falou uma verdade plena: é uma pequena porcentagem das infrações/crimes de trânsito que são flagradas e apreendidas. E um sistema de radar serve para pelo menos tentar pegar o mais comum: o excesso de velocidade.
Se a lei está errada, que MUDE A LEI, e não que reclame que é uma indústria das multas. Simples.
O CTB é uma lei pesada, feita em uma época que os acidentes eram piores, mais abrangentes e muito mais fatais do que hoje, perante as tecnologias de veículos e situação das rodovias.
As rodovias (em uma boa parte) melhoraram, os veículos ganharam segurança... e os condutores?
Continuam pedindo "quebra" ao instrutor de trânsito, e quando vão para as ruas, (usando uma generalização burra), vão empinar moto, fazer cavalo de pau, correr acima dos limites de velocidade...
O que está errado, é a população que não segue a lei, ou a lei que não segue a população? continuar lendo
Sempre paro em sinal vermelho, mesmo quando são 2 da manhã e quando há uma placa dizendo: "fiscalização de avanço de sinal desligada entre 22h e 6h". Por quê? Já soube de muitos, repito, muitos casos de multas aplicadas em horários que a fiscalização deveria estar desligada, segundo o aviso, e o motorista multado teve de perder tempo e energia recorrendo. Já vi mais de um caso em que o recurso foi indeferido, mesmo com fotografias provando que o radar deveria estar desligado etc, o que é absurdo.
A tecnologia é falha e justiça muitas vezes derrapa nesses casos. Daí a revolta. Mais do que justa. continuar lendo