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5 de Maio de 2024

Por que jogamos purpurina no Bolsonaro?

Publicado por Página Jurídica
há 8 anos

Vivemos num momento em que o ódio e o conservadorismo estão atacando as conquistas do povo brasileiro que procura consolidar a frágil experiência democrática dos últimos 30 anos. As expressões dessa onda reacionária podem ser representadas tanto na figura de Eduardo Cunha, como na de Jair Bolsonaro, deputado federal pelo RJ.

Jair Bolsonaro possui uma trajetória na vida pública e privada digna de asco por qualquer pessoa que defende valores humanitários e democráticos. Militar da reserva, Bolsonaro ingressou teve seu primeiro mandato para deputado federal em 1990, estando atualmente no seu sétimo mandato. Suas posições são implacáveis no que diz respeito ao combate à democracia e aos direitos humanos. É, destacadamente, um defensor do retorno à ditadura militar e contrário aos direitos da juventude, das mulheres, das/os LGBT’s e dos/as negros/as.

Bolsonaro reivindica pra si o título de defensor da família, da moral e dos bons costumes. Contudo, omite que o partido que o elegeu, o PP, tem a maior bancada de deputados indiciados por corrupção na Lava-Jato. Propostas esdrúxulas como, por exemplo, controle da natalidade em famílias pobres, esterilização de moradores de rua, revogação do Estatuto do desarmamento são entoadas por Bolsonaro como se fossem as respostas necessários aos problemas enfrentados pelo povo brasileiro. Em toda a sua trajetória no Congresso Nacional, Bolsonaro teve apenas um projeto de sua autoria aprovado. São 25 anos legislando ou destilando ódio?

Incentivar agressões contra LGBT’s, agredir moralmente em plenário da Câmara a deputada Maria do Rosário com a seguinte frase: “Só não te estupraria porque você não merece”, afirmar que “mulheres devem ganhar salário menor porque engravidam”, dizer que direitos humanos é coisa de vagabundo e que por isso cortaria todos os recursos destinados a esta área, fazem parte da coleção de aberrações proferidas pelo “Deputado”.

Em tempos de avanço do conservadorismo e na semana de luta pela visibilidade trans o Levante Popular da Juventude optou por fazer o caminho contrário. Mostrou com muita irreverência que contra o ódio nós temos o brilho das lutadoras e dos lutadores do povo brasileiro.

Ao contrário das ideias do Deputado, que são potencialmente letais, jogar purpurina é um ato simbólico, mostrando para Bolsonaro que o projeto de vida da juventude é maior que o seu conservadorismo. Que a luta por sobrevivência das pessoas trans, num país campeão em assassinatos de LGBT’s, pode superar todas as formas de violência. Mostramos com muito brilho que a juventude não será expectadora do recrudescimento do fascismo e do autoritarismo em nosso país.

Nós LGBTs, mulheres, negros e negras, jovens das periferias, estudantes, queremos mudanças e sabemos que as conquistaremos lutando. Assim como fizemos com Cunha ao atiramos os dólares sobre ele, jogar purpurina em Bolsonaro é combater o projeto de sociedade antidemocrático e conservador. É mostrar que com lutas e irreverência transformaremos a realidade brasileira por um projeto feminista, antirracista, colorido e popular para o Brasil!

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Retirado em: brasil247

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10 Comentários

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Nenhum argumento é capaz de amenizar a brutalidade com a qual um DEPUTADO FEDERAL fora tratado por esse movimento.
Batalhas como essas devem ser travadas com palavras não com agressões a um DEPUTADO FEDERAL!
Se ele está lá defendendo suas ideias, é por que a parte da população que o elegeu concorda com seus projetos, e por isso ele não pode ser hostilizado da maneira que foi, portanto acaba sendo um desrespeito a uma parcela da sociedade.
Afinal, NINGUÉM É DONO DA VERDADE! Nem ele e nem os movimentos que o criticam. Democracia é o equilíbrio de IDEAIS, onde dois lados buscam se entender com palavras e acordos, não com atos de violência!
Fica aqui meu protesto! continuar lendo

É, quando pensamos que nada mais de pior pode vir no dia, nos deparamos com um texto desses, típico da militância PT.
Até rebateria a todos esses argumentos, em nome de Bolsonaro, porém não pretendo dar mais divulgação a essa fonte de demagogias.
Tenho só a lamentar.
#Bolsonaropresidente. continuar lendo

Esse partido não parece representar o povo e sim interesses pessoais... Se eu for atacar todos que tem uma opinião diferente da minha fica difícil, o próprio Clodovil não era simpatizante desse partido. continuar lendo

Na Democracia todos têm voz, ninguém é dono da verdade, mas temos que parar e pensar, se há pessoas como o Deputado com um discurso mais voltado a um regime que não queremos que retorne; Será que não há grupos considerados minorias, querendo impor a todos o seu modo de vida e não respeitando o do outro.

Será que não estão sendo criadas Leis que discriminem ou penalizem, apenas por não se encaixar nos grupos que se intitulam minorias?

Democracia para todos, igualdade para todos, tolerância e conversa são os melhores meios que o ser humano têm para compreender o outro lado.

O que precisamos é de um novo sistema de Educação, para que em algumas décadas tenhamos um Brasil mais justo. continuar lendo