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27 de Julho de 2024

CNJ divulga dados sobre nova população carcerária brasileira

Publicado por Wagner Francesco ⚖
há 10 anos

CNJ divulga dados sobre nova populao carcerria brasileira

A nova população carcerária brasileira é de 711.463 presos. Os números apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a representantes dos tribunais de Justiça brasileiros, nesta quarta-feira (4/6), levam em conta as 147.937 pessoas em prisão domiciliar. Para realizar o levantamento inédito, o CNJ consultou os juízes responsáveis pelo monitoramento do sistema carcerário dos 26 estados e do Distrito Federal. De acordo com os dados anteriores do CNJ, que não contabilizavam prisões domiciliares, em maio deste ano a população carcerária era de 563.526.

“Até hoje, a questão carcerária era discutida em referenciais estatísticos que precisavam ser revistos. Temos de considerar o número de pessoas em prisão domiciliar no cálculo da população carcerária”, afirmou o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), conselheiro Guilherme Calmon. A prisão domiciliar pode ser concedida pela Justiça a presos de qualquer um dos regimes de prisão – fechado, semiaberto e aberto. Para requerer o direito, a pessoa pode estar cumprindo sentença ou aguardando julgamento, em prisão provisória. Em geral, a prisão domiciliar é concedida a presos com problemas de saúde que não podem ser tratados na prisão ou quando não há unidade prisional própria para o cumprimento de determinado regime, como o semiaberto, por exemplo.

Provisórios – Além de alterar a população prisional total, a inclusão das prisões domiciliares no total da população carcerária também derruba o percentual de presos provisórios (aguardando julgamento) no País, que passa de 41% para 32%. Em Santa Catarina, a porcentagem cai de 30% para 16%, enquanto em Sergipe, passa de 76% para 43%. Segundo o juiz Douglas Martins, coordenador do DMF/CNJ

A porcentagem de presos provisórios em alguns estados causava uma visão distorcida sobre o trabalho dos juízos criminais e de execução penal. Quando magistrados de postura garantista concediam prisões domiciliares no intuito de preservar direitos humanos, o percentual de presos provisórios aumentava no estado.

Ranking – Com as novas estatísticas, o Brasil passa a ter a terceira maior população carcerária do mundo, segundo dados do ICPS, sigla em inglês para Centro Internacional de Estudos Prisionais, do King’s College, de Londres. As prisões domiciliares fizeram o Brasil ultrapassar a Rússia, que tem 676.400 presos.

Déficit – O novo número também muda o déficit atual de vagas no sistema, que é de 206 mil, segundo os dados mais recentes do CNJ. “Considerando as prisões domiciliares, o déficit passa para 354 mil vagas. Se contarmos o número de mandados de prisão em aberto, de acordo com o Banco Nacional de Mandados de Prisão – 373.991 –, a nossa população prisional saltaria para 1,089 milhão de pessoas”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon.

Veja a íntegra do Novo Diagnóstico de Pessoas Presas no Brasil

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15 Comentários

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Jorge Roberto da Silva
10 anos atrás

Se a justiça fosse rápida e cega, as punições reais e duras e os presídios corrigissem aqueles com delitos mais leves e mantivessem em perpetua os assassinos, a nossa população carceraria diminuiria significativamente. Não é aceitável que um "sem caráter" custe ao Estado o triplo ou pelo menos o dobro do que ganha um pai de família honesto e trabalhador. Sem contar o auxilio reclusão. continuar lendo

Sebastiao Alvaro
10 anos atrás

Se fossemos prender severamente todos os políticos ladrões, seríamos com certeza o primeiro colocado no ranking dos maiores números de detentos do mundo. Prof. Sebastião Álvaro, Manaus-Am continuar lendo

Luciano Roberto
9 anos atrás

Para mim, a prisão deveria ser a domiciliar para qualquer crime que não fosse contra a vida... Criar uma coleira ou tornozeleira impossível (que explodisse nessa hipotese) de se retirar do corpo, chipada com GPS e monitorada, para que o indivíduo não pudesse sair de casa. Já que cada preso custa em média 3.000,00 por mes ao estado, muito mais barato mantê-lo em sua casa acorrentado eletrônicamente. continuar lendo

Abel Compri
9 anos atrás

Estou com tu Luciano Roberto aprovado, A policia esta enxugando gelo a justiça solta e a PM corre atrás para prender novamente. continuar lendo

Veronica Santos
9 anos atrás

Além de prisão domiciliar, sou a favor também de penas alternativas para estes crimes de menor periculosidade. Mas não se resume a pagamento de cesta básica, e sim prestação de serviços como limpeza e manutenção de locais públicos, escolas, asilos, hospitais, abrigos de animais, etc ... para que de fato o condenado pague a sua dívida com a sociedade e que o dinheiro que seria gasto com ele, além do que ele próprio estaria economizando dos cofres públicos, pudesse ser aplicado em prevenção do crime. continuar lendo

Samuel Kaplan
7 anos atrás

As prisões deveriam ser um Instituto de reeducação, onde o preso seria obrigado a trabalhar para ser mantido em custódia. continuar lendo