Elas, sim
Combater o maligno é preciso, comemorar é a meta.
Deveria ser um dia de comemoração.
Até quando, mulheres serão maltratadas, violentadas, mortas por seus selvagens maridos, namorados, companheiros...?
Há tempos nossos pais diziam: “Em mulher não se bate nem com uma rosa”. Será que o ditado se esvaiu no tempo, a ponto de tornar romances em verdadeiras cenas de tortura e morte?
O cavalheiro se tornou cavalo, o apaixonado se tornou assassino, o romântico torturador.
Até quando nossas mulheres serão vítimas de homens com pensamento de propriedade?
Mulheres, essa é a hora de se levantar contra toda e qualquer forma de violência, seja ela verbal, moral ou física. A hora de mostrar que o seu poder avassalador de conquista é também de justiça.
Não se intimidem em denunciar seus consortes, mostre que a igualdade existe e que nenhum ser desprezível e cruel que agride uma mulher pode conviver em sociedade. Coloque-os para fora e casa, chame a polícia, grite, esperneie, mas não deixe que eles se escondam atrás de uma máscara bom marido sob ameaça.
Nos últimos anos, a violência contra a mulher se tornou debate público como uma situação que não deve ser tolerada ou legitimada. Neste período, o arcabouço legal com foco no enfrentamento aos diferentes tipos de violência contra a mulher foi se consolidando, a exemplo da Lei Maria da Penha em 2006, da mudança na lei de estupro em 2009, da lei do feminicídio em 2015, e da mais recentemente lei de importunação sexual de 2018.
Todos os dias mulheres são violentadas e mortas no Brasil, e somente alguns casos são noticiados, mas o problema é alarmante.
Não existe mais a frase que dizia: “em briga de marido e mulher não se mete a colher” apaguem totalmente esse ditado perfunctório do dicionário. Em briga de marido e mulher se mete a algema no infeliz, e no pior das hipóteses uma bala na cara do covarde em legítima defesa.
Enquanto a sociedade não se unir para tentar diminuir essa prática, nossas mulheres continuaram morrendo e se tornando estatística.
Aquela mulher que foi assassinada pelo marido se tornou um numero para o governo, mas para a família, um buraco enorme que jamais será fechado.
O alerta é grave, mulheres estão morrendo nas mãos de homens covardes, e a sociedade convivendo com noticiários.
Homens ou projeto de homens que acham que suas mulheres são propriedade, Acordem, elas não são.
O câncer de mama está longe de ser a maior causa de morte de mulheres no Brasil. Na verdade o câncer que mata mais se chama maridos violentos, e esse câncer precisa ser eliminado, precisa ser combatido.
Dados mostram que 3 em cada 10 mulheres que morrem têm histórico de agressão, ou seja, a agressão já vem acontecendo há tempos, mas por medo, ameaças ou ate mesmo vergonha da família a mulher acaba perdoando o infeliz e se sujeitando novamente a continuar no corredor da morte.
Acredito que no Brasil deva existir uma comissão de pessoas prontas a ajudar uma mulher em situação de risco. Uma espécie de botão do pânico. Que no momento da violência ele é acionado e em questão de minutos a comissão, composta por 10 pessoas possam adentrar a casa e impedir a morte da vítima. Seria uma escala de violência feita para ajudar mulheres em risco
Diante de todos os relatos de casos, pode-se constatar que o feminicídio é sim um crime premeditado, pois o agressor já está com a ideia de ceifar a vida da vítima e trabalha todos os meios para conseguir seu objetivo.
De toda forma, 8 de março é um dia que precisa ser comemorado com honras, com a certeza que mulheres serão protegidas mesmo que não seja pelo ineficiente Estado, mas por pessoas que se prestarão a defendê-las.
Mulheres, não se apequenem diante da porfia de seus lares. Gritem alto que o mal sucumbirá.
Parabéns a todas as mulheres guerreiras que fazem do nosso mundo um mar de doçura e transforma a dor em sorriso, o ódio em amor. Somos gratos por existir você mulher!
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