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2 de Maio de 2024

Onze estados têm protestos contra mudanças em regras trabalhistas

Publicado por Jose Antonio Abdala
há 8 anos

Ao menos 11 estados registram protestos nesta terça-feira (16) contra mudanças nas regras trabalhistas e previdenciárias discutidas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer.

As manifestações ocorrem nas capitais de Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Parte delas faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Lutas convocado por centrais sindicais e é realizada em frente à sede das federações da indústria dos estados.

O governo do presidente em exercício trabalha para enviar ao Congresso até o fim do ano propostas para alterar o atual sistema previdenciário e a legislação trabalhista e para regulamentar o processo de terceirização no país.

Veja a situação em cada estado.

Alagoas

Durante a manhã, um grupo de manifestantes saiu em caminhada do Centro Educacional Antônio Gomes de Barros (CEAGB) até a Casa da Indústria pela Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da cidade. O protesto foi encerrado por volta do meio-dia.

O ato foi promovido por estudantes e diversas centrais sindicais. Além de crítica às mudanças nas regras trabalhistas, os manifestantes pediram a saída do presidente em exercício Michel Temer. Segundo os representantes do movimento, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não deu estimativa.

Manifestantes ocupam a Avenida Fernandes Lima, em Maceió (Foto: Marcio Chagas/G1)

Amapá

Movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos de trabalhadores se reuniram pela manhã no Centro de Macapá em um ato contrário a propostas do governo federal como privatização de ativos públicos, terceirização de serviços e reforma trabalhista. Um grupo de professores também cobrou mais segurança nas escolas do estado. O ato terminou por volta das 12h e, segundo a organização, reuniu cerca de 30 pessoas. A polícia não acompanhou.

Goiás

Cerca de 200 pessoas – segundo a organização – participaram de um ato em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo de Goiás, em Goiânia, pela manhã. O objetivo, segundo os organizadores, foi alertar a população para alterações que estão sendo propostas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer. Após a concentração, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Goiás até o cruzamento das Avenidas Tocantins e Anhanguera, e se dispersou por volta das 12h.

Pará

Os manifestantes se reuniram na Escadinha da Estação das Docas, em Belém, e por por volta das 10h20 sairam em caminhada pela avenida Presidente Vargas, para fazer paradas estratégicas em frente aos bancos que ficam localizados no percurso – o ato também serviu para lançar uma campanha dos bancários. De acordo com a organização, 100 pessoas participariam da caminhada. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Paraná

A manifestação ligada ao Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego e dos Direitos Trabalhistas teve início na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba e reuniu por volta de 200 pessoas, segundo a PM. Às 11h40, os organizadores falavam em 1,5 mil manifestantes. Eles fizeram uma passeata até a sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), na avenida Cândido de Abreu.

Rio Grande do Norte

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 800 pessoas participaram da manifestaçãorealizada na Zona Sul de Natal na manhã desta terça-feira. Os organizadores calculam que 3 mil pessoas participaram do ato. A PM fala em 800. Ogrupo caminhou até o Centro Administrativo do estado em protesto contra o projeto de ajuste fiscal do governo Temer e pediu a saída do presidente em exercício. O protesto foi pacífico e terminou por volta das 12h30.

Roraima

Centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes realizaram um ato na praça do Centro Cívico de Boa Vista pela manhã. A organização não divulgou o número de manifestantes e a polícia não acompanhou o ato. Entre os alvos do manifestantes estão as reformas da previdência e a trabalhista, o projeto de lei que impõe limite de gastos para os estados e a proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para as despesas da União.

Porto Alegre

Manifestantes bloquearam parcialmente a Avenida Assis Brasil, na Zona Norte de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (16), para realização de uma vigília em frente à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Segundo a organização, cerca de 1 mil participaram do ato. A Brigada Militar não divulgou estimativa. Conforme a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), os bloqueios começaram por volta das 7h, sendo que uma das faixas era liberada esporadicamente.

Santa Catarina

Por volta das 14h cerca de 1,5 mil pessoas, segundo a CUT, participavam de uma caminhada em Florianópolis em direção à Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A PM calculava 100 pessoas. Às 14h30, os manifestantes caminhavam pela Rodovia Admar Gonzaga no sentido bairro. O protesto é contra a reforma da previdência, a privatização das estatais, a terceirização e a retirada de investimentos na saúde pública e na educação. Manifestantes também pediam a volta da presidente afastada Dilma Rousseff.

São Paulo

A manifestação fechou a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira (16). O ato teve início às 10h em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Tocantins

A manifestação contra mudanças nos direitos trabahlistas foi realizada pela manhã na Avenida Juscelino Kubitschek, no centro de Palmas. Participaram do protesto centrais sindicais e servidores do Estado. Conforme a organização, cerca de 300 pessoas estiveram no local. A PM fala em 250 a 300 pessoas.

