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1 de Junho de 2024

Sinais de que a empresa está com dificuldades financeiras

há 8 anos

Sinais de que a empresa est com dificuldades financeiras

Para 2015 o cenário não é nada positivo. Mas isso todos já está evidente, haja vista os mais recentes indicadores. Economia estagnada, atividade industrial em queda, aumento das taxas de juros, gasolina, impostos, restrição do crédito, inflação. E se a empresa não estiver preparada, com um planejamento minucioso, austero e com um gerenciamento que permita qualidade da informação dos dados e números, o caminho é um só: sérias dificuldades financeiras.

Há claramente cinco sinais que podem evidenciar ao empresário que seu negócio está entrando numa espiral de forte dificuldade econômica financeira, a qual pode se agravar num cenário de retração como o previsto para 2015. E em aparecendo ao menos um desses cinco sintomas, o melhor a fazer é promover um estudo minucioso e estancar os problemas. Não tem outro saída.

Com mais de 25 anos de experiência nas áreas administrativa, financeira, de planejamento e controladoria, nos segmentos da indústria, comércio e serviços, o sintoma coincidente em todas as empresas em que atuei, e um dos mais graves, é o endividamento de curto prazo que só fez crescer nos últimos anos. E ao mesmo em que cresce a dívida de curto prazo a empresa, quase em todos os casos, não apresenta crescimento.

Trata-se de um sintoma clássico. E é uma das maiores causas de empresas entrarem em crise, algumas até em recuperação judicial. Posso assegurar que 99% das empresas com dificuldades possuem endividamento de curto prazo não resolvido. A realidade é que o empresário vai empurrando com a barriga até que não consegue mais e sucumbe.

Para se ter uma ideia, a dificuldade das empresas em honrar seus compromissos financeiros ao longo do ano passado levou a um crescimento de 5,8% no nível de inadimplência em 2014 comparativamente a 2013. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas divulgado recentemente. Esse é quarto aumento da inadimplência empresarial seguido desde 2010, quando o Indicador fechou em queda de 3,7%. Em 2013 ante o ano anterior, a inadimplência havia subido 2,5%.

O fato é que em situação de crise, o resultado operacional da empresa não consegue mais cobrir o serviço da dívida. A consequência são atrasos recorrentes no pagamento de fornecedores. E num quadro de estagnação, iniciado no ano passado e que deve se agravar em 2015, prejudica a geração de caixa das empresas ao mesmo tempo que leva ao aumento dos custos financeiros.

Isso tudo somado ao aumento das taxas de juros e custos financeiros, como alta do dólar, cotação que cresce a cada dia, e dos salários acima dos ganhos de produtividade, tendem a afetar negativamente a saúde financeiras das empresas, provocando aceleração dos níveis de inadimplência.

Como se não bastasse, todo esse cenário torna-se ainda mais agudo pela falta de informação que do dirigente sobre seu próprio negócio, fazendo com que não tenha condições de acompanhar o desempenho da sua companhia. E o caminho, daí, é só um: o empresário acaba tomando decisões estratégicas importantes de forma empírica, sem análise dos reflexos econômicos e financeiros.

Desse modo, não há outra solução. Está na gestão a forma de enfrentar um ano recessivo. As empresas devem planejar um orçamento austero para esse 2015. Somente assim será possível visualizar possibilidades de cortes em custos e despesas, tentando minimizar a crise e manter um ponto de equilíbrio. Essa medida, que na verdade não é das mais simples, pode auxiliar na previsão de meses críticos e assim possibilitar que se busque a negociação com antecedência junto às instituições financeiras.

Os cinco sinais de quando uma empresa está prestes a entrar em crise:

  • O endividamento de curto prazo vem crescendo nos últimos anos e a empresa não apresenta crescimento;
  • O resultado operacional não consegue mais cobrir o serviço da dívida;
  • Atrasos recorrentes no pagamento de fornecedores;
  • Falta de informação estruturada e acompanhamento do desempenho da empresa;
  • Decisões estratégicas tomadas empiricamente sem análise dos reflexos econômicos e financeiros.
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3 Comentários

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Importantes sinais. Pena que a crise realmente ira começar em 2017, logo após o pior Natal dos últimos 27 anos (1989). O comerciante que for esperto coloca sua loja em liquidação em Dezembro e vai as compras em final de Fevereiro. continuar lendo