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22 de Maio de 2024

Violência Obstétrica

Violênica de Gênero contra mulher

Publicado por Bruna Sales
há 5 anos

O que é Violência obstétrica?

Ações e omissões que incidem sobre a mulher, um espécie de violência de gênero contra mulher, praticada por qualquer profissional envolvido com gestação, parto e puerpério interferindo no processo natural e causando dor, dano físico, sexual, moral ou psicológico (de grau leve a intenso), sem recomendação baseada em evidências científicas.

Segue abaixo alguns tipo de Violência Obstétricas causadas por violência física:

1- Privação de alimentos e água;

2- Interdição à movimentação da mulher;

3- Tricotomia – raspagem dos pubs;

4- Manobra de Kristeller – pressão ainda que leve na barriga da mulher;

5- Uso rotineiro de ocitocina – homônio utilizado em regra para “acelerar o trabalho de partO”;

6- Cesariana eletiva sem indicação clínica, e contra vontade da mulher;

7- Não utilização de analgesia quando tecnicamente indicada;

Segue abaixo alguns tipo de Violência Obstétricas causadas por violência moral e psicológica, que são ações verbais e ações ou omissões comportamentais que causem na mulher sentimentos de:

1- Inferioridade;

2- Vulnerabilidade;

3- Abandono;

4- Instabilidade emocional;

5- Medo;

6- Acuação;

7- Insegurança;

8- Ludibriamento;

9- Alienação;

10- Perda de integridade, dignidade e prestígio;

11- Ameaças, mentiras, chacotas, piadas e etc;

12- Humilhações, grosserias, chantagens, ofensas e etc;

13- Omissão de informações;

14- Informações prestadas em linguagem pouco acessível;

15- Desrespeito ou desconsideração de seus padrões culturais e etc.

16- Ações ou formas de organização que dificultem, retardem ou impeçam o acesso da mulher aos seus direitos constituídos, sejam estes ações ou serviços, de natureza pública ou privada, como impedimento do acesso aos serviços de atendimento à saúde;

17- Impedimento à amamentação;

18- Omissão ou violação dos direitos da mulher durante seu período de gestação, parto e puerpério, etc.

Segue abaixo outros tipos de violência, inclusive sexual, onde os profissionais envolvidos praticam ações impostas à mulher que violem sua intimidade ou pudor, incidindo sobre seu senso de integridade sexual e reprodutiva, podendo ter acesso ou não aos órgãos sexuais e partes íntimas do seu corpo, como:

1- Episiotomia;

2- Assédio;

3- Exames de toque invasivos, constantes ou agressivos;

4- Lavagem intestinal;

5- Cesariana sem consentimento informado;

6- Ruptura ou descolamento de membranas sem consentimento informado;

7- Imposição da posição supina para dar à luz;

8- Exames repetitivos dos mamilos sem esclarecimento e sem consentimento;

Acreditamos na mulher e em todo seu poder, circunstancia essa que legitima ela a protagonizar sua história e, assim, decidir livremente sobre seu corpo, tendo liberdade para dar à luz da forma que achar melhor, obtendo acesso a uma assistência à saúde adequada, segura, qualificada, respeitosa, e acima de tudo humanizada e BASEADA EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS.

É de suma importância o apoio no pré-natal, no parto e no pós-parto, a mulher precisa ter apoio de profissionais e serviços de saúde capacitados que, acima de tudo, estejam comprometidos com a fisiologia do nascimento e respeitem a gestação, o parto e a amamentação como processos sociais e fisiológicos.

  • Sobre o autorEspecialista em Advocacia para Mulher e questões de gênero.
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