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27 de Maio de 2024

O inquérito policial do caso Madeleine McCann

Análise do inquérito polícia da Polícia Judiciária de Portugal.

há 3 anos

O mundo inteiro conhece o caso da criança britânica desaparecida em Portugal durante uma viagem de férias, a Madeleine McCann. A família McCann saiu de férias com seus três filhos e alguns amigos para curtir uma semana de férias na vila da Luz.

Luz é uma vila na região dos Lagos, o ultimo censo realizado em 2011 apontava mais ou menos 3.550 habitantes, nesta vila, existe a famosa Praia da Luz, perto da fortaleza de Nossa Senhora da Luz. Além da fortaleza, essa região tem como pontos turísticos um calçadão junto ao mar e também, a existência de termas romanas abertas a visita diariamente.

O Pensando Jurídico com caráter informativo dividirá com seus leitores as considerações mais importantes do Inquérito da Polícia Judiciária Portuguesa de número NUIPC 201/07.0 GALS, 4ª BRIGADA, Inspetor João Carlos. Trazendo detalhes importantes que não é do conhecimento de todos.

O inquérito trata do desaparecimento da menor Medeleine Beth McCann, filha de Gerald Patrick McCann e Kate Marie Haley, na época do desaparecimento, Madeleine estava com 03 (três) anos de idade.

O Desaparecimento da Maddie (chamarei assim) ocorreu no dia 03 de maio de 2007, segundo informações entre as 21h05min e 22:00h em um empreendimento português chamado “Ocean Club”.

Ocean Club é um resortlocalizado na Rua José Ribeiro Lopes, Lagos em Portugal, é um lugar paradisíaco e até hoje enfrenta o fantasma do desaparecimento da Maddie.

A CHEGADA DA FAMÍLIA MCCANN EM LAGOS

A família McCann chegou em Portugal no dia 28 de Abril de 2007, no aeroporto de Faro. O Aeroporto Internacional de Faro pertence à ANA Aeroporto de Portugal S.A. – O aeroporto suporta a demanda de turistas que vão a região de Faro e Algarve, na região sul de Portugal. E é o terceiro maior aeroporto de Portugal.

A família McCann chegou em Portugal com um grupo de amigos, divididos em dois grupos, já que partiram de cidades diferentes da Inglaterra. Os grupos se deslocaram de Faro até a cidade de Lago através de carros cedidos pela empresa “Mark Warner” que também gerenciava o resort.

No check in no resortforam distribuídos em vários apartamentos, todos eles no bloco G5. Os grupos de amigos ficaram alojados no térreo, exceto o grupo de amigos da Família Payne (David, Fiona e Diane Webster) que firam no primeiro piso.

A família MCCann coube no Apartamento G5A, localizado no prédio esquerdo do bloco residencial, que considerado pelo inspetor da polícia judiciária “o mais acessível e com visibilidade facilitada do exterior.”

O GRUPO DE AMIGOS

O grupo de amigos era diversificado, conforme descreveu o inspetor “trata-se de um grupo em que dos elementos são médicos, de várias especialidades…”, todos com filhos menores. A família McCann era composta pelos país, Maddie e os irmãos gêmeos Sean e Amelie, os gêmeos com dois anos de idade na época dos fatos.

A viagem foi organizada pela Família Payne, para ser mais exato, por David Anthony Payne, que já conhecia vários resorts turísticos das empresas Mark Warner. O Grupo tinha amizade douradora e mantinham relações profissionais e de lazer. E, foi a primeira vez que o grupo de amigos resolveu passar férias no “Luz Ocean Club”.

ROTINA DIÁRIA

O grupo mantinha uma rotina diária. Se deslocavam para jantar em um restaurante dentro do resortchamado “Tapas”. O restaurante tapas ficava fora da zona de apartamentos. A partir de então, é possível notar alguns comportamentos estranhos de país em relação aos filhos.

As famílias iriam jantar e deixavam seus filhos sozinhos, supostamente para dormir nas habitações do resort. Logo, quando se deslocavam para jantar, não tinham visão alguma de seus filhos ou até mesmo controle deles.

O grupo em depoimento afirmou que o cuidado das crianças acontecia regularmente com um adulto indo verificar os apartamentos de 30 em 30 minutos. A Família Payne não fazia a verificação, usavam baba eletrônica chamada Baby Listening.

