Violência Obstétrica
Violênica de Gênero contra mulher
O que é Violência obstétrica?
Ações e omissões que incidem sobre a mulher, um espécie de violência de gênero contra mulher, praticada por qualquer profissional envolvido com gestação, parto e puerpério interferindo no processo natural e causando dor, dano físico, sexual, moral ou psicológico (de grau leve a intenso), sem recomendação baseada em evidências científicas.
Segue abaixo alguns tipo de Violência Obstétricas causadas por violência física:
1- Privação de alimentos e água;
2- Interdição à movimentação da mulher;
3- Tricotomia – raspagem dos pubs;
4- Manobra de Kristeller – pressão ainda que leve na barriga da mulher;
5- Uso rotineiro de ocitocina – homônio utilizado em regra para “acelerar o trabalho de partO”;
6- Cesariana eletiva sem indicação clínica, e contra vontade da mulher;
7- Não utilização de analgesia quando tecnicamente indicada;
Segue abaixo alguns tipo de Violência Obstétricas causadas por violência moral e psicológica, que são ações verbais e ações ou omissões comportamentais que causem na mulher sentimentos de:
1- Inferioridade;
2- Vulnerabilidade;
3- Abandono;
4- Instabilidade emocional;
5- Medo;
6- Acuação;
7- Insegurança;
8- Ludibriamento;
9- Alienação;
10- Perda de integridade, dignidade e prestígio;
11- Ameaças, mentiras, chacotas, piadas e etc;
12- Humilhações, grosserias, chantagens, ofensas e etc;
13- Omissão de informações;
14- Informações prestadas em linguagem pouco acessível;
15- Desrespeito ou desconsideração de seus padrões culturais e etc.
16- Ações ou formas de organização que dificultem, retardem ou impeçam o acesso da mulher aos seus direitos constituídos, sejam estes ações ou serviços, de natureza pública ou privada, como impedimento do acesso aos serviços de atendimento à saúde;
17- Impedimento à amamentação;
18- Omissão ou violação dos direitos da mulher durante seu período de gestação, parto e puerpério, etc.
Segue abaixo outros tipos de violência, inclusive sexual, onde os profissionais envolvidos praticam ações impostas à mulher que violem sua intimidade ou pudor, incidindo sobre seu senso de integridade sexual e reprodutiva, podendo ter acesso ou não aos órgãos sexuais e partes íntimas do seu corpo, como:
1- Episiotomia;
2- Assédio;
3- Exames de toque invasivos, constantes ou agressivos;
4- Lavagem intestinal;
5- Cesariana sem consentimento informado;
6- Ruptura ou descolamento de membranas sem consentimento informado;
7- Imposição da posição supina para dar à luz;
8- Exames repetitivos dos mamilos sem esclarecimento e sem consentimento;
Acreditamos na mulher e em todo seu poder, circunstancia essa que legitima ela a protagonizar sua história e, assim, decidir livremente sobre seu corpo, tendo liberdade para dar à luz da forma que achar melhor, obtendo acesso a uma assistência à saúde adequada, segura, qualificada, respeitosa, e acima de tudo humanizada e BASEADA EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS.
É de suma importância o apoio no pré-natal, no parto e no pós-parto, a mulher precisa ter apoio de profissionais e serviços de saúde capacitados que, acima de tudo, estejam comprometidos com a fisiologia do nascimento e respeitem a gestação, o parto e a amamentação como processos sociais e fisiológicos.
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