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5 de Maio de 2024

A nova oposição

O reconhecimento expresso da derrota da eleição na corrida para Presidência.

ano passado

O reconhecimento da derrota do último domingo, dia 30 de outubro de 2022, do candidato Jair Messias Bolsonaro demonstra um marco histórico e inicial para a abertura do período de transição entre os governos, respeitando assim a lei nº 10.609, de 20 de Dezembro de 2002, que prevê que as entidades governamentais do candidato que perdeu a eleição forneça informações solicitadas pela equipe de transição.

Após o discurso de Bolsonaro, ficou claro que o responsável pelo alinhamento operacional junto ao governo petista emergente, será o Ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, apoiando assim o Vice-Presidente Geraldo Alckmin.

Bolsonaro no contesta resultado da eleio e condena bloqueios

No discurso, Bolsonaro, ratificou suas bases ideológicas que fizeram chegar ao mais alto cargo do Poder Executivo da República Federativa do Brasil em 2018, que são a defesa da pátria, da liberdade individual e da crença à Deus. Não se imiscuiu com clareza sobre os atos antidemocráticos que estão ocorrendo nas rodovias do Brasil, mesmo que tenha se posicionado contrário aos movimentos, não demostrou elán vital suficiente, já que se trata uma aversão à ordem do status quo beligerante atual, que atrapalha o direito individual de locomoção dos cidadãos. No entanto, procurou uma explicação naturalística com relação aos atos, afirmando que são movidos pelo sentimento de “indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral” (palavras do Presidente Bolsonaro).

Nota-se que a legitimidade das eleições foi questionada novamente, colocando assim em dúvida a própria manifestação de vontade da maioria da população brasileira que votou, representada por um pouco mais de 60 milhões de brasileiros, duvidando da eficiência da Justiça eleitoral, mesmo que a eficiência seja um princípio constitucional, previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, que assegura o compliance público e a sinergia entre a Res Pública e os indivíduos. Será que não seria esse um dos motivos dos críticos alegarem que o Bolsonaro afronta a Constituição? Já que na maioria das oportunidades, ele põe em desagrado popular os princípios e fundamentos Ius positivados na Constituição Cidadã. Fica esse questionamento à nós brasileiros.

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As eleições para Presidente do Brasil mostraram dois pensamentos antagônicos que não necessitam ser um padrão para a sociedade brasileira Nunca na história houve uma disputa pelo Macro poder com tanta ganância, usando meios e instrumentos imorais, como a propagação de Fake News, falta de isonomia de pleito, estelionato eleitoral e usurpação da fé dos indivíduos. Logo, os fins não deveriam justificar os meios. Por essa razão, que a sociedade se encontra fragilizada, machucada e desesperada. Sempre devemos, como sociedade civilizada, buscar o justo meio, o mais moderado possível, como já dizia Aristóteles, não podemos pecar pelo excesso e muito menos pela ausência.

Cada indivíduo tem a liberdade de votar conforme o interesse que melhor convém, muitos usam o voto como instrumento para o próprio bem-estar, votam em busca de uma melhoria individual, poucos observam a riqueza do voto como porta a se abrir para a pautas do interesse coletivo, o famoso voto solidário.

Agora espera-se que os movimentos dos caminhoneiros cessem após o discurso do Presidente Bolsonaro, respeitem o sufrágio universal, e articulem-se como oposição ao novo governo, cobrando-os, fiscalizando-os, e denunciando-os em caso de práticas indecorosas a liturgia prevista. A oposição detém um papel importantíssimo para a manutenção e estímulo da Democracia parlamentarista.

A Democracia nunca pode ser marginalizada, peleguista, relativizada como mero adorno necessário, e sim deve ser estimulada por debates, diálogos e empatia entre os concidadãos, que conjuntamente devem almejar melhores condições para o bem-estar social, respeitando sempre a vontade da maioria, mas incluindo as minorias nas tomadas de decisões para a República. Todos têm uma função social e política para o melhor andamento do progresso sinérgico da sociedade.


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Uma eleição repleta de arbitrariedades do poder judiciário não pode se falar em Democracia.

Uma urna sem auditoria tangível pelo mais simples dos cidadãos não pode ser chamada de justa. continuar lendo