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5 de Maio de 2024

Carta Capital traz uma assustadora história da família de Gilmar Mendes; terra do ministro não tem Justiça

Veja abaixo uma assustadora história em que está envolvido um irmão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.O irmão, conhecido como Chico Mendes, é político de Diamantino (MT) e recebe, sempre durante campanhas eleitorais, a participação ativa do ministro. Esse é um trecho impressionante de um lugar em que a justiça não existe e não funciona.

Publicado por Carla
há 8 anos

By Carta Campinas / in Educação Política, Ideias e Prosas / on segunda-feira, 10 fev 2014 09:10 PM

A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente. Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes (Irmão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal), sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade.

A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia. Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político. Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais.

A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski. A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005.

De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes. Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.

CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro. (Texto integral)

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61 Comentários

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É aterrorizante este história de puro horror e covardia. Em Diamantino (MT) na eleição de 2000, em que o candidato à prefeitura, Chico Mendes, irmão de Gilmar Mendes do STF tenha tido envolvimento neste crime covarde, o assassinato uma moça de 19 anos, que era cabo eleitoral dele e fez um BO contra ele, que estaria trocando cestas básicas por votos, é inadmissível. Uma terra sem lei, ou melhor, uma terra onde a lei é cega quando lhe convém. Este fato diz muito sobre as atitudes do ministro do Supremo Gilmar Mendes, ao acobertar os crimes de ladroeiras de seus comparsas, Aécio, Cunha e cia, no episódio de Furnas. continuar lendo

Não esperava algo tão sinistro, mas o Ministro Gilmar Mendes me parece uma figura..... (censurado) melhor ficar calado, pois eu não falaria nada de bom de tal pessoa. continuar lendo

Já sei de onde vem a "parcialidade" do ministro. continuar lendo

Gilmar Mendes é déspota em Diamantino. Só dspolitizado ou cégo questionam isso. continuar lendo

ou corrupto levando vantagem continuar lendo