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5 de Maio de 2024

Sorria, racista. Você está sendo filmado!

O jovem negro que está denunciando o racismo armado de um smartphone virou a mais recente febre da internet

Publicado por Pragmatismo Político
há 10 anos

Sorria racista Voc est sendo filmado

Um jovem americano virou a mais recente febre da internet depois que seus vídeos denunciando racismo se espalharam pela rede. Rashid Polo é usuário do Vine, uma rede social que compartilha vídeos de no máximo sete segundos.

Entre zoeiras sobre a rotina de estudante e desencontros amorosos, ele costuma postar vídeos onde mostra a vigilância que sofre quando vai a uma loja de conveniência. Tudo com um humor espontâneo e debochado.

Um dos vídeos, postado em fevereiro, parece irreal, tamanho o humor involuntário. Nele, uma senhora branca se esgueira por trás de Rashid num supermercado e tenta se esconder quando percebe a filmagem.

VEJA TAMBÉM: Rede Globo corta debate sobre cotas raciais que virou barraco

Algumas pessoas poderão dizer que Rashid está vendo racismo onde não há, aplicando a chamada “race card”. Afinal, muitos adolescentes brancos, negros, asiáticos ou hispânicos têm o hábito de afanar coisas em lojas de conveniência.

O problema é que as situações filmadas são comum. O negro que nunca percebeu um segurança seguindo seus passos no supermercado está mentindo ou é desatento.

Nos Estados Unidos, inclusive, há uma expressão para designar essa situação constrangedora: “shopping while black”. O país que elegeu Obama tem casos notórios de discriminação a consumidores negros.

Ano passado, Trayor Christian, estudante de engenharia na época com 19 anos, foi à loja de luxo Barneys comprar um cinto de 349 dólares. Depois da compra, já na rua, foi abordado por agentes da polícia que o acusaram de usar um cartão de débito falso.

“Como você poderia pagar por um cinto desses? Onde você arranjou o dinheiro?”, perguntaram os policiais, que algemaram e detiveram o rapaz.

O ator Rob Brown, de “Encontrando Forest”, passou por situação parecida ao comprar um relógio e Oprah Winfrey foi constrangida pelo funcionário de uma loja em Zurique, que se recusou a mostrar uma bolsa de 38 mil dólares alegando que a apresentadora não teria dinheiro para pagar.

A situação não é diferente no Brasil. O programa “Legendários”, anos atrás, fez um teste em que um negro, uma mulher branca e atraente e um rapaz efeminado entravam em uma loja, olhavam mercadorias e saíam ao mesmo tempo sem comprar nada.

Os três atores levavam nas bolsas um dispositivo para fazer o alarme apitar na saída. Fizeram o teste três vezes. Em um deles a moça foi abordada, mas questionou e saiu sem qualquer resistência do segurança. Por outro lado, o negro foi abordado duas vezes, em uma delas com violência.

Talvez os vídeos de Rashid mostrem apenas a neurose dos comerciantes e não casos concretos de racismo. Uma boa ideia seria um rapaz branco fazer a mesma coisa para tirarmos nossas conclusões.

Rashid trouxe para o debate o problema da sombra que persegue negros em lojas e supermercados — e mundo afora.

Vídeos:

Ela pensa que eu estou roubando! Ela pensa que eu estou roubando! Reparem. “Ela está me seguindo pela loja o tempo to… Olha lá! Ela pensa que eu estou roubando!

https://vine.co/v/MQZ3xl2OE3U/embed/simple

https://vine.co/v/MKJKjEK9hnP/embed/simple

Fonte: Pragmatismo Político

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47 Comentários

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Uma situação corriqueira no Brasil, mas a discussão é evitada, afinal, fechar os olhos é mais fácil do que admitir um comportamento insano.

O silêncio impera como demonstra a falta de cometários do texto acima. continuar lendo

Ivanildo, não sou racista e nem tenho preconceitos, fato é que tenho muitos amigos da cor negra, asiáticos e gays.
Eu acho que a falta de comentários é porque nós, os brasileiros, somos um povo com um dos menores índices de preconceito, talvez até em razão da grande miscigenação de nosso povo, ou talvez eu seja muito ingênuo de estar avaliando a coletividade pelas minhas próprias atitudes.
Não há dúvidas de que os comerciantes "cuidam" de seus negócios, e mesmo sendo branco, estando relativamente bem vestido e tendo idade em que a sociedade julga que as pessoas tornam-se mais honestas, também sinto que em diversas lojas ou supermercados acontece um certo "cuidado" com minhas atitudes, assim como de muitos outros clientes que estejam no ambiente naquele momento não importando a raça ou cor.
Cuidar de seu comercio é o mínimo que se espera de uma pessoa que pretende ter sucesso em seu negócio, e que as "quebras" ocorrem nas lojas, não tenha dúvida, e aqueles que as provocam não possuem uma raça especifica, são simplesmente de uma única raça, "cliente"... continuar lendo

Poucos comentários porque já perceberam o viés, de extrema esquerda, de todos os artigos publicados por eles. continuar lendo

