Esquema das licenças ambientais no RS envolvia propinas milionárias
Empresário revela bastidores da fraude desarticulada pela Polícia Federal. Grupo exigiu R$ 1,2 milhão para liberar um empreendimento, segundo ele.
Desarticulado pela Operação Concutare da Polícia Federal (PF) nesta semana, o esquema de corrupção montado para fraudar a concessão de licenças ambientais no Rio Grande do Sul envolvia propinas milionárias e até pagamento parcelado. Os valores chegavam a R$ 1,2 milhão, diz um empresário extorquido pelo grupo e que, em depoimento exclusivo ao Teledomingo, revela os bastidores do escândalo.
No total, 18 pessoas foram presas na última segunda-feira (29) em Porto Alegre , Taquara , São Luiz Gonzaga , Santa Cruz do Sul , Pelotas , Caxias do Sul , Caçapava do Sul e Florianópolis, em Santa Catarina. São consultores ambientais, empresários, servidores públicos e até secretários de governo Com eles, a PF achou mais de R$ 500 mil em dinheiro.
Entre os detidos estão dois ex-secretários estaduais do Meio Ambiente, Berfran Rosado e Carlos Fernando Niedersberg, além de um ex-secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre, Luis Fernando Záchia. Os dois últimos ocupavam o cargo quando foram presos, mas acabaram exonerados. Todos eles foram soltos na sexta-feira (3), mas serão indiciados pela PF, em uma lista que já contabiliza 22 pessoas e que deve ficar ainda maior.
Teoricamente, são pessoas que deveriam proteger o meio ambiente. Mas as investigações da PF e o Ministério Público Federal (MPF) mostram outra realidade: "Até mesmo em situações que já sabiam que haveria dano ao meio ambiente, mesmo assim liberavam os empreendimentos", afirmou o delegado Sandro Caron, superintendente da PF no Rio Grande do Sul.
O esquema funcionaria da seguinte maneira: empresários eram procurados para que tivessem suas licenças liberadas mais rapidamente e sem burocracia. É o caso do e...
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