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2 de Maio de 2024

A inesperada confissão que pôs fim ao mistério do desaparecimento de um menino há 27 anos

há 8 anos

A inesperada confisso que ps fim ao mistrio do desaparecimento de um menino h 27 anos

Jacob Wetterling, de 11 anos, foi sequestrado quando andava de bicicleta na zona rural de Minnesota, nos EUA. Vinte sete anos depois de seu desaparecimento, seu corpo foi encontrado e o assassino, um pedófilo que colecionava pornografia infantil, confessou o crime.

Desde que Jacob foi levado por um homem mascarado e armado, em outubro de 1989, ninguém nunca havia sido preso ou processado pelo crime. Seu desaparecimento, contudo, causou grande comoção no Estado e provocou mudanças nas leis de registro de criminosos sexuais nos EUA.

Danny Heinrich, de 53 anos, inicialmente havia sido identificado pela polícia como "uma pessoa de interesse", que poderia ajudar a desvendar o sequestro de Jacob, cujo corpo foi localizado no fim de semana.

Nesta terça-feira (6), durante um julgamento em que respondia a acusações de possuir imagens de pornografia infantil, Heinrich confessou ter sequestrado e matado o garoto.

Ele revelou detalhes de como levou, abusou e matou Jacob. Ele também se declarou culpado pela outra acusação.

A confissão

A inesperada confisso que ps fim ao mistrio do desaparecimento de um menino h 27 anos

A imprensa local descreveu o depoimento de Heinrich como "estarrecedor".

Diante de um juiz e de um auditório lotado, onde estavam presentes os pais de Jacob, Heinrich, ao ser perguntado se tinha alguma relação com o crime ocorrido há 27 anos, decidiu contar como tudo aconteceu.

Jacob andava de bicicleta com o irmão e um amigo numa estrada da zona rural próximo onde morava, no Minnesota. Usando uma máscara e armado com um revólver, Heinrich abordou os três garotos. O agressor pegou Jacob e mandou os outros dois garotos correrem sem olhar para trás.

Enquanto os meninos fugiam, ele algemou Jacob e o colocou no carro.

"O que eu fiz de errado?", perguntou Jacob, enquanto era levado pelo sequestrador. Ele foi abusado sexualmente num local próximo à casa do agressor que, à época, vivia com o pai.

Heinrich contou que entrou em pânico quando viu as luzes e ouviu as sirenes dos carros da polícia, que passaram próximo ao local onde ele molestou o garoto. Enquanto carregava o revólver, disse a Jacob que voltaria logo.

Ao invés de sair, Heinrich atirou no menino. De acordo com o jornal americanoWashington Post, foram três tiros. O primeiro falhou. O segundo acertou atrás da cabeça e um terceiro tiro levou em definitivo a vida do garoto.

Ele foi enterrado pelo próprio Heinrich a menos de 100 metros do local onde foi morto.

Ainda segundo a imprensa norte-americana, um ano depois do crime, o assassino notou que a jaqueta vermelha de Jacob estava à vista. Ele decidiu desenterrar os restos mortais do garoto e os escondeu novamente numa fazenda próxima.

Suspeito desde o início

A inesperada confisso que ps fim ao mistrio do desaparecimento de um menino h 27 anos

Desde o desaparecimento de Jacob, Heinrich sempre esteve no radar dos investigadores. Ele chegou a ser interrogado logo após o sequestro, mas a polícia norte-americana nunca encontrou evidências suficientes para incriminá-lo.

O caso, contudo, nunca foi arquivado. Em 2014, a polícia revisou outro crime que travava de agressão sexual contra uma criança de 12 anos. Esse segundo caso ocorreu nove meses antes do desaparecimento de Jacob e havia suspeitas de que estavam conectados.

Usando uma tecnologia que não estava disponível em 1989, os pesquisadores descobriram o DNA de Heinrich em uma camiseta da vítima. Com isso, conseguiram um mandado de busca para a casa do homem, onde encontraram uma grande coleção de pornografia infantil.

Os investigadores detiveram Heinrich, indiciando-o por posse de pornografia infantil - uma vez que o caso de abuso sexual aos garoto de 12 anos já havia prescrito.

Após sua prisão, em outubro de 2015, os promotores tentaram negociar com Heinrich por vários meses para tentar obter informações sobre o sumiço de Jacob. Há dez dias, ele finalmente decidiu colaborar e levou os investigadores ao local onde os restos mortais da criança foram encontrados.

No sábado, passados quase 28 anos do desaparecimento de Jacob, veio a confirmação de que ele tinha sido morto. A polícia anunciou que os restos da criança foram encontrados e identificados por peritos.

"Nossos corações estão partidos", afirmou a mãe de Jacob, Patty Wetterling, numa mensagem de texto enviada à emissora de televisão local na qual confirmou que o corpo do filho foi encontrado.

Segundo o Washington Post, a confissão no tribunal na terça-feira fazia parte do acordo feito com a promotoria, que prevê que ele cumprirá pena em uma localidade em que "não correrá o mesmo perigo como criminoso condenado por crimes sexuais".

Ainda como parte do acordo, segundo o Start-Tribune de Minneapolis, ele não será indiciado pela morte de Jacob, apenas por possuir pornografia infantil, e sua pena máxima é de 20 anos. A sentença será anunciada em novembro.

Caso que fez história

O desaparecimento de Jacob marcou a infância de muitos na zona rural de Minnesota. Não apenas mudou a forma como os pais deixam seus filhos brincar livremente e também teve impacto sobre leis americanas.