Ótimos cometários, mas entre a teoria e a realidade há uma grande distância. O país tem sim uma miscigenação oriunda de outrora, mas somos cidadãos das circunstâncias, ou seja, o discurso é maravilhoso mas a prática é decadente.
Estamos em 2014 e observar é preciso, afinal há situações corriqueiras de preconceito, seja no transporte público ou no comércio. O tratamento preconceituoso vem de pessoas que se julgam "brancas" mesmo oriundas de miscigenação, e para tanto, estamos no país das imagens, ou seja, quem se aproxima da cútis negra representa, inconscientemente, perigo.
O caso de Joaquim Barbosa é raro, afinal estamos acostumados com exemplos de pessoas que não desistem de nada mesmo diante de situações difíceis, mas e os que ficam pelo caminho? Analisem o percentual de pessoas negras, por exemplo, no STF e saberão o que estou falando.
As ofensas, sejam elas com caricaturas ou palavras insanas classificadas de "palavrão" são padrões inseridos pela própria sociedade e estas pessoas ao serem processadas trazem os parentes mais próximos, as vezes de primeiro grau, negros, para sensibilizar o magistrado, e taxar a hipotética vítima de "mentirosa", em fim, são as circunstâncias. continuar lendo

Será que o rapaz pediu autorização para fazer filmagens num espaço privado e depois divulgar na internet? O proprietário não tem direito de ver o que estão fazendo no seu estabelecimento? Acho que esse ativismo tem limite. Lembram os rolezinhos? continuar lendo

Em uma situação clara de discriminação, quem se importa em pedir autorização pra filmar? Se o comerciante se sentir prejudicado, que invoque seus direitos civis. Mas sabendo que provavelmente não terá êxito, pois em momento algum mostra o nome do estabelecimento. Ele tá é certo, tem que divulgar essas atitudes reprováveis e cotidianas. continuar lendo

Diante de caso de racismo o que você pensa é no espaço ser privado e que ele não pode denunciar isso? -.- continuar lendo

Alex, um supermercado é um estabelecimento aberto ao público. Não sei como são as leis no país do rapaz, mas aqui no Brasil não seria necessário pedir autorização, a menos que fosse com fins publicitários, de divulgação jornalística ou para mostrar áreas reservadas exclusivamente aos funcionários do estabelecimento. continuar lendo

Se o comerciante se sentir ofendido, é porque é conivente.
No meu estabelecimento direitos devem ser respeitados.
As vagas especiais que existem no estacionamento do meu estabelecimento são fiscalizadas e meus empregados estão treinados para solicitar educadamente aos mal educados para que retirem seus veículos (se o cliente começar a querer partir para a violência, e não é incomum, chamo a polícia, pois, para mim, quem "rouba" vaga de idoso e deficiente físico vai roubar dentro da loja).
No meu estabelecimento ninguém fuma, nem na porta de entrada, pois, sei que a fumaça do "viciado" vai entrar no estabelecimento quando a porta abrir (se ele quiser fumar será pelo menos 50 metros de distância.(tem uma área pintada e sinlizada) e vai incomodar as outras pessoas que não fumam.
E isso não é ativismo, é denúncia. Denúncia contra racismo não pode ser visto como ativismo. Quanto aos rolezinhos, else sempre existiram, desde minha adolescência na década de 70, quando uma turma saía das escolas e ia dar um rolezinho nas lojas de departamento.
Aqui no Rio de Janeiro tem uma Lei Estadual que proibe uso de gorros, bonés, chapéus, etc., em locais fechados. Os vigilantes em shopping são orientados a abordar os adolescentes e fazê-los tirar o acessório ou conviam-nos a retirar-se do shopping. Quando conseguirem retirar os corruptos do Congresso, permitirei que alguém incomode meu filho por estar usando boné. continuar lendo

Excelente comentário, Michael Pereira de Lira! continuar lendo

Primeiro que o racismo é gigantesco nos Estados Unidos, lá existe um verdadeiro Apartheid, muito diferente daqui, onde existe miscigenação e o racismo existe em em menor escala. Aqui existe muito mais preconceito com pobre do que com negro. Mas não adianta, esse pessoal de extrema esquerda se considerada moralmente intocável. Eles detêm o monopólio das virtudes. Ou você pensa igual eles, ou você é racista, homofóbico, elite branca. Não é o estado que é mal administrado por eles, a culpa de tudo é sua. continuar lendo

Sempre querendo levar para o lado político uma discussão que, por si só, não tem nada a ver com posicionamentos partidários. Não sou de esquerda nem de direita, mas me irrita quando aparece gente que transforma todo questionamento social em motivo para montar um palanque partidário. continuar lendo

O autor do artigo se autodenomina "Pragmatismo Político", mas você parece ser incapaz de enxergar viés político no artigo, ou talvez, você não queira enxergá-lo. Talvez seja mais interessante manter tudo no campo da "moralidade", assim você se sente mais confortável. continuar lendo

Já passei por muita vigilância em lojas, principalmente as pequenas que têm mercadorias passíveis de enfiar no bolso. Mas foi porque estava com um tênis surrado um abrigo e boné, não teve nada a ver com a minha raça. Acho que no Brasil o preconceito maior é com quem aparenta ser pobre, independente da raça. Mas é claro existe o racismo e preconceito contra minorias disfarçado em piadinhas discretas contra as quais quem é atacado muitas vezes não pode se defender para não ser acusado de exagerado. continuar lendo

Acrescento meu depoimento: Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis o preconceito é social. Entre com roupas simples, inclusive nesta "grandes lojas" conhecidas que vendem roupas para quem não tem muito dinheiro, é igualzinho: seguranças sempre te acompanhando, não importando sua cor mas sim importando o que você veste. Vejo grande preconceito aqui em nossa terra contra os mestiços, tanto de parte dos supostos brancos quanto dos supostos negros. continuar lendo