DETALHES DO GRUPO E DEPOIMENTOS

A família Payne era composta por David Anthony Payne, Fiona Elaine Payne e Dianne Webster e ficaram alojados no apartamento 5H do primeiro Piso. Havia um casal, Russel James O’Brien e Jane Michelle Tanner, ficaram alojados no apartamento 5D no térreo. Matthew David Oldfield e Rachael Mariamma Jean Manpilly ficaram no apartamento 5B no térreo e Gerald Patrick McCann e Kate Marie Healy no apartamento 5A no térreo.

O inspetor colheu depoimento todos os integrantes do grupo de amigos inicialmente, com o objetivo de que as informações colhidas pudessem auxiliar a investigação. Na coleta de depoimento, o inspetor ressalta que alguns pontos não puderam ser entendidos e ressalta a necessidade de serem averiguados profundamente, inclusive com análise do local da ocorrência.

O inspetor destaca que as incompatibilidades colhidas nos depoimentos deveriam ser elucidadas através de diligências processuais, através da reconstrução dos fatos. Diversos fatos considerados importantes ficaram sob desconfiança do inspetor, desconfiança motivada pela falta de colaboração de testemunhas importantes. O inspetor no inquérito requereu esforço das autoridades para realizar tais diligências.

A INVESTIGAÇÃO

A investigação da Polícia Judiciária de Portugal teve duração de mais de 13 meses. Vale destacar que a Polícia Judiciária portuguesa goza de um aparato estrutural de ponta, mas, a Polícia Judiciária brasileira está a frente. A Polícia Judiciária brasileira tem em seu corpo profissionais com excelência em investigações criminais, com amplo conhecimento na cultura criminosa, diligências técnicas para apuração de fatos e inclusive coerção para colheita de elementos probatórios.

A Polícia Judiciária portuguesa assumiu que o desaparecimento de médio aconteceu devido atuação de terceiros. A partir de então traçou várias linhas de investigação, fazendo o possível para não deixar qualquer hipótese de fora.

As hipóteses assumidas pela Polícia Judiciária foram: rapto, com finalidades sexuais, adoção, tráfico de menores, tráfico de órgão sem homicídio; rapto seguido de homicídio com ou sem ocultação de cadáver e morte acidental com posterior ocultação do cadáver.

As hipóteses de rapto tinham como hipóteses acessórias: a de ter acontecido por sentimentos de vingança contra os pais da Maddie ou aproveitando, simplesmente, o fato de que as crianças ficavam sozinhas em completa situação de vulnerabilidade.

Como hipótese remota, foi explorada a possibilidade da menor ter saído do apartamento através dos seus próprios meios, o que seria fisicamente pouco provável e, após acidente ou intervenção de terceiro ter desaparecido.


DILIGÊNCIAS PERICIAIS

O inquérito e riquíssimo de dados técnicos que ajudam os simpatizantes e profissionais das ciências criminais e forenses compreender a prática de investigação criminal. Os exames periciais foram realizados por entidade técnicas e científicas, especificando os periciandos, levantando análise de vestígios que pudessem conduzir ao conhecimento com exatidão no desaparecimento da Maddie. Foram feitas intervenções e análise nas comunicações antes, durante e depois de ocorrido o desaparecimento da Maddie.

Foram feitas investigações cinotécnicas, marítimas e aéreas. As investigações cinotécnicas, são aquelas realizadas através de cães, que farejam para diversas finalidades que vão do encontro de tecido humano a entorpecentes. Foram realizadas buscas e apreensões e exames diretos a diversos objetos que o inspetor entendeu estarem relacionados ao desaparecimento da Maddie.

E também foram analisados supostos avistamentos e localizações. A Polícia Judiciária passou analisar todos os veículos de notícias e os as pessoas que supostamente haviam visto a Maddie em algum lugar da região da Luz e Lagos.

A MÍDIA

Os pais e os amigos dos pais da Maddie fizeram diversos apelos aos locais, as autoridades britânicas e a mídia britânica também. As autoridades britânicas criaram um canal de comunicação exclusivo sobre qualquer coisa ou informação que fosse referente ao paradeiro ou pistas que levassem ao paradeiro da criança desaparecida.

Com isso a mídia local e internacional passou a dedicar atenção especial ao caso da família McCann, transmitindo a todo momento quaisquer informações oficiais ou não. No dia 04 de maio, as informações que chegavam a Polícia Judiciária já não tinham mais controle. Era milhares de avistamentos da Maddie em diversas partes de Portugal e consequentemente em outros países também, desde a Espanha, Indonésia e Singapura. Todo momento alguém reconhecia Maddie em algum lugar. Claramente a mídia mais atrapalhou do que ajudou, já que foram necessários cobrir áreas de até 4 mil quilômetros.