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regalias? todo mundo gosta, até o besta aqui. mas assistindo vários videos de brasileiro postado no youtube, brasileiros que trabalham no Japão, Inglaterra, Canadá, Itália, EUA e outros paises, onde não existem os benefícios que temos no Brasil, fico a pensar. eles não pensam em voltar, muitos já são naturalizados, vivem razolamente bem, vida tranquila. teve até um, o Iudi do canal VOCÊ NO JAPÃO, reclamou dos médicos de lá, mas não quer voltar continuar lendo

Bem há uma diferença, gritante nesses países que citou. eles não são "colonias", possuem a população altamente instruída, eles não tem denuncia de trabalho análogo a escravidão, não cometem crimes contra os direitos humanos como é comum ver não apenas nas fazendas do interior de Goias, mas tambem nas oficinas de costura do centro da cidade de São Paulo, posso citar tambem a discrepância social de países em que os cidadão não trabalham apenas para comer e pagar seus impostos como ocorre com a maior parte dos brasileiros. O que os trabalhadores temem e sem duvida o que acontecerá com o afrouxamento de leis trabalhistas no Brasil é apenas o aumento do lucros dos empresários não o aumento de salário dos trabalhadores e melhoria nas condições de trabalho como a FIESP argumenta. Gostaria de ter leis trabalhistas flexíveis, porém o Brasil ainda é muito "feudal" (ainda dominado por coronéis) para ter uma legislação igual e ser socialmente comparado comparado com EUA, Japão é até mesmo a Itália. Infelizmente a política do Brasil no seculo 20 foi copiar EUA e Europa, mas infelizmente somos um país muito diferente e muito menos maduro que as nações do velho mundo. Vendo os videos do Youtube temos apenas conhecimento daqueles que tiveram sucesso, pois os que tentaram viver em outros países e não conseguiram se dar bem dificilmente terão coragem de mostrar o fracasso. Podemos usar o exemplo: Alguns asiáticos prosperam na cidade de São Paulo, muitos nem falam português, mas ja dominam uma área gigantesca do comercio paulistano, outros que voce não verá estão presos costurando 18 horas por dia e jamais farão videos para o youtube. continuar lendo

Vamos analisar um direito trabalhista, o FGTS.
Todo mês uma parcela do salário vai para o fundo e também contribui o empregador.
Trata-se de um poupança que servirá para auxiliar em caso de demissão, compra do imóvel, etc.
Parece lindo, mas não é.
Com este dinheiro é criado um fundo para fomento da habitação, ou seja, o seu (meu) dinheiro sustenta a construção civil, que é um segmento social de enorme poder aquisitivo.
Poderiam bancar com lucro as próprias obras, mas já que o Estado é patrocinador (com o dinheiro do trabalhador) não precisam reinvestir o lucro no próprio negócio, assim podem levar o dinheiro para o exterior ou investir no mercado de capitais, já que é mais rentável do que reaplicar no próprio negócio.
O dinheiro que teoricamente está rendendo na poupança na verdade está sendo corroído pela inflação, já que os índices governamentais nunca refletem a realidade econômica.
Caso o valor descontado mais a parcela acrescentada pelo empregador fosse entregue ao trabalhador e aplicada corretamente renderia acima da inflação e poderia ser sua poupança, poderia ainda ser usada de qualquer outra forma, afinal não pode o Estado impingir a um adulto capaz como gerenciar sua própria renda.
No meu dinheiro mando eu.
São "direitos" desta qualidade que estão sendo defendidos nas ruas.
Após décadas de exercício destes "direitos" qual progresso individual houve realmente para nossa sociedade? continuar lendo

Sou contra a mudança da legislação trabalhista. Não nesse nível.
a) o estado não funciona como mediador. e se funcionasse, seria sempre a favor de quem tem mais influência.
b) nenhum patrão iria incluir no salário do seu funcionário o FTGS que hoje ele recolhe. E se o fizesse, o demitiria logo, para contratar quem ganhasse menos.
c) idem para férias, 13º, e qualquer outro direito.
d) terceirizar os serviços primários de uma empresa seria reduzir em muito a sua capacidade de produzir bons serviços.
e) não estamos no primeiro mundo. estamos no Brasil, onde patrões só querem melhores possibilidades de lucro sobre os empregados, e os empregados, ganharem mais com menos trabalho. A Legislação Trabalhista modera esse conflito muito bem. E não deixamos de ser competitivos por causa disso. Quem falar diferente não conhece a realidade. continuar lendo

Desde quando Porto Alegre é um Estado? Onde é a capital do Rio Grande do Sul? continuar lendo