COVID-19 e as previsões para o futuro
E o que já podemos perceber no Direito
Já são 4 meses desde que a pandemia do novo coronavírus começou oficialmente.
E mesmo que não dê para prever o futuro, já dá pra ter uma ideia de como o mundo e a advocacia vão mudar depois do Covid-19:
1 - A gente tá usando mais cartão de débito do que dinheiro, porque cédula é mais suja do que cartão, porque cartão é mais prático, porque cartão é mais seguro....
Vamos aprender a usar os cartões com função por aproximação (contactless) e daqui a pouco vamos pagar com crédito dos celulares e vamos perceber que nem de cartão precisamos mais...
Eu vou sentir falta de andar de bolsa com carteira, talão de cheque (pré-histórica eu... tinha até caneta no talão!) e a porra toda!
Vamos receber nossos honorários por meio de cartões, utilizando nossas maquininhas no escritório de advocacia, como em qualquer outro estabelecimento comercial. Foi-se o tempo que parcelar no cartão de crédito os honorários iniciais era "aviltante"...
2 - A gente percebeu que é possível o teletrabalho em muitos setores e profissões, coisa que nem dava pra imaginar.
Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral e da Grant Thornton Brasil, 54% dos funcionários entrevistados gostariam que o trabalho remoto continuasse após a pandemia.
No meu caso, trabalhei muito mais com o fórum fechado do que aberto, tive 20% de aumento de decisões interlocutórias e sentenças nos processos em que atuo... Estou bem ferrada sem estagiários...
3 - Dados da NZN Intelligence mostraram que 82% dos consumidores brasileiros com acesso à internet já fizeram compras online. Com a pandemia, esse número só aumentou e o e-commerce brasileiro faturou mais de R$ 9 bilhões (81% a mais que no mesmo período do ano passado - abril/maio de 2019).
Minha experiência de e-commerce foi cobrar consulta pelo WhatsApp, mas estou esperando o cliente fazer o depósito de honorários até hoje... (abril/maio de 2020). O negócio é cobrar antes, evidente!
4 - O triste é que hoje são 11,2 milhões de desempregados no Brasil, acentuado pelo Covid-19. E já sabemos pela mídia (e pela lógica!) que o Brasil terá aumento de pobreza, desemprego e falência de empresas.
Mas a gente pode ajudar esse impacto comprando no bairro em que mora, ajudando a economia local, dando oportunidade para os menores comerciantes não falirem.
Para ajudar nosso país que ficou mais vulnerável, a gente pode pensar em tirar férias por aqui mesmo, desde que o nosso país também possibilite um turismo mais barato...
Por fim, é preciso bom senso pra todos nós nessa nova realidade. E cabe também a OAB repensar os valores de processos nas tabelas de todo Brasil...
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