O inspetor deixou claro que muitas das informações não mereciam qualquer atenção e outras, faziam que fosse necessária a criação de uma logística incomum para sua checagem.

A atuação ostensiva da mídia gerou impacto financeiro e um trabalho demasiadamente incomum. Foram separadas informações e listagens de criminosos sexuais de Portugal e outros países, foram decretadas a realização de diversas diligências para apurar criminalidade relevantes ao caso, despacho de diversas cartas rogatórias entre as autoridades judiciais portuguesas e estrangeiras e transportes e locomoção para averiguações de diversos locais apontados como últimos onde viram a Maddie.

O DESAPARECIMENTO DE MADDIE MCCANN

A Polícia Judiciária determinou que o desaparecimento teria ocorrido por volta das 22h40 do dia 03 de maio de 2007. O local de onde a Maddie sumiu é um apartamento com dois quartos, uma sala, um banheiro. O Apartamento tem acesso fácil à via pública, tanto pelas portas da frente quanto pelas portas de trás

Quando ocorreu o desaparecimento, as crianças encontravam-se sozinhas no apartamento. Segundo os depoimentos, o casal McCann se deslocou duas vezes para verificar se estava tudo bem com as crianças, numa dessas verificações a Sra. McCann verificou que a filha não estava mais no quarto e comunicou o fato aos outros.

Naquele dia a família McCann despertou por volta de 07h30, tomaram o café da manhã no próprio apartamento e saíram por volta de 09H00. O resort tinha um espaço para crianças, e as crianças foram deixadas nesse espaço até às 12H30, pelas 14h30, após o almoço, a família McCann voltou a deixar os filhos na creche do resort até às 17H00. As crianças foram postas para dormir por volta de 19H30, todas elas no mesmo quarto.

A primeira verificação foi por volta de 21H05 ou 21H15. A verificação foi feita pelo pai de Maddie, que constatou que tudo estava normal. Que as janelas estavam fechadas, no entanto, o pai verificou que a porta pareceu mais aberta do que havia deixado.

Por volta de 21H20, uma amiga, chamada JANNE TENNER, quando estava indo para seu apartamento reparou num indivíduo carregando uma criança, aparentando ter entre 30 e 40 anos de idade, cabelo escuro e usava calças de cor escuras.

Às 21H30 o amigo MATTHEU OLDFIELD foi o encarregado de ir ao apartamento dos McCann para checar se as crianças estavam bem, no entanto só encontrou os gêmeos. Não entrou no quarto. Para ver a cama da Maddie, tinha que entrar no quarto.

Às 22H00 quanto a mãe de Maddie foi fazer sua segunda verificação percebeu que a filha tinha desaparecido e afirmou que as janelas e persianas estavam abertas.

No depoimento, MATTHEW OLDFIELD declarou que por volta de 20H55, se aproximou das janelas exterior do quarto de Maddie e as janelas estavam fechadas. Matthew se aproximou para verificar se as crianças estava acordadas e se havia algum ruído. Não ouviu nada e concluiu que estava tudo bem.

O inspetor determinou a checagem da lista de todos os hospedes do resort e todos os que frequentaram no dia do desaparecimento.

O inspetor não deixou de enfatizar que todo o apartamento foi “devassado” por uma quantidade indeterminada de pessoas que acarretou na contaminação da principal cena do crime.

Foram ouvidas mais de 140 pessoas entre funcionários e clientes do resort que não tiveram nada a acrescentar de relevante a investigação.

MAIS BUSCAS E INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

A Polícia Judiciária portuguesa muito competente, passou a investigar uma lista extensa de criminosos sexuais, inclusive o que estavam fazendo antes, durantes e depois do desaparecimento da Maddie, além de expedir diversas cartas precatória solicitando que determinados países fizessem os mesmos com seus criminosos sexuais para tentar achar o paradeiro da Maddie. Apesar dos esforços de buscas e apreensões de computadores, telefones e interceptações, nenhum dado ou informação relevante envolvendo o desaparecimento da Maddie foi relevante para usar-se como prova ou iniciar uma investigação criminal direcionada.