A mãe do garoto, Patty Wetterling, passou a participar de eventos de parentes de desaparecidos e a militar na área de proteção de crianças e adolescentes. Em 1991, cerca de dois anos depois do sequestro de Jacob, uma lei estadual foi criada para fornecer às autoridades uma lista completa de criminosos sexuais que vivem em Minnesota.

Em seguida, em 1994, o Congresso americano aprovou uma lei ordenando cada Estado a criar um registro similar, com o nome dos criminosos sexuais.

Durante anos, o rosto de Jacob apareceu em inúmeros cartazes. Uma vez por ano, moradores de Minnesota eram convidados a acender as luzes na entrada de suas casas para pedir pelo retorno do garoto.

A mãe de Jacob, que sempre manteve as esperanças de um dia encontrar o filho com vida, fundou uma associação que ajuda famílias e comunidades a protegerem crianças. A entidade ganhou o nome de Jacob Wetterling e, no sábado, publicou em sua página da internet uma declaração dizendo estar "profundamente triste".

A inesperada confisso que ps fim ao mistrio do desaparecimento de um menino h 27 anos

"É incrivelmente doloroso saber como foram os últimos dias, horas e minutos dele", disse a mãe de Jacob, depois da audiência judicial.

"Para nós, Jacob estava vivo até o encontrarmos", completou.

FONTE: BBC BRASIL


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36 Comentários

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Eu sinceramente achei um absurdo a pena que isso irá pegar, primeiro sou contra a prescrição para crimes de homicídio,e segundo como a polícia manteve uma investigação em banho maria por todos esses anos, e nunca realizou uma busca precisa na região,é um absurdo,caberia indenização contra o Estado por tanta irresponsabilidade,se isso (me recuso a dar nome pra isso) não tivesse feito uma auto delação de seu crime poderia até ter sido liberado, quer dizer o método agora da colaboração esta saindo de graça para estes criminosos,o que é a justiça,reparar nunca vai reparar essa criança seria hoje um senhor de 38 anos,é de uma Vida ceifada que estamos falando. Esses sistemas de benevolência, e colaboração que virou moda mundial,precisa ser revisto com urgência,ou as investigações terão que começar a contar com o "humor" dos seus investigados.Vergonhoso. continuar lendo

Um grande problema, Kissima, é que queremos que a Justiça resolva problemas psicológicos/mentais de pessoas doentes. Queremos que a prisão resolva os problemas delas. Ou apenas queremos retirar essas pessoas da sociedade.
A questão toda é: cabe ao direito penal esse tratamento? continuar lendo

Eu concordo com o Pedro, o Direito pode responder/resolver questões como essa? Se de fato a policia a época fosse precisa na investigação, foi no EUA e não no Brasil, o suspeito poderia ter sido identificado.

Agora se fosse o acordo, nunca a história viria a tona.

A minha pergunta é: quantos casos iguais a esse não existem por ai? continuar lendo

Cara Kissima, vinte anos enclausurado numa cela de uma prisão não me parece uma pena tão pequena, levando em conta de que o acusado se declarou culpado pelo crime que atormentava a sua mente durante estes 27 anos. As leis devem ser feitas para coibir e punir de forma civilizada aqueles que cometem os crimes contra a vida do próximo. Se fosse para aplicar uma pena mais severa, seria necessário um exame mais detalhado sobre o estado psíquico do indivíduo, para determinar as suas condições psicológicas dentro de nossa sociedade. Há problemas muito sério de comportamento espiritual em nossa sociedade que foge ao conhecimento da maioria das pessoas. É preciso entender o porque de pessoas aparentemente normais cometer abusos de forma depravada a crianças, e a tantas outras situações similares que assolam e escandalizam a nossa sociedade. O Mundo está cheio de perversidade e existe uma raiz para este grande mal. É preciso Destruir este mal no início de sua existência, antes que ele assuma a personalidade maligna e nefasta. continuar lendo

Esses casos que envolvem violência contra crianças acabam comigo... Que história lamentável. Que angústia imaginar o que esse pobre anjinho viveu nas mãos desse crápula... continuar lendo

Acabam com qualquer um Heloisa! continuar lendo

Todo o tipo de violência é complicado.
Infelizmente, existem pessoas que sentem prazer na dor alheia. continuar lendo

Querida Heloísa , você errou na qualificação; o termo certo é demônio continuar lendo

É um fato profundamente doloroso. Nada pode consolar a dor dos pais de Jacob. Somente a Fé inabalável em Deus Pai, de que, a partir do seu último suspiro, Jacob tornou-se um Santo Mártir; um Espírito de Luz na Glória dos Céus. Sem dúvida é o Espírito de Jacob que está amparando seus pais para cumprirem o Tempo na face desta Terra, orientando-os para que cumpram essa sublime Missão da criação, e manutenção, da Associação de Proteção às crianças da Comunidade. continuar lendo

Que imitemos providências no sentido de que crimes como esse seja punido e que a lei da prescrição não seja alcançada jamais! Como nossas leis são brandas, em comparação as de outros países! embora que no caso em apreço o processo investigativo foi tão lento tal qual a Justiça brasileira . Crimes como esse não deveria caber prescrição, perdão ou qualquer outra coisa do gênero. continuar lendo

Não sei se se trata de leis brandas, Elizabeth, basta ver o tamanho da nossa população carcerária.

A questão, na minha visão, está mais voltada para a falta de estrutura para a realização de uma boa investigação. continuar lendo

Se não houver prescrição, os processos nunca terão fim! Pelo que li, a promotoria fez o acordo para trazer a verdade ao conhecimento público e mostrar a ineficiência da policia naquela época (EUA). continuar lendo