Página 266 do Diário de Justiça do Estado do Pará (DJPA) de 24 de Abril de 2014

CONGÊNITOS EM MAIO DE 2000, MEDIANTE PARTO CESARIANO DE RISCO. APÓS VÁRIOS DIAS DE INTERNAÇÃO, O NEONATO VEIO A FALECER. SENTENÇA, JULGANDO IMPROCEDENTE A AÇÃO DE DANOS MORAIS MOVIDA PELOS AUTORES/RECONVINDOS E CONDENANDO-OS NA RECONVENÇÃO A PAGAREM AO RÉU/RECONVINTE O VALOR DE R$ 20.000,00 (VINTE MIL REAIS) A TÍTULO DE DANOS MORAIS. OS RECORRENTES NÃO PODEM ALEGAR DESCONHECIMENTO DA CIRURGIA REALIZADA, POIS O DOCUMENTO DE FL. 23 (CARTA ENDEREÇADA A CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BASA - CAPAF) ATESTA O CONTRÁRIO. PORTANTO, OS APELANTES TINHAM CONHECIMENTO DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO A SER REALIZADO, NÃO PODENDO ALEGAR QUE EXIGIRAM CIRURGIA DIVERSA DA PRETENDIDA (SALPIGECTOMIA - RETIRADA DAS TROMPAS). PARA A IMPUTAÇÃO DO DEVER DE INDENIZAR DO RECORRIDO (MÉDICO), É IMPRESCINDÍVEL A PROVA DO ILÍCITO (NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA OU IMPERÍCIA DA SUA CONDUTA), DO DANO E DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE ELES. E PODE-SE DIZER, SEGURAMENTE, QUE TAL PROVA NÃO HÁ NOS AUTOS. O PROCEDIMENTO FOI REALIZADO PELO APELADO DE FORMA CORRETA, SEGUNDO A MELHOR TÉCNICA, TENDO O RESULTADO POSTERIOR DA GRAVIDEZ DECORRIDO DE FATOS EXTERNOS AO PROCEDIMENTO MÉDICO. CABERIA AOS APELANTES, NOS TERMOS DO ART. 333, I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, COMPROVAR QUE O APELADO RECOMENDOU E RATIFICOU A NECESSIDADE DA CIRURGIA DE SALPIGECTOMIA (RETIRADA DAS TROMPAS), MAS REALIZOU PROCEDIMENTO DIVERSO, OU SEJA, A LAQUEADURA DAS TROMPAS, O QUE COMPROVARIA A NEGLIGÊNCIA DO RECORRIDO, ÔNUS DE QUE NÃO SE DESINCUMBIRAM, DEVENDO ASSIM SER AFASTADOS A CULPA DO APELADO E, CONSEQUENTEMENTE, O DEVER DE INDENIZAR. QUANTO À MORTE DO NASCITURO, É UM FATO LAMENTÁVEL, MAS TAMBÉM NÃO SE PODE CULPABILIZAR O MÉDICO APELADO, PELO FUNESTO EVENTO, JÁ QUE O MESMO RESULTOU DE PROBLEMAS DE SAÚDE CONGÊNITOS, CONFORME AFIRMADO PELOS RECORRENTES EM SUA PEÇA INICIAL, NÃO HAVENDO SUSTENTAÇÃO PARA O PEDIDO DE DANO MORAL PELO ÓBITO. SOBRE A CONDENAÇÃO DOS RECORRENTES NA RECONVENÇÃO, TAMBÉM NADA A REPARAR, JÁ QUE AO MÉDICO APELADO, "FOI ATRIBUÍDO CALUNIOSAMENTE, A PRÁTICA DO CRIME DE ESTELIONATO E AINDA O SUBMETERAM AO RISCO DE PUNIÇÃO JUNTO AO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA". POR FIM, QUANTO A VERBA HONORÁRIA, FIXADA COM RAZOABILIDADE DIANTE DA COMPLEXIDADE DA CAUSA, ASSIM COMO O VALOR ARBITRADO NA RECONVENÇÃO, A TITULO DE DANOS MORAIS, FIXADO DENTRO DO PRUDENTE ARBÍTRIO DO JUÍZO. RECURSO CONHECIDO, MAS IMPROVIDO.

