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2 de Maio de 2024

55 mulheres escreveram relatos diretos de violência na redação do ENEM

Publicado por Lize Borges
há 8 anos

55 mulheres escreveram relatos diretos de violncia na redao do ENEM

Realizada em 25 de outubro de 2015, a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) teve como tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Nessa ocasião, 7,7 milhões de jovens refletiram e escreveram sobre um assunto de extrema urgência em nosso país.

A prova disso que a Central de Atendimento à Mulher - o ligue 180 - recebeu, nos seis primeiros meses de 2015, mais de 360 mil ligações. Em média, foram 84 ligações por hora de mulheres relatando algum tipo de violência ou pedindo ajuda - para si ou para uma conhecida. E ainda existem os milhares de casos que, por medo, não foram denunciados ou reportados.

Não é de se surpreender, portanto, o teor de 55 relatos objetivos de violência descritos no campo de redação do exame. “Nós verificamos em muitas redações depoimentos muito preocupantes de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunhas de casos de violência. Em muitos destes casos a violência está muito próxima. A redação foi um grande momento de reflexão não só para os participantes, mas para toda sociedade”, disse o ministro da educação, Aloizio Mercadante.

O Ministério da Educação foi, então, orientado pelo Ministério Público Federal a divulgar os canais institucionais de proteção à mulher:

A já mencionada Central de Atendimento à Mulher, ligue 180; Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, na página da Secretaria de Políticas para as Mulheres; Sala de Atendimento ao cidadão do Ministério Público Federal, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, pela página na internet ou pelo telefone (61) 3105-6001.

Fonte: HUFFPOST

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6 Comentários

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É preocupante? Oras, claro que sim. O ideal de um país é violência ZERO contra qualquer um. Mas me surpreende a presidente não se pronunciar NUNCA sobre os 60.000 homicídios que ocorrem no país anualmente. continuar lendo

Também muito me surpreende. Com o atual quadro do Brasil somente políticas públicas e campanhas de conscientização não são suficientes. Ao meu ver, precisamos de medidas mais enérgicas em diversos setores, em especial, na saúde, educação e segurança pública. continuar lendo

Pois é Lize, quando o Brasil decidir que o problema é a violência, TODOS serão beneficiados, sejam homo, héteros, mulheres, homens, altos, magros...

Enquanto houver esta política de combater crimes específicos e ignorar os demais, teremos o óbvio: aumento da violência como um todo. continuar lendo

Um fato que me deixa preocupado com relação à violência contra a mulher é a crescente onde de homicídios de origem passional. Parece que a Lei Maria da Penha não está conseguindo deter a ignorância nos casais mais notadamente, nos homens. Punir não se mostra eficiente na redução desse tipo de crime e minha perplexidade vem dos apontamentos em que se claramente se percebe que a grande maioria tem a sua origem como uma desgraça anunciada.
Normal se ouvir nos noticiários a família da vítima contar que a mesma esteve diversas vezes nas delegacias prestando queixa e nada foi feito de efetivo o que certamente culminou com o desfecho da pior forma.
De nada adianta uma ordem judicial que proíba quem ameaça chegar próximo da parte ameaçada. É simplesmente ignorada. Fica evidente que a ação da polícia nestes casos poderia sim mudar o capítulo final e salvaguardar a vida da parte ameaçada, mas isso não está acontecendo.
O que falta? Quantas pessoas mais precisarão morrer para que ao fim seja tomada uma ação preventiva de efeito? continuar lendo

Seu comentário é um ótimo retrato da nossa infeliz realidade.
Acredito que o melhor meio para combater esse tipo de violência é ensinar o respeito e a equidade dos gêneros já para as crianças, em casa. Assim, cada um educando o seu, teremos adultos melhores no futuro. continuar lendo

Stefany:
Esse é o ponto que sempre me apoio- Educação!
Mas educar um país como o Brasil precisa de 50 anos de investimento maciço e até lá?
Mais e mais mortes pela ignorância? continuar lendo