OAB do Rio não sabe se pede impeachment de Pezão ou intervenção federal no estado
A OAB do Rio de Janeiro adiou para esta semana a discussão sobre pedir ou não o impeachment de Luiz Fernando Pezão. Desde o último encontro, na terça-feira (18), surgiu uma alternativa ao impeachment: intervenção federal. Um dos conselheiros que defendem a ideia afirma que o processo de cassação de Pezão prejudicaria ainda mais o estado, que já está parado. “Impeachment é processo traumático politicamente, só se falaria disso e da disputa que isso acarretaria na Alerj, a intervenção é rápida”, diz. Para a ala que defende a intervenção, os sucessores não estão em melhores condições que Pezão. Citam a idade avançada do vice-governador, Francisco Dornelles (82 anos), e a situação delicada de Jorge Picciani – que passa por tratamento de câncer e está implicado na Lava Jato.
Atualização: após a publicação da notícia, o presidente do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão, encaminhou a seguinte mensagem: "Ligado umbilicalmente a [ex-governador] Sérgio Cabral e Pezão desde que assumiu o comando da OAB-RJ, essa é uma tentativa desesperada de Felipe Santa Cruz de se livrar da dupla. Cabral está preso e Pezão virou cachorro morto com as delações da Odebrecht. Felipe quer se livrar de qualquer maneira da ligação com o PMDB."
Santa Cruz nega que queira "se livrar" de Cabral e Pezão. Via assessoria de imprensa, afirmou que não é filiado a partido político - ele já foi do PT e do PMDB - e que "as decisões sobre o tema vêm sendo conduzidas de forma serena e democrática pelos 160 representantes da classe no Conselho Seccional". Sobre a crítica de Quintão, acrescentou: "Não é aceitável e crível a utilização de tão grave momento como oportunidade visando futuros embates eleitorais da entidade."
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