Acórdão 132363 - Comarca: Belém - 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA - Data de Julgamento: 17/03/2014 - Proc. nº. 20123025635-2 - Rec.: Embargo de Declaração em Agravo de Instrumento - Relator (a): Des (a). Marneide Trindade Pereira Merabet - Agravante : Centrais Eletricas do Para S/A - Celpa - em Recuperação Judicial (Adv. Fernando de Sousa Cunha Filho, Adv. Alexandre Gomes Paiva, Adv. Raul Luiz Ferraz Filho, Adv. Joel Luis Thomaz Bastos e Adv. Thomas Benes Felsberg) Agravado : Banco Safra S.A. (Adv. Angela Serra Sales, Adv. Andre de Luizi Correia e Adv. Alexandre Mendonca Wald) Procurador (a) de Justiça : Raimundo de Mendonça Ribeiro Alves _ EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. Entretanto não há nos autos, provas incontestáveis da hipossuficiencia, o que fere o art. 333 do CPC, embora se saiba que a contabilidade de uma empresa em recuperação judicial não se encontra em equilíbrio, aqui não se aplica o art. 334, I do CPC, por não se tratar de fato notório. Desse modo percebo que o onus sucubencial em litígios envolvendo discussão de créditos em ações de falência ou recuperação judicial é reconhecido doutrinariamente e nesse sentido é perfeitamente cabível também a condenação ao pagamento de custas judicias. Por fim a Lei de Falências (11.101/2005) assim dispõe em seu art. 5º. Assim observo que o texto legal é portanto, indubitável quanto a possibilidade de condenação do devedor ao pagamento das custas judiciais, quando decorrentes de litígio com devedores, como ocorreu no caso, face o caráter contencioso da impugnação. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.

Acórdão 132364 - Comarca: Belém - Fórum Civel - 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA - Data de Julgamento: 17/03/2014 - Proc. nº. 20123021440-9 - Rec.: Embargo de Declaração em Agravo de Instrumento - Relator (a): Des (a). Marneide Trindade Pereira Merabet - Agravante : Centrais Eletricas do Para S/A - Celpa- em Recuperação Judicial (Adv. Joel Luis Thomaz Bastos, Adv. Thomas Benes Felsberg, Adv. Fernando de Sousa Cunha Filho, Adv. Raul Luiz Ferraz Filho e Adv. Rogerio Zampier Nicola) Agravado : Antonio Carlos da Silva (adv. Elinelson Luz Santana e Outro) _ EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. Entretanto não há nos autos, provas incontestáveis da hipossuficiencia, o que fere o art. 333 do CPC, embora se saiba que a contabilidade de uma empresa em recuperação judicial não se encontra em equilíbrio, aqui não se aplica o art. 334, I do CPC, por não se tratar de fato notório. Desse modo percebo que o onus sucubencial em litígios envolvendo discussão de créditos em ações de falência ou recuperação judicial é reconhecido doutrinariamente e nesse sentido é perfeitamente cabível também a condenação ao pagamento de custas judicias. Por fim a Lei de Falências (11.101/2005) assim dispõe em seu art. 5º. Assim observo que o texto legal é portanto, indubitável quanto a possibilidade de condenação do devedor ao pagamento das custas judiciais, quando decorrentes de litígio com devedores, como ocorreu no caso, face o caráter contencioso da impugnação. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.

Figura representando 3 páginas da internet, com a principal contendo o logo do Jusbrasil

Crie uma conta para visualizar informações de diários oficiais

Criar conta

Já tem conta? Entrar