Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
4 de Maio de 2024
    Adicione tópicos

    Em parecer, Advocacia da União defende inconstitucionalidade de "Escola Sem Partido"

    Publicado por Justificando
    há 8 anos

    Nesta semana, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu, em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a inconstitucionalidade da Lei de Alagoas que institui a "Escola Sem Partido", que tem o objetivo de combater uma suposta “doutrinação política e ideológica” nas escolas.

    Segundo a AGU a lei afronta o pacto federativo, já que, de acordo com o artigo 22, inciso XXIV da Constituição, cabe privativamente à União legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional. “A temática concernente aos princípios e fins da educação e às bases curriculares das instituições de ensino certamente demanda tratamento uniforme em todo o país, de modo que deve ser regulamentada por normas de caráter nacional” - afirmou a instituição.

    Com base em uma nota técnica do Ministério da Educação que alerta para a possibilidade do programa alagoano restringir o papel do professor, estabelecer a censura de determinados conteúdos e prejudicar o livre debate no ambiente escolar, a AGU também assinala que a lei afronta o princípio constitucional – previsto no artigo 206 da Carta Magna – de que o ensino deve respeitar o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.

    A AGU defende a concessão de liminar pedida pela Confee para suspender a eficácia da lei, apontando que a vigência da norma pode provocar prejuízos aos cofres públicos, já que também obriga a secretaria de Educação estadual a oferecer cursos de ética para professores da rede pública local.

    Ilegitimidade ativa

    Apesar de, no mérito, defender a concessão da liminar, a AGU recomendou, preliminarmente, que a ação não seja nem mesmo conhecida pelo STF. Isso porque, de acordo com a Advocacia-Geral, a autora não cumpre o requisito de ser uma confederação sindical constituída por no mínimo três federações, conforme a jurisprudência do Supremo exige para propositura de ação por entidades deste tipo.

    A manifestação foi elaborada pela Secretaria-Geral de Contencioso, órgão da AGU responsável por representar a União no STF. O ministro Roberto Barroso é o relator da ação, que ainda não tem data para ser julgada. Com informações da Assessoria de Comunicação da AGU.

    • Sobre o autorMentes inquietas pensam Direito.
    • Publicações6576
    • Seguidores935
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações836
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/em-parecer-advocacia-da-uniao-defende-inconstitucionalidade-de-escola-sem-partido/366984890

    Informações relacionadas

    Camila Moreira, Pedagogo
    Notíciashá 8 anos

    AGU diz que lei de Alagoas inspirada no Escola sem Partido é inconstitucional

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)