Robert Murat foi um dos suspeitos no desaparecimento da Maddie, as provas demonstraram que o luso-britânico não teve qualquer relação com o desaparecimento da Maddie. Vale apenas pesquisar a vida de Murat, ele vive praticamente em prisão domiciliar auto imposta pelo fato de ter sido considerado suspeito do desaparecimento. Os efeitos de um inquérito policial são completamente destruidores aos envolvidos perseguidos.

BUSCA CINOTÉCNICA

A busca cinotécnica é a busca realizada através de cães farejadores. É um método usado de forma comum e apresenta resultados positivos. É realizada através de cães minuciosamente treinados. Um relatório foi elaborado por Mark Harrison, especialista em busca de pessoas através da cinotécnica. Harrison tornou-se famoso por ajudar em busca de pessoas ou objetos em cenários de crime e até catástrofes. Para o caso McCann foram usados dois cães. Um dos cães estava treinando para detectar odor de cadáveres e o outro para identificar vestígios de sangue humano.

No local onde Maddie desapareceu, nos apartamentos onde estava hospedados o resto do grupo, no apartamento do casal McCann, Na aldeia da Luz nada foi encontrado pelos cães.

No veículo utilizado pela família MCCann o cão de odor de cadáver sinalizou a chave do veículo, o cão de sangue sinalizou a chave do veículo e o interior da mala do veículo.

Nos locais sinalizados pelos cães foram realizados exames periciais por um laboratório britânico credenciado pela Polícia Científica Britânica e também alguns deles pelo Instituto Nacional de Medicina Legal de Portugal. Os resultados finais não foram relevantes, foram identificados como alguém em concreto, não podendo-se apurar a qualidade do material ou a quem ele pertencia. Inclusive os exames de DNA foram inconclusivos.

O parecer do Sr. Harrison foi pungente em declarar que houve mera possibilidade do casal McCann ter envolvimento com cadáver. Até então, todos os exames periciais nada puderam ajudar na elucidação do desaparecimento da jovem Maddeleine.

CONCLUSÃO

O presidente do inquérito concluiu que apesar de todos os esforços empregados e todas as diligências muito bem ordenadas, não foi possível determinar o que houve com a pequena Maddie. Diversos fatores foram cruciais para que nunca se soubesse o que houve. O primeiro deles é o fato de que o local do crime fora completamente violado por pessoas entrando e saindo quando se deram conta do desaparecimento da criança.

As primeiras 24 horas foram essenciais, a Polícia Judiciária portuguesa determinou a instalação de um forte esquema policial e entidade de proteção civil contanto com mais de 130 membros. Nas 24 horas seguintes, o contingente teve reformo com mais 300 membros das forças policiais.

O inspetor determinou a implantação operacional de segurança, instalando postos de controle de estradas e fronteiras. Também foi determinado o uso de todo aparato possível na realização de busca e levantamento, meios cinotécnicos, busca e salvamento aéreo, terrestres e marítimos. Alertas e difusões de informações em tempo real através de todos os meios midiáticos do país e também meios oficiais. Nas semanas seguintes foram determinadas a permanência de embarcações e helicópteros em diversas áreas de Portugal. Inclusive com mandados para inspecionar embarcações e aeronaves particulares.

Ao todo, foram inquiridas mais de 700 pessoas formal e informalmente com o objetivo de levantar qualquer informações relevante sobre o desaparecimento. A equipe de funcionários de Portimão, Faro e Lisboa trabalharam em uma base que funcionava 24 horas por dia.

Inclusive informações com pouca relevância foram exploradas, tanto no âmbito de Portugal quanto em outros países. A Polícia Judiciária deu atenção especial principalmente aos diversos avistamentos da Maddie, principalmente as que foram noticiadas pela imprensa.

Em conclusão o inspetor da Polícia Judiciária disse: “resulta de tudo que foi feito, não obstante os esforços envidados e se terem explorado toda as linhas de investigação, não ser possível obter um apuramento concreto e objetivo sobre o verdadeiramente ocorrido naquela noite, bem como qual será o paradeiro da menor desaparecida…”

Para você que chegou até aqui, vale pesquisar mais a fundo. Muita coisa aconteceu entre às 17H e 22H daquele 3 de maio no Ocean Resort. Atualmente, as polícias envolvidas no caso têm um novo suspeito de ter cometido o rapto de Maddie, mas, em uma busca na internet é possível encontrar diversos artigos e programas de tv de exploram a responsabilidade do desaparecimento de Meddia ser dos pais dela.

E você o que acha que aconteceu!?

Quem quiser ler o inquérito a integra basta baixa-lo AQUI

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